quarta-feira, 24 de julho de 2024
Ícones 90tões
sábado, 13 de julho de 2024
Simplesmente e tremendamente Dora
¹² "Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio." Sl 90.
quarta-feira, 10 de julho de 2024
Dodekaprofeton - todos os links
Dodekaprofeton - Introdução
0. https://cidmauro.blogspot.com/2014/10/dodekaprofeton-curiosissimo.html
1. Oseias
https://cidmauro.blogspot.com/2014/10/oseias-e-uma-sua-divisa-bem-conhecida-e_7.html
2. Joel
https://cidmauro.blogspot.com/2014/10/joel-rasgai-o-vosso-coracao-e-nao-as.html
3. Amós
https://cidmauro.blogspot.com/2014/10/amos-rugiu-o-leao-quem-nao-temera-falou.html
4. Obadias
https://cidmauro.blogspot.com/2014/10/obadias-as-tu-nao-devias-ter-olhado-com.html
5. Jonas
https://cidmauro.blogspot.com/2014/10/jonas-entaoperguntou-deus-jonas-e.html
6. Miqueias
https://cidmauro.blogspot.com/2016/03/miqueias.html
7. Naum
https://cidmauro.blogspot.com/2016/03/naum.html
8. Habacuque
https://cidmauro.blogspot.com/2016/03/habacuque.html
9. Sofonias
https://cidmauro.blogspot.com/2016/03/sofonias.html
10. Ageu
https://cidmauro.blogspot.com/2016/03/ageu_87.html
11. Zacarias
https://cidmauro.blogspot.com/2016/09/zacarias-companheiro-de-ageu_28.html
12. Malaquias
https://cidmauro.blogspot.com/2016/09/malaquias-e-abanalizacao-da-fe_29.html
terça-feira, 9 de julho de 2024
Nada falta, ainda falta
1 O Senhor é o meu pastor; nada me faltará . 2 Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso ; 3 refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome. 4 Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam . 5 Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda. 6 Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do Senhor para todo o sempre. Salmo 23
Um salmo comum, por assim dizer. Costumamos assim classificar, por acharmos ter sido muito lido, decorado, até, na infância e, de certo modo, gasto. Mas não, isso é um erro, por causa de seu conteúdo. O texto trata uma postura que deve ser permanente e diária. Levar em conta que Deus é pastor e, se assim for, nada faltará.
Este primeiro versículo é a síntese do salmo. Os restantes, a relação de tudo que o salmista aborda, aliás, o rei-pastor Davi, sobre essa assitência divina. Mas eu desejo retornar à palavra comum, para lembrar um outro autor bíblico, Pedro, Apóstolo, quando se refere à vida em família:
7 "Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações. 1 Pe 3.
Comum, aqui, não significa banal. E sim, autêntico. Simplicidade, na Bíblia, rivaliza com vaidade. Aliás, vaidade é um perigo. Porque foi o apelo diabólico feito a Eva, "você vai ser como Deus". Então, nascemos com ela. Ser convertido, significa ser resgatado, pelo poder de Jesus, da "vaidade de nosos próprios pensamentos".
17 "Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos". Ef 4.
Então, casamento nunca será ostentação. Mas sim, vocação. Foi obediência essa opção. Foi sábia a escolha. Desde o Gênesis, quando Deus abençoou o primeiro casal, e disse que fossem fecundos, instituiu o casamento. Deus é o autor dessa ideia. Assim como quem sustenta. Por isso, a escolha não pode ser diletante. Aleatória. Fútil. Despropositada.
Cuidado com a ostentação. Os casas que assim cumprem, em suas vidas, os propósitos divinos para o casamento não são, entre si, melhores. São apenas diferentes. E devem viver uma vida comum. E se trata de uma construção a dois. Cada um, por si, mantendo o compromisso assumido, trazendo consigo, da personalidade para dentro desse compartilhamento, o que já haviam aprendido com Deus.
Citamos o Salmo 23, porque traz consigo uma relação do que é comum e que Deus, nosso Pastor, faz rotineiramente. Já fazia antes do casal se casar e continuou fazendo. Agora, na parceria dos dois. Meu pai chamava a casa dele, onde fui criado, ao lado de minha mãe, de céu. Para ele, foi um céu na terra. Alguem duvida que foi por causa do compromisso deles dois com Deus?
Casais de quase mesma geração, um pouco mais novos, os respectivos pais do casal também mantiveram esse padrão. Casais assim não são melhores ou piores erntre si, mas apenas diferentes. E foi pelo evagelho que entrou em suas vidas. Em tempos diferentes, histórias diferentes, mas foi por causa do evangelho.
Triste será, muito triste será se a geração que agora vem, dos filhos desses casais, não preservarem essa vida comum. Não conservarem para si, como a própria Escritura diz, esses "marcos antigos". Há, no casamento, marcos antogos que precisam ser preservados. Caso sejam violados, muito provavelmente, quase certamente, não vai prosperar.
Desejo destacar do salmo três citações. O que não faltou e o que ainda falta. A unção com óleo, em todo o seu amplo sentido. E a bondade e a misericórdia, por todos os dias da vida. Sim, porque repouso, águas de descanso, refrigério para a alma, veredas de justiça, uma bordoada aqui, outra ali, pela mão do Pai, tudo isso nesses 25 anos foi experimentado.
6 "...porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe.
7 É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige? 8 Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos. Hb 12
Claro, incluído andar pelo vale da sombra da morte. Com Deus, morte é apenas sombra. Mas foquem no que ainda falta. Nada faltará vai prosseguir. Mas faltam os anos por vir e os desafios, que são as metas da perfeição. Sejam perfeitos, porque Paulo diz ser isso possível. Mas continuem a despojar-se do velho homem e do pecado que, tenazmente, assedia.
Foram ungidos com óleo, para o serviço na igreja. Diácono é quem serve. Não a si mesmo, bem entendido, mas à igreja de Cristo. Às vezes, esquecemos que a igreja é de Cristo. E tornamos o grupo um espaço de vaidade pessoal. Vamos lembrar atrás: vaidade dos próprios pensamentos foi de onde Jesus nos libertou. É mundanismo e diabólico.
Não siga tanto exemplo infeliz de velhacaria nesses circuitos de oficiais de igreja. Eu mesmo fui vítima disso. Afinal, que pastor não foi? Aliás, você tem exemplos na família, de teu próprio pai e de teu avô materno. Sempre avalie esses modelos e siga os bons exemplos.
13 "Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesmos justa preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus." 1 Tm 3.
Temos ministério de música, da parte da esposa, o que é uma arte, sua especialidade. Mas cuidado, porque o palco da igreja não é teatro, para fama e projeção do ego. Ao contrário, Jesus estabeleceu a igreja para tratamento e cura do ego, subvertido desde o Éden. A exortação que Paulo afirma provir de Cristo, indica que tudo na igreja é serviço e todos têm, por igual, a mesma magnitude e relevância:
2 "...completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. 3 Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. 4 Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros." Fp 2.
Estou afirmando que tais tentações nos são familiares e comuns. São uma casal exposto no ministério da igreja. Então, serão sempre modelo. De Cristo e da obra que permitem que Deus neles complete ou modelos de si mesmos. Neste caso, Cristo não assina embaixo.
E os filhos também mirem-se nesse exemplo. Todos os filhos conhecem mais dos pais do que qualquer outra pessoa. Porque, além de ser seu retrato, no fenótipo e no genótipo, convivem, veem, conhecem e experimentam vícios e virtudes. Eu mesmo queria ser muito melhor do que meus pais o foram na fé. Não consegui.
Mas sou grato a Deus, porque os meus filhos tem sido muito superiores a mim. E o mérito não é nem deles e nem dos pais deles, mas de Cristo. Cristo assina embaixo. Houve obediência? Então há resultado benéfico. E obediência, até Jesus aprendeu e é doloroso aprender. Porque obediência, para nós, significa dizer não a nós mesmos. Defintivamente, não é fácil.
Para encerrar, o salmo diz que bondade e misericódia nos seguirão todos os dias de nossa vida. Sim, tem seguido. Mas bondade e misericódia são atributois exclusivos de Deus. Ressoa em nossa memória o diálogo de Jesus com o jovem rico: "Por que me chamas bom?". Não somos bons, nem de origem e nem por nós mesmos.
No Antigo Testamento, misericórdia equivale a amor. Então, Deus incorpora à nossa vida de Sua bondade e de Seu amor. Sem dúvida, somente por plenitude do Espírito. Somente, fruto de nossa fé viva e ativa, resultado de nossa obediência ao Pai, na proporção da renúncia de nós mesmos.
Essa a marca de um casamento que resiste ao tempo, avança pelos anos, abençoa seus filhos, torna-se modelo para fora de si. Transborda em amor, transborda em bondade. Honra a unção que recebeu, para ministério na igreja e na sociedade. Nada falta. Mas, para o que falta, em relação aos anos por vir, as bênçãos por vir, haverá suprimento e sempre haverá aumento.
sábado, 29 de junho de 2024
Caçula, você desfalcou o time
E que time. Lindo. Os cinco sorrisos mais lindos de que se conhece. Em meio a essa família linda, que time vocês formam! Puro carinho, afeição, amizade, para resumir, de uma vez, puro amor.
Falar. Há horas que não se tem o que dizer. A gente só chora. A gente se expressa chorando. Mas parece que dizer alguma coisa, alenta. Mantém junto quem se foi.
sexta-feira, 21 de junho de 2024
Os fundamentos éticos kantianos
O presente artigo tem por objetivo apresentar a ética do filósofo alemão Immanuel Kant que, imbuído pelos valores e reflexões do século das luzes (séc. XVIII), representa um marco na era filosófica moderna, ao reconhecer que a ordem moral não é decorrente de estímulos empíricos, inclinações políticas ou fundamentos divinos. Segundo Kant, o homem é o responsável por criar sua própria lei moral e suas ações refletem representações dessas leis subjetivas.
O dever é o conceito de máxima apreciação do valor intrínseco de uma benevolência, executado pelo indivíduo através de ações desprovidas de inclinações pessoais ou motivadas por tendências egoístas. Ao contrário, a verdadeira realização do dever reside em reconhecer que, mesmo agindo contra sua vontade individual e ciente de que tal ação irá prejudicar seus ganhos pessoais, o indivíduo age de qualquer maneira.
Uma ação realizada por dever possui um valor moral genuinamente estabelecido, pois respeita plenamente a máxima que a determina. Desse modo, o valor moral reside não no objeto da ação, mas no princípio da vontade que reflete os desejos e conduz à prática apropriada. A filósofa Michèle Crampe-Casnabet alude sobre o formalismo de Kant na formulação de sua ética ao considerar que “o formalismo implica que nenhum fim da ação deve ser levado em consideração na determinação do ato moral. Só a forma da lei pode garantir a moralidade do agir”[1].
Esta prática decorre do indivíduo por meio da lei moral universal que está inerente em sua razão, a vontade, uma vez desprovida de qualquer inclinação ou estímulo, fica obrigada a seguir estritamente uma lei universal das ações e servir a sua máxima, tornando-se assim, autônoma. Essas diretrizes morais são compreendidas por Kant como imperativos categóricos, isto é, comandos ou leis morais que não estão condicionados nem têm relação com a matéria da ação e seus resultados, mas sim ligadas ao princípio e à boa essência que a ação possui independente de suas consequências.
Ainda na compreensão do imperativo categórico, o filósofo Gleison Rosa Sena demonstra estes referidos significados ao considerar que o dever moral é a representação da lei, pois todo ser racional tem a ideia de uma lei e o que ela é, ele reflete que o motivo disto está, a saber, que a mente humana possui uma natureza legisladora e se impõe a realidade[2]. Neste aspecto, ele salienta que esta lei universal é necessária, pois no próprio conceito de lei existe a sua necessidade e universalidade e isto fica conforme a definição de Kant de que moral é tudo aquilo que pode ser universal[3].
Na continuidade desta relação, Sena afirma que a lei moral tem a forma de um imperativo categórico que por ser um mandado absoluto e inerente a razão, este propriamente confirma a exigência de universalidade que media a lei e a vontade finita. Desse modo, o dever pode provir da vontade, em mandado da lei, isto é, agir moralmente[4].
Outro conceito que é um marco da ética de Kant é a liberdade. Para ele, liberdade é entendida como autonomia, ou seja, a capacidade que os indivíduos têm de orientar a sua própria consciência. Sobre este específico conceito, o pensador alemão trata na Fundamentação a importância da liberdade e razão: “Ora é impossível pensar que uma razão que com a sua própria consciência recebesse de qualquer outra parte uma direcção a respeito dos seus juízos, pois que então o sujeito atribuiria a determinação da faculdade de julgar, não à sua razão, mas a um impulso. Ela tem de considerar-se a si mesma como autora dos seus princípios, independentemente de influências estranhas; por conseguinte, como razão prática ou como vontade de um ser racional, tem de considerar-se a si mesma como livre; isto é, a vontade desse ser só pode ser uma vontade própria sob a ideia de liberdade, e, portanto, é preciso atribuir, em sentido prático, uma tal vontade a todos os seres racionais.”[5]
No estudo sobre as formas do imperativo categórico, Kant elabora a relação do agir moral com a lei universal ao direcionar: “age como se a máxima da tua ação se devesse tornar, pela tua vontade, em lei universal da natureza”[6]. Em outro ponto, ele destaca a humanidade como fim em si mesma, como princípio que move a boa vontade, o respeito a si mesmo e ao outro, o filósofo alemão, sobre este debate acende: “Age de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre e simultaneamente como fim e nunca simplesmente como meio”[7].
Por conseguinte, ele disserta sobre a autonomia da vontade que consiste na concepção de que o ser racional é o ser capaz de agir de acordo com uma lei que se dá a si mesmo pela perspectiva racional, assim alude Kant: “Age de tal maneira que tua vontade possa encarar a si mesma, ao mesmo tempo, como um legislador universal através de suas máximas”[8].
Assim, a ética de Immanuel Kant demonstra que a excelência da moral é o cumprimento do dever e deve conduzir a autonomia e em tom de ordem, na crítica prática, o pensador alemão afirma: “Age de tal modo que a máxima da tua vontade possa valer sempre ao mesmo tempo como princípio de uma legislação universal”[9]. Tudo isto guia, na ética kantiana, a construção correta da própria vida seguindo os valores provenientes do imperativo categórico.
Portanto, dissertar sobre a ética de Immanuel Kant é um esforço que contempla o interior do ser humano e o coloca no dever de reflexão sobre as atitudes e seus fins. O agir livre, a saber, o agir racional em obediência ao imperativo categórico dispõe ao homem a plena realização do bem moral e conhecimento de si, do seu processo humano e das circunstâncias e necessidades que no percorrer da vida é desafiado a agir e se aperfeiçoar.
Autor: Pedro Igor Farias Rodrigues, estudante do 2º ano do Curso de Filosofia da FASBAM.
REFERÊNCIAS
CRAMPE-CASNABET, Michèle. Kant: Uma Revolução Filosófica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994.
SENA, Gleison Rosa. Ética. Curitiba: FASBAMPRESS, 2021.
KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. São Paulo: Abril Cultural, 1984.
KANT, Immanuel. Crítica da Razão Prática. Lisboa: Edições 70, 1986.
[1] CRAMPE-CASNABET, Michèle. Kant: Uma Revolução Filosófica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994. p. 67.
[2] SENA, Gleison Rosa. Ética. Curitiba: FASBAMPRESS, 2021. p. 103.
[3] Ibid. p. 103.
[4] Ibid. p. 103.
[5] KANT (1986), p. 96.
[6] KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. São Paulo: Abril Cultural, 1984. p. 130.
[7] ibid. p. 135.
[8] Ibid. p. 138.
[9] KANT, Immanuel. Crítica da Razão Prática. Lisboa: Edições 70, 1986. p.24.
Ver no link:
https://fasbam.edu.br/2023/08/08/os-fundamentos-eticos-kantianos/
terça-feira, 18 de junho de 2024
Crônica do Viver Baiano Seiscentista A Nossa Sé da Bahia de Gregório de Matos
A NOSSA SÉ DA BAHIA
com ser um mapa de festas é um presépio de bestas.
E se nisto maldigo ou me engano,
eu me submeto à Santa Madre Igreja.
Se virdes um Dom Abade sobre o púlpito cioso,
não Ihe chameis Religioso chamai-lhe embora de Frade
Jesus, nome de Jesus!
AOS CAPITULARES DO SEU TEMPO.
A nossa Sé da Bahia,
com ser um mapa de festas,
é um presépio de bestas,
se não for estrebaria:
várias bestas cada dia
vemos, que o sino congrega,
Caveira mula galega,
o Deão burrinha parda,
Pereira besta de albarda,
tudo para a Sé se agrega.
PONDERA ESTANDO HOMIZIADO NO CARMO QUAM GLORIOSA HE A PAZ DA RELIGIÃO.
Quem da religiosa vida não se namora, e agrada,
já tem a alma danada,
e a graça de Deus perdida:
uma vida tão medida
pela vontade dos Céus,
que humildes ganham troféus,
e tal glória se desfruta,
que na mesa a Deus se escuta,
no Coro se louva a Deus.
Esta vida religiosa
tão sossegada, e segura
a toda a boa alma apura,
afugenta a alma viciosa:
há cousa mais deliciosa,
que achar o jantar, e almoço
sem cuidado, e sem sobrosso
tendo no bom, e mau ano
sempre o pão quotidiano,
e escusar o Padre nosso!
Há cousa como escutar
o silêncio, que a garrida
toca depois da comida
pare cozer o jantar!
há cousa como calar,
e estar só na minha cela
considerando a panela,
que cheirava, e recendia
no gosto de malvasia
na grandeza da tigela!
Há cousa como estar vendo
uma só Mãe religião
sustentar a tanto Irmão
mais, ou menos Reverendo!
há maior gosto, ao que entendo,
que agradar ao meu Prelado,
para ser dele estimado,
se ao obedecer-lhe me animo,
e depois de tanto mimo
ganhar o Céu de contado!
Dirão réprobos, e réus,
que a sujeição é fastio,
pois para que é o alvedrio,
senão para o dar a Deus:
quem mais o sujeita aos céus,
esse mais livre se vê,
que Deus (como ensina a fé)
nos deixou livre a vontade,
e o mais é mor falsidade,
que os montes de Gelboé.
Oh quem, meu Jesus amante,
do Frade mais descontente
me fizera tão parente,
que fora eu seu semelhante!
Quem me vira neste instante
tão solteiro, qual eu era,
que na Ordem mas austera
comera o vosso maná!
Mas nunca direi, que lá
virá a fresca Primavera
domingo, 16 de junho de 2024
Apocalipse nosso de cada dia - todos os links
1. Apocalipse nosso de casa dia: manual e guia da última viagem
https://cidmauro.blogspot.com/2020/09/o-apocalipse-de-cada-um.html
2. O Apocalipse começa
https://cidmauro.blogspot.com/2020/10/o-apocalipse-nosso-de-cada-dia-parte-2.html
3. Jesus: o primeiro a pregar o evangelho de Deus
https://cidmauro.blogspot.com/2020/10/o-apocalipse-nosso-de-cada-dia-parte-3.html
4. João, o revelador
https://cidmauro.blogspot.com/2020/10/o-apocalipse-nosso-de-cada-dia-parte-4.html
5. João e a visão de Jesus
https://cidmauro.blogspot.com/2020/10/o-apocalipse-nosso-de-cada-dia-parte-5.html
6. As sete cartas de Jesus e sua estrutura
https://cidmauro.blogspot.com/2020/10/o-apocalipse-nosso-de-cada-dia-parte-6.html
7. As sete igrejas: palavras de reprovação
https://cidmauro.blogspot.com/2020/10/o-apocalipse-nosso-de-cada-dia-parte-7.html
8. Cartas às igrejas: Éfeso, Esmirna e Pérgamo
https://cidmauro.blogspot.com/2020/10/o-apocalipse-nosso-de-cada-dia-cartas.html
9. Cartas às igrejas: Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia
https://cidmauro.blogspot.com/2020/10/o-apocalipse-nosso-de-cada-dia-cartas_4.html
10. A descrição do cenário do teatro do fim
https://cidmauro.blogspot.com/2020/10/o-apocalipse-nosso-de-cada-dia-parte-7_4.html
11. A cena angustiante do Livro
https://cidmauro.blogspot.com/2020/10/o-apocalipse-nosso-de-cada-dia-parte-11.html
12. O trono do céu: cenário de toda a ação
https://cidmauro.blogspot.com/2020/10/o-apocalipse-nosso-de-cada-dia-parte-12.html
13. O Cordeiro abre os quatro primeiros selos
https://cidmauro.blogspot.com/2020/10/o-apocalipse-nosso-de-cada-dia-parte-13.html
14. O Cordeiro abre o 5⁰ selo
https://cidmauro.blogspot.com/2020/10/o-apocalipse-nosso-de-cada-dia-parte-13_7.html
15. Pausa: comentários sobre os sete selos
https://cidmauro.blogspot.com/2020/10/o-apocalipse-nosso-de-cada-dia-parte-14.html
16. Suspense: revelam-se os 144.000
https://cidmauro.blogspot.com/2024/01/apocalipse-nosso-de-cada-dia-15.html
17. O Cordeiro abre o 7º selo
https://cidmauro.blogspot.com/2024/01/apocalipse-nosso-de-cada-dia-parte-17.html
18. Tocam-se as 7 trombetas
https://cidmauro.blogspot.com/2024/01/apocalipse-nosso-de-cada-dia-parte-18.html
19. Toca-se a 5ª trombeta: ensejam-se os três ais
https://cidmauro.blogspot.com/2024/01/apocalipse-nosso-de-cada-dia-parte-18_29.html
20. Toca-se a 6ª trombeta
https://cidmauro.blogspot.com/2024/01/apocalipse-nosso-de-cada-dia-parte-20.html
21. Intervalo entre a 6ª e a 7ª trombeta
https://cidmauro.blogspot.com/2024/01/apocalipse-nosso-de-cada-dia-parte-21.html
22. Ainda o intervalo
https://cidmauro.blogspot.com/2024/01/apocalipse-nosso-de-cada-dia-parte-22.html
23. Pausa: comentário sobre as trombetas
https://cidmauro.blogspot.com/2024/01/apocalipse-nosso-de-cada-dia-parte-23.html
24. O reino do mundo é do Cordeiro
https://cidmauro.blogspot.com/2024/02/apocalipse-nosso-de-cada-dia-parte-24.html
25. O dragão atenta contra a mulher
https://cidmauro.blogspot.com/2024/02/apocalipse-nosso-de-cada-dia-parte-25.html
26. Revela-se o Cordeiro contra o dragão
https://cidmauro.blogspot.com/2024/02/apocalipse-nosso-de-cada-dia-parte-26.html
27. A parceria do dragão com a besta
https://cidmauro.blogspot.com/2024/05/apocalipse-nosso-de-cada-dia.html
28. O enfrentamento do dragão é sua besta: as três vozes
https://cidmauro.blogspot.com/2024/05/apocalipse-nosso-de-cada-dia-parte-27.html
29. Anunciam-se os sete flagelos do juízo de Deus
https://cidmauro.blogspot.com/2024/05/apocalipse-nosso-de-cada-dia-parte-29.html
30. As sete taças dos sete flagelos
https://cidmauro.blogspot.com/2024/06/apocalipse-nosso-de-cada-dia-parte-30.html
sábado, 15 de junho de 2024
Apocalipse nosso de cada dia - A queda da (ex)suprema Babilônia - Parte 32
Em sequência e também como comsequência do que se tem configurado, uma anjo desce do céu, com grands autoridade, cuja resplandecênciq de sua glória enche toda a terra, para exclamar com grande voz: