sábado, 31 de dezembro de 2022

Uma flor

    Vida. Há uma notável diferença. Mesmo que você não acredite num Autor. Tenha muita coragem para afirmar que, o que o homem faz, tendo aprendido, aluno aplicado, a partir do que encontrou aí, é pura imitação.

  Hoje, um dia comum. Com toda essa mídia é marketing de virada. Mas é um dia comum. Deus está de plantão, como sempre. Ainda que se ache que é uma invenção, que, para sermos bons, não precisamos dEle.

   Mas não somos bons. Ora, poderíamos ser. Sem ser deuses, já que estamos predispostos a não crer nEle (ou neles), poderíamos ser bons, por nossa própria conta.

  Não precisa nenhuma pseudo ideologia de ocasião para nos confrontar. Nenhuma linha acadêmica de pesquisa, em ciências humanas, para nos humanizar.

   Nenhuma religião. Nenhuma filosofia. Sem gurus. Ninguém. Nada. Repartiríamos o que temos. Não haveria geografia nem fronteiras. E nem guetos.

  Haveria danças nas ruas. Sem torpor. Sem delírios. Sem viagens desnecessárias para fora da realidade. Porque a face de cada um seria o esperado sorriso. Haveria muita música.

   A felicidade seria moeda barata. A fraternidade uma rotina diária. A paz a principal moeda de troca. Ninguém deveria coisa alguma, um ao outro, exceto o amor com que todos nos amássemos. Repare bem no acento.

   Como uma flor barata, rústica, que nasce de uma semente que  morreu, como todas que  morrem, para dar vida. Essa vida espontânea, que cismam por dizer ter vindo do nada.

   Mas que homem nenhum cria ou sabe imitar. O único ser racional que somos. Sabemos pensar. Notáveis invenções. Para elas há autor. Mas para a suprema invenção, que é a vida, para a qual dizemos não haver autor.

    Sabemos pensar. Não sabemos ser bons. Não inventamos a flor. Mas inventamos muitas histórias. Notáveis intenções. Vã vaidade.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Pot-pourri de fotos - 3

 E prossegue o desfile das cenas do coração:

Quarteto notável: teve vida curta, mas toante, tocante e lírico. Sim, acima de tudo, evangélico: no sentido de sempre, Menininho, Este que vos fala, e os Paulos Benevides e Marcos.

Coral da Congregacional de Cascadura nos anos 80: esq. à direita, Silvia, a testa de seu irmão Eneas, Paulo Marcos e Paulo César Menininho, atrás. Na frente, Nathalie, rosto de Renata Santos, Edinalva, mãe desta e dos irmãos detrás, Nelci e Dorcas.

Este o Conjunto Encontro, notável, do mesmo modo: no sentido de sempre, Eneas, Paulo Marcos e Jorgeney. Silvia, Renata, sua irmã, e as também irmãs Patrícia e Simone. Regina, esta é minha, Nathalie e João Marcos. Detalhe é o lugar do coral, atrás do púlpito, em penumbra, com dois rostos: o da direita, com óculos, é de Nadir. E alguns irmãos identificamos pelos penteados, como o diácono Mário, com sua meia calva característica, e em primeiro plano, Alda, pelo penteado grisalho.

Pot-pourri de fotos - 2

Vão me ajudando, quando houver branco de memória: sempre da esquerda à direita, por detrás, acho que é o rosto de Renata Santos, um casal de quem não me lembro, Lea Paschoal, Lucia, Maria Braga, Nelci, rostinho atrás, Judite, as irmãs Lea e Lídia, Gelta, Dorcas e, na extrema direita, só com socorro para eu saber quem é.

O tempo avançou: desta, eu identifico, à esquerda, o menino Willian já adulto, com Jorgeney agachado. Ao lado dele, Jorge de Márcia, com Márcio e Nathalie, à altura de hoje, um do outro. Ao lado desta, Silvia, e de amarelo, o Claudio. Os demais, não são de minha época.

O local é novo. Nesse tempo, eu já estava pelo Acre. Mas há ainda gente que conheço: Lea é quem ora, de pé, lá atrás João, de Maria, bem na frente, Dagoberto, de cabeça prostrada, atrás Gelta e, na extrema direita, Amália. Ora, Deus, quanta gente aí contigo e teu Filho, na igreja do céu.

Pot-pourri de fotos

Elas, as fotos, são como flashes: registram um momento. E eles, os momentos, ficam para trás, cuja leitura nos acompanha. E cercados os momentos das fotos abaixo com ternura. Pelas pessoas, principalmente elas, que aparecem, e seu contexto, a vida de igreja. Tanto Moisés, quanto Jeremias, por razões parecidas, quiseram abrigar-se numa estalagem à beira do caminho. Pois essa estalagem é a igreja, o caminho é Jesus, o mesmo que é dono dela.

O motivo é o Natal, a estrela denuncia, e no palco William, acho que um anjo negro, mais do que coerente. À mesa, as filhas de Enê, cujos avós acompanhei desde os anos 60, na Congregacional de Nilópolis. Detalhe é a antiga mesa, com sua legenda e a campainha que por tantos anos nos acompanhou.

Aqui as pessoas: da esquerda à direita, o casal Athaide e Lídia, d. Nilza, Lea Paschoal, Rita, Dorcas e Eunice Novaes. João e Maria, na extrema direita, e Naura. Alguns por detrás das manchas e os meninos, no mesmo sentido, Ricardo, João Marcos, Paulo Marcos e Willian, estes três últimos filhos deste casal.

Aqui a meninada no aniversário: no mesmo sentido, Jorgeney, Willian, João Marcos e Paulo Marcos, com a menina Patrícia.
A gigante à direita, a outra Patrícia, com o rostinho da anciã Maria da Glória e, na frente Bruno, provável aniversariante, e Luciana.

Aqui o top artístico da época: Eneas, hoje pastor, ao violão, Paulo e Regina, no vocal, irmãos canoros, e Ricardo no baixo. Detalhes: o eterno chão de nossas memórias, o velho piano, que foi carcomido ao tempo e ao desleixo, e a invocada é cibernética mesa de conexões, ao pé do púlpito.