Por que o Ensino Religioso não pode sair da Base Nacional Comum Curricular:
1. FORMAÇÃO HISTÓRICA DO BRASIL: Está presente a violência religiosa contra o indígena e contra o negro, que tiveram sua cultura diminuída e sua religião aviltada;
2. FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA: O resultado de uma formação histórica distorcida e discriminatória fizeram perdurar traços de racismo e menosprezo em relação às nações indígenas e nações africanas trazidas à força para o Brasil;
3. DIREITO DE ESPAÇO RELIGIOSO IGUAL: Também formou-se, ao longo do processo histórico, a ideia de que religiões hegemônicas, fosse no Império ou, de modo disfarçado, a partir da República, fossem instituídas e dominassem o espaço de outras religiões de minorias, diminuídas em sua importância, incluída a discriminação contra quem reivindica o direito de não crer;
4. SITUAÇÃO ATUAL: Não somente a diversidade religiosa, mas outras diversidades estão relacionadas e a escola está no centro dessa discussão, porque se coloca na mediação entre convívio familiar, social, desempenho produtivo e cidadania;
4. POR QUE ENSINO RELIGIOSO:
4.1 Constitui-se num entroncamento de várias outras disciplinas e contexto de vida entranhado na formação do povo brasileiro;
4.2 Predispõe uma variedade de abordagens que amplia visão e campos de conhecimento que bem oferecem um preparo indispensável, num contexto de diversidade religiosa que a família, sozinha, não alcança;
4.3 Campos contemplados e indicados, anteriormente, na Base Nacional Comum Curricular, como filosofia, história, sociologia, arte, tradições religiosas, direitos humanos, cidadania, entre outros, promovem uma interdisciplinaridade essencial, funcional e necessária.
Por respeito a todos os que se empenharam para que constasse na Base Nacional Comum Curricular, com absoluta competência nessa abordagem, e todos que, pelo Brasil afora examinaram e validaram essa presença, e ainda em função da história de opressão religiosa no Brasil e a necessidade atual de assistência aos alunos e apoio à família, torna-se urgente e absolutamente necessário o retorno do programa de Ensino Religioso como disciplina constante entre as demais de Ciências Humanas na Base Nacional Comum Curricular.
Cid Mauro Araujo de Oliveira.
quinta-feira, 25 de maio de 2017
sexta-feira, 19 de maio de 2017
Mal traçadas linhas 41
Salvar alguém como eu.
Alguém compôs esse hino aí. Deve constar de um arroubo de reflexão sobre sua própria condição. Faz a gente refletir sobre a nossa própria.
Supõe que, uma vez confirmada a palavra bíblica de que Deus se ocupa, pessoal, intransferível e individualmente com a nossa salvação, que vocação, no mínimo, estranha que o Altíssimo instituiu para Si mesmo.
Sim, porque quando imagino Deus ocupado em me amar, caramba, agora num arroubo meu de (falsa) humildade, até me emociona que o Altíssimo assim possa agir. Afinal, sempre tomado pelos mais elevados e definitivos arroubos, Ele sim, de Sua divindade, amar-me combina com Ele.
Mas aí, penso em cada ser humano. Essa diversidade é desconcertante. Claro que somos seletivos nessa história de "amor" ao próximo. Não saímos, por aí, amando. Envernizando nossa cara de pau, ciosos de não queimar nosso filme, adotamos uma visão cristã da coisa, porém não radical.
E quando pensamos em Jesus, expressão humana exata de Deus, daí refletimos, procurando enxergar numa pálida ideia essa imagem de um envolvimento sem acepção (ou assepsia) de pessoas.
Imagine Deus ocupar-se em amar todos e cada um. Quando o Altíssimo, que tudo sabe e a tudo perscruta ainda se faz Espírito para, além de uma vez se ter feito homem, ocupar-se da intenção de estar dentro dos que ama, cara, uma vocação dessas, de se envolver, individualmente, com a falência humana, que louvável vocação.
Amor. Mais ou menos isso que eu penso quando palidamente reflito no que consiste entender que Deus se ocupa com o que cada um carrega consigo no mais íntimo, aí onde às vezes nem mesmo a criatura humana tem coragem de imergir e, se e quando o faz, veste sua fantasia e se impõe uma máscara. Hipócritas caras de pau nós somos.
Alguém compôs esse hino aí. Deve constar de um arroubo de reflexão sobre sua própria condição. Faz a gente refletir sobre a nossa própria.
Supõe que, uma vez confirmada a palavra bíblica de que Deus se ocupa, pessoal, intransferível e individualmente com a nossa salvação, que vocação, no mínimo, estranha que o Altíssimo instituiu para Si mesmo.
Sim, porque quando imagino Deus ocupado em me amar, caramba, agora num arroubo meu de (falsa) humildade, até me emociona que o Altíssimo assim possa agir. Afinal, sempre tomado pelos mais elevados e definitivos arroubos, Ele sim, de Sua divindade, amar-me combina com Ele.
Mas aí, penso em cada ser humano. Essa diversidade é desconcertante. Claro que somos seletivos nessa história de "amor" ao próximo. Não saímos, por aí, amando. Envernizando nossa cara de pau, ciosos de não queimar nosso filme, adotamos uma visão cristã da coisa, porém não radical.
E quando pensamos em Jesus, expressão humana exata de Deus, daí refletimos, procurando enxergar numa pálida ideia essa imagem de um envolvimento sem acepção (ou assepsia) de pessoas.
Imagine Deus ocupar-se em amar todos e cada um. Quando o Altíssimo, que tudo sabe e a tudo perscruta ainda se faz Espírito para, além de uma vez se ter feito homem, ocupar-se da intenção de estar dentro dos que ama, cara, uma vocação dessas, de se envolver, individualmente, com a falência humana, que louvável vocação.
Amor. Mais ou menos isso que eu penso quando palidamente reflito no que consiste entender que Deus se ocupa com o que cada um carrega consigo no mais íntimo, aí onde às vezes nem mesmo a criatura humana tem coragem de imergir e, se e quando o faz, veste sua fantasia e se impõe uma máscara. Hipócritas caras de pau nós somos.
domingo, 14 de maio de 2017
Amor em 10 lições
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira...
1. ... que deu seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." Este trecho do Evangelho de João, apelidado de "texto áureo" da Bíblia, encerra alguns dados fundamentais sobre o sentido do que é amor. Primeiro, a dádiva de Deus, que é seu Filho, é o traço distintivo do amor de Deus. "Dar o Filho" e de "tal maneira" constitui-se na medida do amor de Deus.
2. Numa certa carta que escreveu, João absolutiza, dizendo que "Deus é amor", 1 João 4:8. Portanto, lendo um trecho pelo outro, "dar o Filho" representa o máximo da personalidade de Deus, porque Deus é amor. Não haveria outra forma de Deus provar seu amor, como agora quem diz é Paulo Apóstolo em Romanos 5:8, "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós".
3. Deus quer que amemos. Paulo, na sua oração em Efésios 3:17-19, diz que Cristo habitar em nosso corações significa estarmos "arraigados e alicerçados em amor", para uma única finalidade: compreendermos, "com todos os santos", ou seja, com todos os demais que creem, "qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento", para que sejamos "tomados de toda a plenitude de Deus."
4. Compreenda, antão, até agora que Deus é amor, tem como prova maior ter dado o Filho, para nos arraigar, enraizar, fundamentar em Cristo, como Paulo Apóstolo, de novo diz em Colossenses 2:6-7, a fim de compreendermos todos os limites e conhecermos esse amor, que excede todo o entendimento e sermos tomados de toda a plenitude de Deus. Enfim, Deus é amor e quer compartilhar amor conosco.
5. Amor não é sentimento. Amor é atitude. Essa foi a atitude de Deus. Paulo Apóstolo nos socorre, de novo, para compreendermos, quando diz em Colossenses 1:13 que, para tanto, Deus nos "libertou do império das trevas" e nos transportou "para o reino do Filho do seu amor." A atitude de Deus, a nosso favor, substitui trevas, em nossa vida, pela presença do amor. Amor em lugar de trevas substitui o caos em nós. "Criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas", boas obras de amor, Efésios 2:10.
6. A Bíblia, em sua lição essencial, coloca-nos diante de Deus, sem barreiras, ainda como diz Pedro Apóstolo, em 2 Pe 1:4, como "coparticipantes da natureza divina", ou seja, participantes com Deus e em Cristo do amor, ainda acrescentando que este é o único meio de nos livrar "da corrupção das paixões que há no mundo." Deus nos livra dessa corrupção, desarraigando-nos de nossas próprias trevas, para nos enraizar, fundamentar e edificar em Cristo, para sermos tomados de Sua plenitude, em amor.
7. Para se negar toda a relevância da Bíblia como livro, como mensagem do amor de Deus ao homem, é necessário negar essa possibilidade do amor. Para se negar Deus, é necessário dizer que não existe amor. Nunca diga "eu te amo" a ninguém. Pobre homem: "amor", para ele, sem Deus, é apenas um sentimento condicionado e condicionante, acalentado como possibilidade por um animal top de linha na cadeia da evolução. Basta olhar, então, à volta e ver, na vitrine do mundo, a prova mais cabal de que ao homem é impossível de amar.
8. Não diga "eu te amo" a sua mãe: "Dia das Mães", por exemplo, não passa, mesmo, de um capricho do mercado, eleito como dia de gastos extras para o comércio. E não adianta tentar escapar porque, se você tentar ser mais autêntico no uso da expressão "eu te amo", não vai adiantar: se Deus não existe, amor não é absoluto, amor é restrito, não é atitude permanente e eterna, é sentimento indefinido e passageiro, que só existe até que todos viremos cadáveres, porque cadáver não ama e a morte é o fim de tudo. Não diga "eu te amo" a sua mãe, não diga "eu te amo" a sua amada ou ao seu amado, não diga "eu te amo" ao seu filho, não diga "eu te amo" a ninguém porque isso tudo tem um fim. "Ame", somente enquanto a morte não vem.
9. Deus traz consigo amor. Só nele existe amor. Amor não é sentimento, porque ao tentar nutri-lo, o homem projeta de si. E tão falho, tão frágil, e traidor como é, no homem, o amor acaba, diferentemente do que repete Paulo Apóstolo em 1 Coríntios 13:8, "o amor jamais acaba". O amor no homem acaba, porque o homem acaba. Mesmo que, em sua tentativa, durante sua breve existência se esforce para demonstrar amor, como de si projeta, como de si entende que seja, vai ter um fim. Muito pior quando o fim do amor que, em sua vã tentativa, o homem deseja mostrar, esse fim ocorre antes da morte: fica demonstrada a incapacidade humana de, em si e sozinho, sustentar o que chama de amor. Amor no homem tem limite, não tem "comprimento, altura, largura e profundidade". É falso, ainda restrito ao seu, do homem, entendimento.
10. Aprenda a amar. Só na prática é possível aprender a amar. Só recebendo de Deus amor é possível amar. Só existe amar "sendo tomado de toda a plenitude de Deus". Leia 1 Coríntios 13. Ali está escrito um montão de coisas que amar não é. E outro montão de coisas que amar significa: "tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta", 1 Coríntios 13:7. Dar a própria vida, dar todos os bens, ser tudo que, em sua vã vaidade, o homem pretende, idolatrar o ego, ainda que dissimuladamente, projetando ser deus, tão típico ao homem, como demiurgo, não significa amar. Amar é "ser, pois, imitador de Deus, como filho amado" e "andar em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave", Efésios 5:1-2. Você ainda acredita no seu amor sem Deus?
Deus é amor. Pratique amor.
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