sábado, 17 de fevereiro de 2024

Apocalipse nosso de cada dia - Revela-se o Cordeiro contra o dragão - Parte 26

 Mas a narrativa não descansa, pois o fato da proteção da muher, assim como do resgate de seu filho ao trono celeste não descansaram o conflito.

  Ele prossegue, com outros lances de suspense. Porque houve peleja no céu, adverte o narrador, Miguel e seu anjos contra o dragão e os anjos dele. Aqui se reproduz a peleja que, em Daniel, ocorreu quando ele jejuava seus 21 dias.

   Então revela-se quem é o dragão, a antiga serpente, referente ao Éden, do Gênesis, o diabo, Satanás. Aqui é descrita sua expulsão do céu, mencionada antes em Isaías 14, Ezequiel 28 e Judas 6.

  É atirado à terra com seu grupo de anjos rebelados, e de novo ouve-se uma voz que confirma o domínio de Cristo já anteriormente declarado:

   ¹⁰ "Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo,  pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus. ¹¹ Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida. ¹² Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta." Apocalipse 12.

   1. Confirma-se que a salvação, o poder e o reino provêm de Deus e autoriza-se por Cristo;
   2. Nesse caso, o sinal se dá pela expulsão do acusador dos salvos, diante de Deus, que é Satanás;
   3. Mas o sangue do Cordeiro vertido lhes concede vitória e seu testemunho os habilita;
   4. Ainda que diante da morte, nunca renegaram o seu salvador;
   5. Por isso os céus e os que nele habitam são convocados a festejar, mas a terra é advertida, porque vai enfrentar um período de extrema hostilidade, porque o diabo, consciente de que lhe resta pouco tempo de ação, agirá nela com toda a sua fúria.

   E logo veremos que, uma vez expulso dos céus e precipitado à terra, o dragão reiniciará sua atividade hostil e desafiadora, ainda que seja sempre derrotado, permanece ativo e incansável.

   Vai se voltar, então, para dar continuidade a sua perseguição à muher. E essa luta, pormenorizadamente detalhada, vai ser descrita nestas próximas linhas da narrativa.

   O abrigo no deserto, onde a mulher havia sido protegida, ela o alcançou com asas de uma grande águia que lhe foram dadas. Ali ficou tempo (1), tempos (+2) e metade de um tempo (+0,5), longe da vista da serpente.

   O dragão muda de tática e pretende subvertê-la, por meio de uma horrenda de imensa torrente de água, que arroja de sua boca, mas a terra socorre a mulher, engolindo desta vez com sua própria boca, toda a água, em socorro da mulher e para suprema fúria e irritação do dragão.

   Este sumamente se ira, e resolve se vingar guerreando contra os que, por sua identidade, semente dela, estão alinhados à mulher, os descendentes dela por fé, os que guardam os mandamentos de Deus e preservam o testemunho de Jesus. E, ameaçadoramente, pôs-se de pé sobre a areia do mar, armando o próximo round.

   Ora, sem dúvida, é guerra aberta à igreja de Cristo. Assim chamados descendência de Maria, por causa de sua declaração de serviço ao Senhor e por haver, em seu cântico, referido-se a Jesus como seu salvador.

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