Desde o sinal da mulher e do dragão, anteriormente descrito, João assinala o próximo como grande e admirável. Consiste no surgimento repentino de 7 anjos, trazendo consigo os sete últimos flagelos, por meio dos quais será consumada a cólera de Deus.
No céu, então, destaca-se o mar de vidro, mesclado de fogo, aquele mesmo já conhecido, tanto do início deste livro, quanto das visões de Ezequiel e Daniel. João descreve os vencedores da besta, sua imagem e número, a que recebera do dragão autoridade e poder.
Estes que venceram, acham-se de pé, sobre o mar de vidro, com harpas, cantando tanto o cântico de Moisés, quanto o do próprio Cordeiro.
Com esses cânticos de louvor, abarcam o que significa, para Deus e toda a humanidade, as revelações em marcha do Antigo Testamento, representadas em Moisés, a sua culminância em Cristo, assinaladas pelo Cordeiro:
³ "Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações! ⁴ Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor? Pois só tu és santo; por isso, todas as nações virão e adorarão diante de ti, porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos." Ap 15.
Após o preâmbulo desta cena João agora vê abrir-se no céu o santuário do Tabernáculo do Testemunho, de onde saem os 7 anjos vestidos de linho puríssimo e resplandecente, com uma cinta de ouro à altura do peito.
É quando, então, um dos quatro seres viventes passa às mãos dos anjos as sete taças de ouro cheias da cólera de Deus, cujo título "Aquele que vive pelos séculos dos séculos" sobressai.
A solenidade desse momento encheu de fumaça o santuário, procedente da glória e poder de Deus, de modo que o acesso a ele se tornou impedido, enquanto não se cumprissem esses sete flagelos dos sete anjos com suas sete taças. Cria-se, desse modo, o suspense para as próximas cenas.
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