domingo, 4 de outubro de 2020

O Apocalipse nosso de cada dia - As sete igrejas: Tiatira, Sardes, Filadélfia, Laodiceia - Parte 9

    Tiatira: havia nela uma liderança independente, que forjava um falso ministério, enganando a muitos. Embora fosse uma igreja de reconhecida operosidade, amor, fé e perseverança, não confrontava essa liderança, uma falsa profetisa, que praticava e ensinava rituais de  idolatria, provavelmente religiões de mistério, muito comuns naquela época e naquela região. O grupo, reconhecidamente, mais maduro é exortado a confrontar, na fé, os que estavam no desvio. Essa igreja nos ensina a reconhecer a autenticidade e prática legítima dos dons, no ministério de Cristo, que é único, do modo como devem ser avaliados pseudo ministérios que espoucam, aqui e acolá, mas totalmente carentes de autenticidade.


     Sardes: a crise nessa igreja também era acentuada, pelo fato de quase totalmente haver perdido sua identidade, pois Jesus a aponta como viva só de nome. Havia poucos nela que se mantiveram fiéis, tendo recebido, ouvido e guardado a palavra de Jesus. Precisavam consolidar os que estavam fracos, 2 Pe 1,10-11. Essa igreja nos ensina o perigo de nem percebermos o quanto podemos nos afastar de nossa vocação original, praticando obras não íntegras, na avaliação de Jesus, e não as que, como salvos, somos convocados a praticar, Ef 2,10.

     Filadélfia: ela nos ensina a plenitude do ser igreja: porta aberta diante de si, pouca força humana, todo o poder de Deus e ter guardado e vivido pela palavra de Jesus. Não significa que não houvesse provações, pois eram desafiados pelo grupo "sinagoga de Satanás", de falsos crentes e falsos judeus. Mas estavam guardados e sem nenhum medo no amor de Jesus, o qual seria a marca maior de sua aprovação, diante de Deus. Ela nos ensina a viver e experimentar a plenitude do poder de Deus, no seu amor e na sua palavra.

      Laodiceia: muito interessante essa igreja, porque tinha uma falsa imagem que fazia de si mesma: avaliava-se rica, abastada e suprida mas, pela visão de Jesus, era pobre, cega, miserável e nua, como Adão, flagrado em delito no Éden. Perdera, como em Sardes, a identidade: nem quente ou fria, mas morna, a ponto de ser vomitada por Jesus. Mas ela nos ensina algo válido para qualquer igreja em qualquer época: se acolher Jesus, que bate à porta, para entrar, cear e exercer sua intimidade, haverá restauração, porque Jesus tem tudo do que qualquer e todas as igrejas precisam.

     Vale aqui mencionar que, o prêmio de vitória dela seria sentar-se, com Jesus, no trono que é de uso exclusivo dEle e do próprio Pai, como vamos ver nos próximos capítulos.

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