segunda-feira, 5 de outubro de 2020

O Apocalipse nosso de cada dia - Parte 11

    Se o fantástico cenário está montado no céu, 4 querubins circundam Aquele que está sentado no trono, os 24 anciãos elevam louvores e se prostam diante dEle, está pronto todo o quadro para a  ação que vai se seguir. 

     E João vislumbra o que vai ocorrer, quando concentra sua visão num livro que está na mão direita dAquele sentado no trono. Plenamente anotado, porque escrito por dentro e por fora, e de todo selado com 7 selos.

     Gosto de pensar que esse livro é a própria Bíblia, que vai se completar com a escrita do Apocalipse, que ocupa a mão de Deus, à qual somente tem acesso o Cordeiro, para lhe retirar os selos e dar cumprimento a toda a palavra ali escrita.

      Sendo assim ou não, o fato é que João continua, e passa a descrever um dilema, que vai gerar um suspense, uma grande angústia e, por fim, um clímax com a solução bem definida. E dela depende todo o desencadear do Apocalipse.

     Um anjo forte, visto por João, proclama em grande voz, que ecoa por todo o cenário: "Quem é digno de abrir o livro e de lhe desatar os selos?".

     Dilema: nem no céu, fosse na terra, fosse debaixo da terra, ninguém podia abrir o livro, ao menos olhar para ele. Suspense em todo o cenário.

    E João relata que passou a chorar desesperadamente, pela causa acima exposta, que ele repete e confirma. Até que um dos anciãos ameniza a angústia de nosso narrador, dizendo o que se torna uma legenda para todo o livro. 

    A chave hermenêutica do Apocalipse é a revelação dessa personagem, nessa cena inicial, principal e desencadeadora de toda ação, que é Jesus, já indicado como portador de toda a revelação do Apocalipse, como aquele que dita e envia as cartas às igrejas e, agora, quem desencadeia toda a ação subsequente.

      "O Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos". A seguir, João então descreve o que passa a ver, quando a personagem principal entra em cena.

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