sexta-feira, 29 de julho de 2022

Bom (ou mau) gosto.

   Não fostes vós que escolhestes a mim. Eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça".

    Certos versículos da Bíblia são problemáticos. Esse é um deles. Indica ações de Jesus. Numa primeira aproximação, ele fala de autenticidade. Aliás, todo o capítulo no qual está inserido, fala de autenticidade.

   Porque começa com uma afirmação de Jesus: "Eu sou a videira verdadeira". Bem, poderia ser discutível, caso embarquemos, de carona, na argumentação da teologia liberal, perguntando: "Espera ainda: foi mesmo Jesus que falou isso ou puseram essas palavras em sua boca?

   Bem, mas aqui vamos assumir que foi mesmo Jesus que tenha falado, para chegar lá adiante no tal versículo que, segundo opino, também fala de autenticidade.

   Esse "não fostes vós que escolhestes a mim", dito por Jesus, indica que, na escolha do Mestre, a prioridade é dele. Claro que, no tempo e no espaço, falava aos apóstolos. Mas sem mais delongas exegético-hermeneuto-argumentativas, afirmamos logo que essa escolha se estendeu a nós. Definitiva (ou lamentavelmente) é Jesus quem escolhe.

   Imagina se fôssemos nós a escolher. Ora, faríamos mesmo uma seleção. E provavelmente, eu não escolheria você e você não me escolheria. Por quê? Porque talvez eu não quisesse você no meu grupo e você não me quisesse no seu.

    Nossa convivência seria avessa, os sorrisos um para outro hipócritas e, somente por uma questão de educação, haveria um suportamento sufocante, quase que não respirássemos o mesmo ar, como num afastamento COVID.

  Talvez Jesus não tenha te escolhido, diria eu. Não escolheu foi você, diria você a mim. Porque eu, se fosse ele, não te escolheria, diríamos nós dois. Mas, caso Jesus, em nossa opinião (que, no caso, vale zero, porque a escolha é dele), tenha escolhido a mim e a você, estamos na mesma igreja.

    NÃO, diria eu. Isso mesmo, não, você confirmaria, e nós dois diríamos: na mesma igreja, JAMAIS. Certo. Ainda bem que existem várias e, geograficamente, pelo menos, (bem) distantes. Mas partidários do mesmo evangelho, teríamos de ser. Porque, como diz Paulo, não existe outro.

   Permita-me discordar do Apóstolo: pode até não existir, mas nós, pelo que parece, criamos uma variedade deles. Sim, porque não dá para aceitar que, nesse gosto de escolha duvidosa ou, se preferir, nessa escolha de gosto duvidoso Jesus tenha escolhido você (diria eu, diria você).

   Nós dois, na mesma igreja e no mesmo evangelho, seria uma escolha equivocada. Muito provavelmente, Jesus não escolheria alguém de seu nível e de sua mentalidade, diria eu, diria você. Deve haver alguém (ou alguns) bastante enganado(s) nessa história.

   Vai ver que Jesus se enganou (contigo, eu diria; comigo, diria você).

quinta-feira, 28 de julho de 2022

Jeremias 6

     Os escritos de Jeremais demonstram, quanto a sua forma, um bom exemplo de como se desenvolvem os documentos canônicos. Daniel já os consultava no período final do exílio.

   O que demonstra a credibilidade deles, resultado de um profeta solitário, que afirmava que toda uma geração viveria em Babilônia, por 70 anos, enquanto todos os outros falsários falavam em 2 anos. Pois o cerco, no tempo de Zedequias, rei entre 597 e 586 a. C., foi que durou esse tempo.

    Os rolos de Jeremias já foram colecionados nesse período. Costuma-se chamar primeiro rolo esse que foi queimado por Jeioaquim, compreendendo os capítulos 1-25 da disposição atual do livro. Uma vez queimado, foi recomendado a Baruque reescrevê-lo e acrescentar ainda mais oráculos.

    No exemplar da Septuaginta, após esse trecho vinham às profecias às nações. Está registrado no trecho da vocação do proefeta também noemeá-lo às nações. Fossem as vizinhas, no entorno da Palestina, como aparecem no início da profecia de Amós.

   Assim como as nações remotas, alinhadas como num triângulo ao redor da nesga de terra voltada para o Mediterrâneo que é a Palestina: fenícios ao norte, representados por Tiro e Sidom, a Mesopotâmia ao nordeste, do outro lado do deserto da Arábia, e Egito ao sul.

   Ao sul, império egípcio da Antiguidade, e ao nordeste, os neoimpérios assírio e babilônico, estava explicado por que a Palestina era um corredor natural, do caminho percorrido por Abraão, a partir da caldeia, pelo chamado crescente fértil, até se chegar ao Egito, celeiro do mundo antigo, atravessando, exatamente, a Palestina.

    Por isso Jeremias prevenia que, a panela que se derramava, a partir do norte, trazia à Jerusalém o império babilônico, com Nabucodonosor, em 586 a.C, como trouxera os assírios, com Salmaneser, em 722 a. C., para o cerco a Samaria. Por esse caminho, um dia, virão os Persas, em 536 a. C. e, mais adiante, os gregos, este o primeiro império do ocidente, em 330 a. C, antes dos romanos, que alcançarão a Palestina, com Pompeu, em 63 a. C.

    Jeremias profere essa coleção de oráculos às nações, atualmente numa posição diferente, no texto hebraico massorético, nos capítulos 46-51. Na posição atual, a partir do capítulo 26, constam trechos considerados biográficos do profeta. Os estudiosos atribuem, ou não, a Baruque, o escriba do profeta.

   Há um estudioso chamado Movinckel que define, em termos gerais, para os textos de Jeremias, três fontes e tipos diferentes. Essa maneira de enxergar teve retoques, com a continuidade das pesquisas, mas indica de modo claro e geral o que se tem no livro.

    Os documentos A seriam o que se denomina ipisissima verba do profeta, ou seja, saíram de sua boca e se compõem, na sua maioria, de textos poéticos. O tipo B contém esses textos biográficos, portanto narrativos, resultado de uma breve biografia do profeta, escritos, provavelmente, por Baruque. E os chamados textos C, ainda que apresentando material original do profeta, porém até então desconhecidos, pertencem à escola deuteronomista de redatores que, por todo o livro, editam seus retoques.

   Exemplo desse trabalho é o texto de Jeremias 7, do sermão à porta do templo, que vai provocar a convocação ao palacio, sob Jeioaquim que, por sua vez, rasga e queima o rolo escrito dos oráculos do profeta. Neste capítulo, a edição tem os retoques deuteronomistas e, no capítulo 26, aparece o enredo narrativo da história, anotada, certamente, pelo biógrafo de Jeremias, que alguns autores indicam ser Baruque.

quarta-feira, 27 de julho de 2022

Jeremias 5

     Vale ressaltar os homens (e mulheres) dessa época. A começar pelo anônimo "povo da terra", assim indicado e assim desconhecidos no texto. Salvaguardam Jeremais, do mesmo modo que fizeram com Josias quando, ainda menino, teve seu pai Amon assassinado, em vias de ser usurpado o trono.

   Esse "povo da terra" garantiu ao menino de, apenas, 8 anos ocupar o trono, portanto tinham força política e militar. Muito provavelmente, também econômica. Esse mesmo menino, aos 16, apega-se extraordinariamente à lei do Senhor.

   E próximo dos 20, vai empreender uma reforma político-religiosa de vulto, demolindo templos idólatras erguidos ainda na época de Salomão, queimando em seus altares os ossos desenterrados de seus sacerdotes.

    E, quanto ao templo de Jerusalém, promoveu reformas, visando comemorar as festas esquecidas, e foi nesse afã que comunicaram a ele terem encontrado abandonado, no mais interior do templo, o rolo de um exemplar da lei de Moisés.

    Uma vez que o ouviu lido, Josias rasgou suas vestes, em sinal de contrição, e mandou procurar Hulda, a profetisa, a fim de esclarecer detalhes. Ela confirmou que não mais havia remédio, porque todo o povo estava enquadrado na categoria "maldições", do Deuterinômio, em função de suas escolhas erradas.

     Josias, com o rasgar de suas vestes, demonstrava sensibilidade diante das palavras que ouviu. E o fez, antes de ainda mandar consultar a profetisa. E outras atitudes mais ele implementou, como ter comemorado a Páscoa e reformado o sacerdócio, até que, em 2 Crônicas 34, afirma-se que, enquanto Josias viveu, o povo perseverou apegado ao Senhor.

    O vazio da morte de Josias gerou profunda carência, deixando a Jeremias a chance de, na qualidade de profeta, ocupar essa brecha, em sua vocação específica. Foi assim também cerca de 150 anos antes, quando morre o rei Uzias, da mesma  marca de caráter de Josias e, ao morrer, desperta-se a vocação de Isaías, profeta em Judá nessa época, ocupando o mesmo vazio deixado por rei tão consagrado ao Senhor.

    Uma lista extensa de anônimos, herdeiros da reforma de Josias, afinal apoiadores dessa continuidade com Jeremias, assim como os herdeiros da marca de caráter que teve Uzias, ou Azarias, como foi chamado, esse restante fiel, como é nomeado a Isaías em sua vocação.

    Esse rei, do tempo de Isaías, somente foi lamentável em seu exemplo ter ousado, como se fosse um dos sacerdotes, entrar no Santo Lugar do Templo em Jerusalém. Deus não permitiu essa profanação. Quedou-se portador de hanseníase e teve de terminar seus dias apartado do povo, do modo como era visto naquela época quem contraísse esse mal.

     E tristeza das tristezas, a idolatria, enfrentamento comum ao ministério dos dois profetas, ambos dirigindo-se a Jerusalém, separados por 150 anos, influenciado que era o povo por seus vizinhos, os anos decorridos e a força desse mesmo ministério profético não conseguia avançar com o povo na mentalidade de ter apenas Deus como único.

    A oração do Deuterinômio, que tão bem resumia esse princípio, "ouve, Israel, o Senhor Deus é único", síntese a mais avançada da fé, Isaías e Jeremias nunca obtiveram unanimidade e, inacreditável, nem apoio das lideranças, fossem policiais, religiosas e da mesma escola sua, mas dos pseudoprofetas.

    E não adiantava, para os contemporâneos de Jeremias, tomar dos rolos de Isaías, onde se registrava o milagre do cerco dos assírios a Jerusalém, com também a cura milagrosa de outro rei piedoso, desta vez Ezequias, porque quanto ao cerco dos babilônios, não haveria anjos que dispersassem seu exército, como foi com o de Senaqueirbe. Não contassem, no tempo de Jeremais, com o livramento havido no tempo de Isaías.

terça-feira, 26 de julho de 2022

Jeremias 4

    Essa aproximação entre reis e profetas corruptos era tão notável e reincidente, que o próprio Jeremias entra em polêmica com Hananais, ocasião de um ato profético por parte do autêntico e de uma performance teatral por parte do falso.

   Para representar, de fato, o jugo que o império babilônico vai impor a Judá, tal qual a Assíria fez com Israel, Deus ordena a Jeremias que coloque sobre si mesmo, arqueada nos ombros, por detrás do pescoço, um jugo ou canga, própria para gado de arado.

   Jeremias assim se apresenta no templo. Hananias lhe arranca a canga de sobre os ombros, joga ao chão e a despedaça. Teatralíssimo. Faz o maior sucesso em sua audiência. Nosso herói se retira agastado.

    Porém Deus o manda retornar. Não para outra cena humilhante, mas agora com uma canga de metal. Hananias não pode repetir o chilique, Jeremias confirma o teor de sua profecia, que ele mesmo tanto desejava que fosse mesmo Fake News. Mas não era.

    Nabucodonosor haveria de impor jugo sobre o rei de Judá, em Jerusalém. Contra uma maioria de profetas falsos, eles, sim, espalhavam fraude. Jeremias vem contra essa maré. E ainda escreve a famosa carta aos exilados, sim, israelenses já em Babilônia, conduzidos quando Joaquim, colocado no trono após a morte de Jeioaquim, fora levado cativo, em 597 a. C.

     Em Jeremias 28 se encontra a polêmica, com o ato simbolico de Jeremais e a cena teatral de Hananias, e, no Cap. 29, a não menos famosa carta aos exilados. Jeremias, na sua fala a Hananias, ainda menciona outro contemporâneo de Isaías, o profeta Miqueias, desde qual época se previa que não haveria paz para Israel.

    Aqui podemos citar Tiago, este já 600 anos à frente de Jeremias, que afirma, em sua epístola, que é em paz que se semeia o fruto da justiça, para os que promovem a paz. Na verdade, ele associa justiça à paz, e esta, como denuncia Jeremias, havia cerca de 150 anos, desde Miqueias, estava longe de Israel.

    A partir da Babilônia, um dentre o grupo dos profetas opositores de Jeremias, interpela os de Jerusalém, ora, como deixam chegar à comunidade do exílio uma carta daquelas, questionando a credibilidade deles junto aos exilados dessa primeira, em 605 a. C., e segunda, em 597 a. C, levas de judeus agrupados em Babilônia.

     Lá se encontrava outro profeta, desta feita Ezequiel, também, como Jeremias, um sacerdote fora de ofício, como mais tarde será João Batista. Todos homens de uma lucidez a toda a prova, em sua relação com Deus, sem se deixar intimidar. 

Jeremias 3

    Em Israel, uma vez que houvessem pedido um rei, em desacordo com a vontade de Deus, como bem representou o profeta da hora, Samuel, que viveu cerca de 400 anos antes de Jeremias, foram atendidos, mas delineou-se, desde muito cedo, o perfil perfeito para esse líder.

   Foram ungidos por Samuel, o primeiro deles, Saul, e o segundo, Davi. Samuel, esse profeta da hora, era um misto de juiz e também sacerdote. Embora o rei fosse por ele ungido, nunca, em Israel, foi permitido que reunisse em si os dois ofícios, quais fossem, liderança político-militar e sacerdotal.

     Aliás, entre outras reprovações, a principal, que, literalmente, rasgou Saul para fora da dinastia real, que vai se tornar davídica, foi antecipar-se a Samuel na oferta de sacrifícios que antecediam uma batalha iminente.

     Definitivamente, foi dito a Saul, sua descendência foi proscrita da dinastia que haveria de suceder o rei de Israel. Saul estava fora do perfil. Amigo de Deus todos e qualquer rei deveria ser, como Davi o foi. Mas associar-se ao sacerdócio, como seu líder inconteste, jamais.

     Porém essas duas instituições, sacerdócio e reinado, tendiam a conciliar-se em torno dos mesmos interesses. E, na maioria das vezes, esses interesses iam de encontro à ética dos profetas autênticos, que era o caso de Jeremias. Exemplo de outro contemporâneo de Isaías e Oseias, o profeta Amós.

    Este teve uma altercação com um profeta, que estava na conta, isto é, na folha de pagamento de Jeroboão II, no norte, que jogou na cara do profeta Amós estar no lugar errado, profanando o santuário e o trono desse rei. Amós responde à altura: eu, sim, não sou profeta. Colho sicômoros e tanjo ovelhas. Mas o Senhor me tirou de detrás do gado e me enviou.

    De outra sorte, desta vez ainda no reinado de Acabe, da primeira dinastia em Israel do Norte, filho de Onri, aliançou-se com Josafá, rei em Jerusalém, para lutarem juntos contra Hazael, da Síria. Josafá viaja e encontra uma malta de profetas favoráveis a Acabe. Desconfia, e pede um autêntico. Vem Micaías, que profetiza, atesta e testemunha a morte de Acabe, por uma flecha perdida.

     Pois também em torno de Jeioaquim, como foi de Acabe, há profetas de ocasião, vendidos aos interesses corruptos do rei, que também se acerca da hierarquia sacerdotal, igualmente corrupta, já por si o rei, o terceiro poder, que deveria exercer juízo e justiça, reúne em torno de si toda uma classe de bajuladores, com raras exceções, Jeremias uma delas, a todos contesta. 

Jeremias 2

  O Deus de Jeremias exigia de seu povo uma correspondência em caráter. A lei de Moisés, concedida como padrão, era lógico que não se constituía, apenas, no arrazoado escrito, símbolo de perfeição, sagrada em si mesma, um monumento à vaidade dos israelitas.

   Deus, por boca de seus profetas, exigia vê-la exibida na conduta do povo. Desde Oseias, que profetizara, no norte, em Samaria, cerca de 150 anos antes de Jeremias, contra o sistema sacerdotal que, a um só tempo, queria abarcar culto e política civil, como usurpação, mas envergonhava a intenção divina de santidade fora do livro, plasmada na vida das pessoas.

   Essa crítica profética era lúcida. Porque nunca a troca por outros deuses era isenta de desvios morais. Já na época de Oseias denunciava-se a falência do sacerdócio no Reino do Norte. Pois no Sul, agora no tempos de Jeremias, ocorria o mesmo e com todas as instituições.

    Os conterrâneos do profeta, em Anatote, não vão querer Jeremias por lá. Porque ele está, definitivamente, comprometido com a denúncia de todos os desmandos de todas as classes, seculares ou religiosas. Aliás, ele é um sacerdote fora de ofício, que contraria todos os demais falsos profetas, envergonha os patrícios alinhados ao poder do rei que, por sua vez, tem todos os juízes corruptos consigo, incorporados, por sua vez, aos anciãos.

    Isaías, contemporâneo de Oseias, cujo ministério também se deu em Jerusalém, como agora opera Jeremias, tem uma expressão que ainda bem, quer dizer, que mal define a nação, ou melhor, o que restou dela: "da planta do pé, ao alto da cabeça, uma chaga só, não tratada, não ungida com óleo".

   Em Israel, uma vez que houveram pedido um rei, em desacordo com a vontade de Deus, como bem representou o profeta da hora, Samuel, que viveu cerca de 400 anos antes de Jeremias, foram atendidos, mas delineou-se, desde muito cedo, o perfil perfeito para esse líder.

   Foram ungidos por Samuel, o primeiro deles, Saul, e o segundo, Davi. Samuel, esse profeta da hora, era um misto de juiz e também sacerdote. Embora o rei fosse por ele ungido, nunca, em Israel, foi permitido que reunisse em si os dois ofícios, quais fossem, liderança político-militar e sacerdotal.

     Aliás, entre outras reprovações, a principal, que literalmente rasgou Saul para fora da dinastia real, que vai se tornar davídica, foi antecipar-se a Samuel na oferta de sacrifícios que antecediam uma batalha iminente.

     Definitivamente, foi dito a Saul, sua descendência foi proscrita da dinastia que haveria de suceder o rei de Israel. Saul estava fora do perfil. Amigo de Deus todos e qualquer rei deveria ser, como Davi o foi. Mas associar-se ao sacerdócio, como seu líder inconteste, jamais.

   Porém essas duas instituições, sacerdócio e reinado, tendiam a conciliar-se em torno dos mesmos interesses. E, na maioria das vezes, esses interesses iam de encontro à ética dos profetas autênticos, que era o caso de Jeremias, e de outro contemporâneo de Isaías e Oseias, o profeta Amós.

    Este teve uma altercação com um profeta, que estava na conta, isto é, na folha de pagamento de Jeroboão II, no norte, que jogou na cara do profeta Amós estar no lugar errado, profanando o santuário e o trono desse rei. Amós responde à altura: eu, sim, não sou profeta. Colho sicômoros e tanjo ovelhas. Mas o Senhor me tirou de detrás do gado e me enviou.

    De outra sorte, desta vez ainda no reinado de Acabe, da primeira dinastia em Israel do Norte, filho de Onri, aliançou-se com Josafá, rei em Jerusalém, para lutarem juntos contra Hazael, da Síria. Josafá viaja e encontra uma malta de profetas favoráveis a Acabe. Desconfia, e pede um autêntico. Vem Micaías, que profetiza e testemunha a morte de Acabe, por uma flecha perdida.

segunda-feira, 25 de julho de 2022

Jeremias 1

   Jeremias impunha uma opção única de fidelidade ao Senhor. Afirmava ter conhecido todas as culturas ao redor, que fosse por viagens ou notícias de outras paragens, chegando a mencionar ilhas distantes.

   E em todos esses lugares se ouvia de uma diversidade de deuses, aos quais todas as gentes eram fidelíssimas. Não é que o profeta fosse contra toda essa diversidade. Problema deles. Aliás, via neles essa virtude.

    Porém Judá não tinha a seu Deus esse mesmo apego que se constatava alhures. Posto que, segundo avaliava Jeremias, não fossem deuses esses assim venerados. Ou que fossem, para seus seguidores, mas, pelo menos por seus atributos, em muito diferiam do Deus judaíta.

    Admirava-se o profeta de constatar essa realidade no confronto da sua cultura com a de tantas outras nações estrangeiras. Prometia muito o Deus de Jeremias ou, pelo menos, o Deus em nome de quem ele falava. Não era, ao inverso, dizer que havia uma relação de troca, como era a das outras nações com seu deuses.

    Satisfizessem seus deuses com as oferendas requeridas para, em troca, receberem deles proteção, sucesso em guerras, riqueza e renome, sustento nas colheitas, proteção contra intempéries e lucro no comércio.

   Com Israel era diferente. Desde muito cedo foi-lhes informado que, sim, eram propriedade peculiar, povo exclusivo, menina dos olhos de Deus, essas coisas. Mas com uma missão. Levar às outras nações o testemunho dessa relação.

    Não era, apenas, um toma lá, dá cá, relação essa tão costumeira, antiga, atual e frequente. Mas uma vocação, a própria vocação de Deus. A história do povo haveria de se confundir com a história de Deus, para que Ele se revelasse, não somente ao povo judeu, mas, por meio deste, a todas as demais nações.

 A MISSÃO DE FAZER DISCÍPULOS;

Ernestine Horne e seu legado:
Catariana Maria Costa dos Santos e Cláudia Mércia Eller Miranda.

Foi com uma agradável surpresa que recebi uma primeira mensagem, de Claudia Mércia Eller Miranda, que se apresentou como alguém que havia lido o meu livro “Desbravadores do Sertão”, que nela despertou o desejo de buscar novas informações para uma pesquisa que estava em andamento. Inicialmente, ela fez mistério quanto ao que realmente estava produzindo e, confesso, não achei que fosse algo tão relevante. Mas atendi o pedido de fontes para a sua pesquisa. Todas as perguntas feitas por ela foram respondidas, como é do meu feitio, na medida do possível, desse modo atendendo aos pedidos que me são feitos. Em algumas ocasiões, recorro a pessoas que trabalham comigo para uma foto, um escaneamento, coisas que podem ser feitas por outros, desde que orientados nesse sentido.
Após algum tempo ela, finalmente, comunicou que, em companhia de Catarina dos Santos, estava concluindo uma pesquisa biográfica sobre a vida de Ernestine Horne e a fundação da escola Betel, instituição destinada a preparar mulheres para o ministério nas igrejas, que desenvolvam trabalho missionário ou na área do ensino. Fiquei surpreso com a dimensão da pesquisa (344 páginas), mas a surpresa maior foi pela qualidade do trabalho desenvolvido, pelas fontes consultadas, pesquisas feitas no Brasil e no exterior, incluído o Canadá, país fonte, pois foi de lá que partiu, em 1934, Ernestine Horne para iniciar, no ano seguinte, na cidade de Patos, PB, uma escola para moças que, mais tarde, seria o Betel Brasileiro.
O texto é rico em informações, desde a experiência de mudança de visão missionária, na Igreja Batista da qual Ernestine Horne era membro, em Toronto, Canadá. Foi de um contexto de avivamento e forte ênfase missionária que Ernestine e outras pessoas se sentiram tocadas para deixar seu país e se lançar em campos missionários mundo afora. Tenho dito em minhas falas sobre missão e vocação que nós, latino-americanos em geral e brasileiros em particular, temos uma enorme dívida com homens e mulheres que não mediram esforços para deixar suas famílias, igrejas e nações, algumas delas para nunca mais voltar, mas convictas de que estavam cumprindo o chamado do Mestre, no contexto da Grande Comissão. O meu livro já mencionado, principalmente no capítulo três, que trata dos missionários que para aqui vieram, desde William Bowers, que veio para o Recife, em 1878, a convite de Robert Reid Kalley, James Fanstone e, mais tarde, daqueles que vieram como enviados pela Help for Brazil, entidade criada por Sarah Kalley, em 1894, como Ida e Charles Kingston, James Haldane e, mais tarde, todos os enviados pela UESA, como Harry e Frieda Briault, William Forsyth, Duncan, Thomson, Telford, Davidson Bellah, Knechtel e tantos outros, procura honrar todas essas pessoas, que saíram dos mais diferentes lugares da Europa e dos Estados Unidos, para se embrenhar em terras inóspitas, daquele Brasil sem estradas, cujo meio de transporte era o caminhar léguas a pé ou a cavalo.
O livro de Catarina Maria e Cláudia Mércia procura resgatar o trabalho realizado por mulheres cristãs, crentes fiéis que, com seus esposos ou mesmo sozinhas, embrenharam-se em sertões e caatingas do Norte do Brasil, em um tempo em que o termo “Nordeste” ainda não havia sido inventado para, nessas paragens, anunciar o reino de Deus e propagar a fé cristã, em meio a perseguições, escassez de recursos e adversidades extremas. Elas escrevem sobre Ernestine Horne, como eixo de sua pesquisa, mas a escrita se estende para outros personagens que cruzam o caminho de Ernestine e com quem ela vão se identificando e construindo outros caminhos que eram, inicialmente, “picadas” e que hoje se tornaram verdadeiras avenidas na construção do Reino.
É gratificante ver o resultado do trabalho dessa mulher pioneira e suas companheiras de jornada, não apenas no trabalho que realizaram, mas também no resultado prático, humano, de egressas dessa instituição, e que se tornaram conhecidas Brasil e mundo afora pelo trabalho que vieram a realizar. Lídia Almeida,  Donina Andrade, Erival Santos, Eunice Renovato, Maria Guedes, Maria Almeida, para falar apenas das mais antigas, mulheres que conheci e que, nas páginas deste livro, recebem a justa menção de seus nomes e feitos. Sim, é preciso dizer que o protestantismo no Brasil foi plantado pelo trabalho de homens e mulheres, embora, de forma injusta, em determinados relatos, só se registre o nome do missionário. Quando muito, diz-se “o pastor e sua mulher”. Este livro quebra paradigmas, ao buscar nomes femininos esquecidos no tempo, a fim de que suas histórias se tornem conhecidas das gerações vindouras.
Obrigado, Maria Catariana e Claudia Mércia, pela brilhante pesquisa, pela rica contribuição para a história da inserção do protestantismo no Nordeste do Brasil. Este livro se tornará, certamente, referência para a pesquisa sobre o surgimento da instituição Betel Brasileiro, na cidade de Patos, depois Mamanguape e, finalmente, em João Pessoa, como também para o estudo da contribuição de missionários e missionárias estrangeiras no Estado da Paraíba e Nordeste do Brasil.

Manoel Bernardino de Santana Filho

sexta-feira, 22 de julho de 2022

Atividades

 







Lenda Urbana

 LENDA URBANA- A ÁRVORE DOS ENFORCADOS

 

A história do negro Sebastião é um folclore que poderia ser de qualquer cidade antiga, nos tempos da escravidão. Foi uma experiência infame. Os nomes Benedito e Sebastião eram o afro-brasileiro dos alemães Hans e Fritz ou dos portugueses Joaquim e Manuel. 

Essa história hoje é tratada como uma lenda urbana. Mas certamente foi inspirada em algum acontecimento real, pois havia uma velha capela dedicada a São Sebastião no lugar onde a tradição dizia que o negro Tião foi enforcado. 

Construção feita pela metade do século XIX, a capela é local muito visitada por devotos, também servia como um local onde os praticantes de umbanda deixavam oferendas para os santos e orixás. Antigos habitantes da cidade evitavam passar em frente, depois da meia noite, pois diziam acontecer coisas estranhas. Diziam ser ouvidas, no dia 2 de novembro, dedicado aos finados, quando ficava aberta e iluminada a noite toda, muitas vozes lá dentro mas, se algum curioso, ou corajoso, ia olhar, não encontrava ninguém lá. Só velas acesas.


Segundo a história da cidade, por volta de 1830, no lugar da capela havia um pelourinho. Ali, os negros cativos eram amarrados, para sofrer castigo público, pelas faltas acusadas por seus donos, o que era uma comum naqueles tempos. Negro era mercadoria, valendo tanto ou menos do que uma besta de carga que, se ficasse velha ou doente, era sacrificada e sua carne distribuída aos escravos. Já um escravo, nem isso e, se cometia uma falta, o pobre infeliz era levado ao pelourinho , para ali sofrer os mais terríveis castigos. 

E seus senhores eram todos bons católicos, cumprindo á risca os sacramentos da Igreja, não raras vezes construindo catedrais, para mostrar à sociedade seu piedoso respeito e zelo religioso. Vai ver que a capela de São Sebastião foi construída por um desses “piedosos”, algum dono de fazenda de café ou engenho de açúcar, senhor de muitos escravos. Muitos negros morreram naquele local por conta das mutilações que sofreram. Alguns eram ali enforcados, pois o local também servia de patíbulo, onde havia uma árvore que servia de trave para enforcar os negros. O povo presenciava a execução, depois que o dono do escravo o acusava de algum crime e a Pretoria o condenava à morte.


Uma velha tradição muito divulgada na cidade diz que, em 1839, um negro chamado Sebastião foi enforcado ali. Foi julgado e sentenciado por algo que não tinha feito, segundo se conta sobre essa história. Mas o Direito da época não via o negro como gente, portanto pouco importava se fosse inocente ou culpado. O negro era o que seu dono determinava. Mesmo porque o negro Sebastião era velho e já não valia muita coisa.


Consta  então que, quando suspenso no ar, o laço da forca se desfez sozinho. O carrasco fez outros nós e tentou suspender novamente. Fez isso repetidas vezes. Mas, a cada tentativa, o laço se desmanchava, sem qualquer explicação. Buscaram outras cordas, tentaram-se outros tipos de nós, mas tudo se repetia. Então o carrasco, humilhado e constrangido com aquilo tudo, vendo a platéia começar a pedir liberdade para o negro, achando tudo providência divina, disse exasperado:  “Negro maldito, que o diabo te leve!”


Então, imediatamente, surgiu um tropeiro que, por acaso, passava por ali, homem perito em laços, fez um que não se desmanchou e o negro Sebastião acabou sendo finalmente enforcado. Dizem que o tropeiro exalava um cheiro insuportável de enxofre e seus olhos eram vermelhos como dois tições em brasa. Não se sabe se a capela foi construída em homenagem ao santo ou ao negro Sebastião. Mas a tradição confirma que foi financiada pela família do fazendeiro que mandou executá-lo como promessa que uma filha ou filho dele, fez ao santo, para cessar uma maldição que se abateu sobre eles a partir de então. 

É que todas as crianças de família passaram a nascer com bócio, mas não era o comum, que os antigos chamavam de papo, pelo aumento da glândula tireóide, mas uma espécie de caroço nodular, como se o pomo de Adão tivesse sido violentamente puxado para cima, formando um gomo. Assim, a maioria delas morria nos primeiros anos de vida. Essa família ficou famosa como a “família dos enforcados”.


Hoje a capela não existe mais. Como tudo que envelhece, ela também pagou o seu tributo á modernidade. Foi demolida nos anos sessenta, dando lugar a um belo prédio de seis andares, onde hoje existem escritórios de advogados, consultórios médicos e escritórios de prestadores de serviços. É um prédio de arquitetura estranha, todo pintado de verde, que mais se parece com uma árvore. São poucos os donos e inquilinos que conhecem a Lenda do Negro Sebastião e as tradições que a acompanham. Mas alguns deles, que já se aventuraram a ficar trabalhando até altas horas, juram que coisas estranhas costumam acontecer ali depois da meia noite. O mais estranho são as vozes, que parecem ser de crianças que ainda não aprenderam a falar direito. Aliás, elas não falam, ciciam, como crianças que sofrem de bócio.

Os mais gozadores chamam esse prédio de “A Árvore dos Enforcados”. 

 


terça-feira, 12 de julho de 2022

Primo Elias Macedo de Oliveira - Farope 50 anos depois

 

Linda família dos filhos do nosso
 tio Mario e tia Ivar.

Esta foto foi dedicada pela família
 ao tio Cid e tia Maninha (Dorcas).

E esta, com legenda corrigida, no livro,
pelo primo Elias apresenta:
sentados, nosso avô Tunico (Antônio), 
seu filho também Antônio (Tuninho),
do segundo casamento com
Antunília, ao lado deles.
E de pé: o casal Mário e Ivar (noivos
ou recém-casados) e tia Maninha,
que tinha ido ao Farope, ainda
noiva do Cid, para conhecer
toda a família e a boa terrinha.


O primo caçula Eduardo.


E a não menos linda
Eliane.

Agora, sigam o nosso guia nessa estirada à terra berço de toda a nossa família. Parabéns pela jornada dessa linda família. Abraço especial a tia Ivar e a não outro desbravador e contador de histórias sobre o Farope, o primo 
Armando Macedo. Cliquem no link abaixo e deixem-se guiar por essa jornada:



Primo Armando, 
o contador de histórias 
do Farope.

Leia o livro "Marcas do Evangelho"




domingo, 10 de julho de 2022

Valéria e sua poesia

 

 Um reencontro, um livro                                             Renovação de laços, presente divino!                       Uma história por nós construída                               Alicerçada na fé em Cristo, base de nossa vida!

Geração após geração                                                  Ele sempre nos dando direção                                     Nos abençoando                                                           Nos inspirando!                                                             Herança melhor não há                                               Não há tesouro que possa pagar

Não há substituição                                                      Somos muito privilegiados então!                             Muitos chegaram através do sangue em comum   Outros pelo casamento, onde dois se tornam um

E a árvore genealógica cultivada com adubo de fé                                                                                     É eterna, firme e forte como o filho de Maria e José

Assim tem sido com nossa família                            Tantas histórias que merecem ser relidas              Reviver, conhecer e se apaixonar                            Cid Mauro registrou-as e vem nos apresentar

Somos todos personagens                                           Através de nossos ancestrais, cheios de coragem!                                                                            

 Ele teve a perspicácia de colher  relatos                  Com muita verdade, narrados

Então podemos afirmar                                              Que a eternidade abriu uma brecha para que possamos reencontrar                                                   Entes queridos                                                              Que já partiram                                                                           E deixaram aqui suas marcas                                     Memória que não se apaga!

Agradeço pela oportunidade                                      De prestar este agradecimento e homenagem      

Dorcas, tia Maninha, neste ano, faria 92                Sabemos que esta saudade passará depois

Mulher pra lá de importante                                      Falante                                                                            Evangelizadora                                                              Professora                                                                      Nos ensinou tanto                                                          Com exemplo e sabedoria                                          Grande esposa, mãe, irmã, tia, amiga

'Deus não deixa sem resposta a oração'                    'Somos todos irmãos'                                                  E, através do  salmo 116                                            Ensinou-me que em troca por bênçãos da vez        

É falar sobre o imenso amor de Deus para os outros, como vocês!

Que o livro seja mais que registro                            Para aflição, abrigo                                                       Para a alegria                                                                Festejo em família                                                        Direção, baseada na Bíblia                                        Pois assim sempre será com nossa amada família!

Com carinho,

Valéria, nora da Dercília.

Clique no link abaixo e assista à declamação:

https://youtu.be/drqmB2H7IyM



sexta-feira, 8 de julho de 2022

Papa was a rollin' stone

 It was the third of September

That day I'll always remember, yes I will
'Cause that was the day that my daddy died
I never got a chance to see him
Never heard nothin' but bad things about him
Momma I'm depending on you to tell me the truth
Momma just hung her head and said, son
Papa was a rolling stone
Wherever he laid his hat was his home
And when he died, all he left us was alone
Papa was a rolling stone (my son, yeah)
Wherever he laid his hat was his home
And when he died, all he left us was alone
Hey Momma!
Is it true what they say that Papa never worked a day in his life
And Momma, some bad talk goin' round town sayin' that
Papa had three outside children
And another wife, and that ain't right
Heard some talk Papa doing some storefront preachin'
Talking about saving souls and all the time leechin'
Dealing in dirt, and stealing in the name of the Lord
Momma just hung her head and said
Papa was a rolling stone (my son)
Wherever he laid his hat was his home
And when he died, all he left us was alone
Hey Papa was a rolling stone (dad gumma it)
Where ever he laid his hat was his home
And when he died, all he left us was alone
Hey Momma
I heard Papa called himself a jack-of-all-trades
Tell me is that what sent Papa to an early grave
Folks say Papa would beg, borrow, steal
To pay his bills
Hey Momma
Folks say Papa never was much on thinking
Spent most of his time chasing women and drinking
Momma I'm depending on you to tell me the truth
Momma looked up with a tear in her eye and said, son
Papa was a rolling stone (well, well, well, well)
Wherever he laid his hat was his home
And when he died, all he left us was alone (lone, lone, lone, alone)
Papa was a rolling stone
Wherever he laid his hat was his home
And when he died, all he left us was alone
Wherever he laid his hat was his home
And when he died, all he left us was alone
My daddy was
Papa was a rolling stone (yes he was, yeah)
Wherever he laid his hat was his home)

segunda-feira, 4 de julho de 2022

Reinaldo Pereira

 Boa tarde

Acolhimento -2o encontro - Após a 1a visita, as informações sobre diagnóstica, PGP e Plano de Recomposição.
Cid - apresentação

Acolhida - Planejamemto importância depoimento da escola- "Instrumento de organização, para uma meta definida".

Razão de ser da frase: frase aplicação à realidade da escola.

Objetivos da Pauta do II Acompanhamento:
1. Retomada do I Ciclo Pedagógico: Projeto de Recomposição e seu encaixe no PGP - tarefa: reajustes do PGP;
2. Leitura e apropriação dos resultados da Avaliação Diagnóstica;
3. Ajustes ao PGP em função da Avaliação Diagnóstica. LP, Mat e Texto.

Socialização: exposição das dificuldades verificadas. Ressaltada a necessidade de retomar a aprendizagem ainda que custe estacionar o avanço do aluno. Notar que segundo a avaliação diagnostica os alunos não estão muito abaixo da média estadual. Os anos de pandemia foi fator decisivo no retrocesso. Dificuldade, para alunos com problemas de alfabetização, de encontrar um professor que possa dar atenção específica. O bairro tem forte efeito de insegurança, que afeta o rendimento escolar. Há dificuldade de lotação de professores a ponto de comprometer o calendário escolar.

Avaliação diagnostica mostrada por alto aos professores.

PGP - solicitação de uma devolutiva à escola a respeito de sua estruturação.

Atividade 1
Devido à Pandemia. O Projeto Busca Ativa sob encargo do Diretor supre o risco. 16 estavam ausentes e 9 voltaram. 2 transferidos. 4 estão para ser buscados com nova estratégia. Creditado ao baixo desempenho. Em Aprender e o caminho há 2 alunos fora do nível mas foi permitido ficar por falta de condições de acompanhar à distância. Quadro de rendimento associado à atenção recebida em casa. A escola tem procurado não atribuir somente e sempre à Pandemia o baixo rendimento, mas buscar avanços a partir do estágio atual.

Ainda não fizeram a avaliação de alfabetização. Pensamento de instituir o contraturno sábado pela manhã qdo estão na escolas os professores do 1o ao 5o. Sugestão de agrupamento em sala de aula.

Gráficos por Descritor
Fatores: 

sábado, 2 de julho de 2022

Marcas do Evangelho no Acre

  

  Tudo começou em 1995, quando Cid Gonçalves de Oliveira e Dorcas Lima Araújo de Oliveira estiveram aqui no Acre, na casa da colina, Conjunto Bela Vista, no bairro Floresta.

   Pedi ao Cid, meu pai, que gravasse fitas cassete que registrassem estações de sua vida. Gravou 6 dúzia delas. A vida dele cobre um arco, muitas vezes visto, neste país.
   O menino pobre que nasce na roça, como no Rio de Janeiro se denomina o interior do Estado, no caso dele, a região de Itaocara, São Fidélis, Sta Maria Madalena, municípios vizinhos.
   De posse desse tesouro de seus relatos, assumi o compromisso de, um dia, registrá-los em livro. Para isso, estimulei Dorcas a registrar as histórias dela. O que fez, por etapas, nas vindas frequentes ao Acre.
    Dois dias, então, com intervalo de quase mês e meio, 7 de maio e 25 de junho de 2022, realizamos esse sonho acalentado de lançar, no Rio de Janeiro, RJ, e em Rio Branco, AC, o tão esperado livro.
    Tarde agradável no bairro Manoel Julião, quando recebemos um grupo de amigos mais chegados, como os alunos do antigo Seminário Teológico Kerigma, entre eles Alzenira, com seu sorriso de rosto inteiro.

   Irmãos de fé das igrejas que pastoreei e que pastoreio aqui, entre eles o pastor Jeremias e sua família, da igreja Vila Betel II. E um grupo de colegas de trabalho, representando todos os demais.



   Também membros do Instituto Ecumênico Fé e Política do Acre, que me indicou como assessor para o Ensino Religioso, desde 2014, na Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte.
   O pastor Edson Pergentino nos trouxe mensagem relacionada com a capa do livro Marcas do Evangelho - causos de família em direção a  Cristo, a qual ele idealizou como competente perito em designer gráfico.
    E outra presença honrosa foi o pastor Nelson Rosa, missionário pioneiro no Acre, ele e sua esposa Josilene vão comemorar 40 anos de início de seu trabalho, agora em 2024. 
    Isaac e seu cunhado, Ruan, abrilhantaram com hinos, como background musical todo o momento de recepção, assim como minha cara esposa Regina e filha Ana Luísa haviam preparado o coquetel.
    E gratidão especial à igreja de que agora sou pastor, irmãos que têm cuidado de nós, na troca que tão bem Jesus instituiu, por puro amor. Desde que chegamos do Rio, nos surpreenderam com a comemoração do aniversário.

  Gratidão à minha família que, com tanto carinho, vibraram com essa oportunidade que há tanto tempo esperavam se concretizar.

  E grato a todos vocês que aqui estiveram nos alegrando com sua presença. Momentos de muito valor, que proporcionam a maior dádiva entre nós, que é a amizade, valor que prossegue pela eternidade afora.