Rosto de homem. Os seres viventes que prenunciavam tratar-se de visão da glória de Deus tinham rosto de homem. Anjos, porém com a nossa cara.
Era medonhos, assustadores porque, na visão, eram desobedientes às leis da física. Sempre direitos, andavam em quatro direções, ao mesmo tempo, sempre para frente, na direção dos quatro rostos que tinham, presididos por rodas cheias de olhos por todos os lados.
Medonhos, com ambos os pés direitos, sendo quatro, formavam um todo, agrupados com asas abertas, mutuamente tocando-se uma com a outra, mas sobravam, em cada um, outras duas com as quais, provavelmente, cobriam o corpo, informação esta oriunda de outa visão, a de Isaías, onde esses seres também foram personagens presentes.
E seus rostos? Cara de homem, sim, mas também de leão, de boi e de águia. Cara de homem, um dia, Deus também, definitivamente, assumiu. E quanto aos outros rostos, alguém já disse que se aplicam às identidades conferidas a Jesus pelos quatro evangelhos, também escritos por homens: homem perfeito, em Lucas; Leão da tribo de Judá, em Mateus; cara de boi, servo para sacrifício de oferta perfeita ao Senhor, em Marcos; e águia, na visão do Deus que se faz homem, em João.
Não deixa de ser uma ideia e também uma leitura da visão, que nos quer ensinar que o Deus que assume ser homem, faz nessas quatro dimensões. O próprio autor de Hebreus, em sua introdução, dedica argumentação em demonstrar que, mais do que anjos, Deus assumiu mesmo foi a forma humana.
Como diz o salmista, o filho do homem, Jesus, foi feito, por um pouco, menor do que os anjos, por causa do sofrimento da morte. E ainda afirma, sobre Jesus, que aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu.
Espiritualidade é se fazer inteiramente homem, plenamente homem, como o foi Jesus, pleno do Espírito. Há quem pense ser tornar-se deus (ou semideus). Isso quem pensou foi um anjo que pretendeu ser Deus ou mais do que isso. Deus não criou anjos a Sua imagem e semelhança: criou homem e mulher.
E, na culminância de Sua existência, fez-Se homem, por amor ao pecador, a todos eles, a qualquer deles, eu e você incluídos.
terça-feira, 27 de junho de 2017
sábado, 24 de junho de 2017
Artigos soltos 18
Ora, a visão de Ezequiel. Uma vez comentada sua especificidade, comparada a que nos diz respeito, presa ao modo e visto como Deus se revela, individualmente.
Avistou um revolver de nuvens que procediam do norte, a princípio típica de uma concentração de cumulus nimbus, porém progressivamente mais horrenda do que o aspecto daquelas. Muito mais do que isso.
Assomava-se. Vinha em sua direção. Não era somente ameaça de uma segura tempestade, porque aquela concentração tinha algo específico a revelar ao profeta.
Houve um limiar, um limite, uma fronteira na percepção dele, desde que considerasse ser apenas um acúmulo corriqueiro, porém estranho, de nuvens, para, na verdade, torná-lo consciente de que não era rotina.
Como Elias, em conflito pessoal com sua própria vocação, deprimido e fugindo de Deus, no interior da caverna, não sabia discernir se Deus estava no temporal, nos raios que caíam ou no terremoto. Em nenhum deles. Deus sempre está.
Como nós, que tentamos discernir as circunstâncias do viver, perguntando como pode? Onde Deus está, que não impõe limites e põe freios à maldade. Querendo deterninar os modos de Deus, quando nem os nossos nem os dos outros determinamos.
O ser humano não é dono de
nenhuma coerência. Mas deseja determinar, para Deus, uma teologia. Ezequiel, junto aos exilados, perguntava como e por quê? Eles perderam, a um só tempo, sua terra, seu rei, sua liberdade. Caiu, a um só tempo, o trono, o templo, foi-se a terra, só ficou o Livro.
A única saída era enxergar, afinal, onde está a glória de Deus, aviltada na aposta feita, nessa aliança suicida com um povo rebelde. Ezequiel, de cara, a enxergava.
Deus diria a ele, em meio à própria relutância do profeta: esse povo rebelde, ouvindo ou deixando de ouvir, saberão que, no meio deles, esteve um profeta. Como está em Amós, nada essencial Deus faz sem que comunique isso ao profeta.
Avistou um revolver de nuvens que procediam do norte, a princípio típica de uma concentração de cumulus nimbus, porém progressivamente mais horrenda do que o aspecto daquelas. Muito mais do que isso.
Assomava-se. Vinha em sua direção. Não era somente ameaça de uma segura tempestade, porque aquela concentração tinha algo específico a revelar ao profeta.
Houve um limiar, um limite, uma fronteira na percepção dele, desde que considerasse ser apenas um acúmulo corriqueiro, porém estranho, de nuvens, para, na verdade, torná-lo consciente de que não era rotina.
Como Elias, em conflito pessoal com sua própria vocação, deprimido e fugindo de Deus, no interior da caverna, não sabia discernir se Deus estava no temporal, nos raios que caíam ou no terremoto. Em nenhum deles. Deus sempre está.
Como nós, que tentamos discernir as circunstâncias do viver, perguntando como pode? Onde Deus está, que não impõe limites e põe freios à maldade. Querendo deterninar os modos de Deus, quando nem os nossos nem os dos outros determinamos.
O ser humano não é dono de
nenhuma coerência. Mas deseja determinar, para Deus, uma teologia. Ezequiel, junto aos exilados, perguntava como e por quê? Eles perderam, a um só tempo, sua terra, seu rei, sua liberdade. Caiu, a um só tempo, o trono, o templo, foi-se a terra, só ficou o Livro.
A única saída era enxergar, afinal, onde está a glória de Deus, aviltada na aposta feita, nessa aliança suicida com um povo rebelde. Ezequiel, de cara, a enxergava.
Deus diria a ele, em meio à própria relutância do profeta: esse povo rebelde, ouvindo ou deixando de ouvir, saberão que, no meio deles, esteve um profeta. Como está em Amós, nada essencial Deus faz sem que comunique isso ao profeta.
sexta-feira, 23 de junho de 2017
Artigos soltos 17
Escrevendo sobre Ezequiel.
Começa mirabolante o livro que toma seu nome. Visão em CinemaScope colorida. Esta é a mãe das técnicas modernas de filmagem, surgida em minha geração.
Ezequiel viu a gloria de Deus, como este escolheu manifestar-se a ele. Sim, porque é da soberania de Deus a escolha do modo como vai, individualmente, manifestar-se.
Por exemplo, o caso de Paulo que, literalmente caiu (se, na verdade foi esse o transporte) do cavalo. Ou como no caso de André e João, cujo xará, denomindo Batista, apontou, num jeito meio grosso: "Eis o Cordeiro de Deus".
Ezequiel, assentado entre os exilados, à margem do rio Quebar, amargava-lhes, entre outras coisas, o ódio expresso no Salmo 137. Um anônimo não teve escrúpulos em registrar tal emoção.
Também, como destacou o pastor Manoel Porto Filho, aquele povo indignava-se com o pedido de seus algozes babilônios que desejavam ouvir-lhes a já internacional e famosa música.
Mas como, diziam, cantar no cativeiro. Especificamente, disse Porto Filho, é o lugar mais próprio de se cantar. Muito provavelmente Ezequiel lhes seguia o mesmo estado de ânimo.
E nós, sentados em meio à nossa própria realidade, exilados nela, também não divisamos muito otimismo. Resta-nos divisar a glória de Deus.
Muito provavelmente, não em CinemaScope. Outro anônimo, o autor de Hebreus, indica que a experiência atual é muito mais próxima da face de Deus. Se assim não divisamos, é por outro tipo de cegueira.
Talvez pela prática equivocada de não olhar para o rosto do outro. Ver, no rosto do outro, expressão da face de Deus. Isaías diz que não devemos nos esconder do nosso semelhante. Para Deus, não há outro modo de olhar, senão cara a cara.
Passeando no jardim, pela viração do dia, buscava olhar o casal cara a cara. Nós, que já enxergamos Deus, em Sua glória, devemos encarar o outro, qualquer outro, cara a cara, refletindo a glória de Deus por nosso rosto.
Paulo a isso se refere, quando diz "somos transformados, de glória em glória, como pelo Senhor, em nós o Espírito".
Começa mirabolante o livro que toma seu nome. Visão em CinemaScope colorida. Esta é a mãe das técnicas modernas de filmagem, surgida em minha geração.
Ezequiel viu a gloria de Deus, como este escolheu manifestar-se a ele. Sim, porque é da soberania de Deus a escolha do modo como vai, individualmente, manifestar-se.
Por exemplo, o caso de Paulo que, literalmente caiu (se, na verdade foi esse o transporte) do cavalo. Ou como no caso de André e João, cujo xará, denomindo Batista, apontou, num jeito meio grosso: "Eis o Cordeiro de Deus".
Ezequiel, assentado entre os exilados, à margem do rio Quebar, amargava-lhes, entre outras coisas, o ódio expresso no Salmo 137. Um anônimo não teve escrúpulos em registrar tal emoção.
Também, como destacou o pastor Manoel Porto Filho, aquele povo indignava-se com o pedido de seus algozes babilônios que desejavam ouvir-lhes a já internacional e famosa música.
Mas como, diziam, cantar no cativeiro. Especificamente, disse Porto Filho, é o lugar mais próprio de se cantar. Muito provavelmente Ezequiel lhes seguia o mesmo estado de ânimo.
E nós, sentados em meio à nossa própria realidade, exilados nela, também não divisamos muito otimismo. Resta-nos divisar a glória de Deus.
Muito provavelmente, não em CinemaScope. Outro anônimo, o autor de Hebreus, indica que a experiência atual é muito mais próxima da face de Deus. Se assim não divisamos, é por outro tipo de cegueira.
Talvez pela prática equivocada de não olhar para o rosto do outro. Ver, no rosto do outro, expressão da face de Deus. Isaías diz que não devemos nos esconder do nosso semelhante. Para Deus, não há outro modo de olhar, senão cara a cara.
Passeando no jardim, pela viração do dia, buscava olhar o casal cara a cara. Nós, que já enxergamos Deus, em Sua glória, devemos encarar o outro, qualquer outro, cara a cara, refletindo a glória de Deus por nosso rosto.
Paulo a isso se refere, quando diz "somos transformados, de glória em glória, como pelo Senhor, em nós o Espírito".
domingo, 11 de junho de 2017
Oração de criança
O Brasil se tornou um país triste, de um povo explorado. Tanta alegria existe, de um povo tão espirituoso, que tem música, poesia e dança, só para falar esses três.
Que comece bem superficial essa análise. Não precisa muito. Tudo no Brasil hoje se resume em poucas palavras, sem muito recurso de definição: políticos cínicos são ladrões descarados, a nação, em sua maioria, de trabalhadores escravos, com impostos escorchantes que sustentam esses desmandos.
E ainda querem dizer que roubam, sim, de ladrões. Por que são ladrões, dizem eles, porque todos somos ladrões. Eles nem mais se justificam: mentem sempre e culpam seus eleitores: são ladrões, porque todos somos ladrões.
Não me venham com ideologia, nomes de partidos ou argumento pueril e simplista de esquerda/direita. Desde o mensalão de FHC, que lhe garantiu reeleição, presidenciáveis e ex-presidentes mentem e não assumem o combate à corrupção.
Não me venham dizer que corrupção foi a desculpa para o golpe em 64, se foi, foi mais uma delas, injustificável, mas corrupção é chaga que existe desde o Império e falta vontade política para acabar com ela. Não acredito em nenhum outro discurso que não seja discutir o fim dela ou, pelo menos, seu combate frontal.
E não me venham dizer que, como quer o mais recente ladrão-chefe, é necessário emparedar o judiciário. Combatê-lo e negar seu serviço é antidemocrático. Embora eu mesmo reconheça que até democracia, na boca de alguns, é puro pretexto e hipocrisia.
Por falar em democracia, não existe no país. Porque o grau de impostos nos reduzem a trabalhadores escravos. Para angariar o dinheiro que roubam e desperdiçam. Como dizia Isaías, o profeta, da planta do pé ao alto da cabeça, uma chaga só.
Como dizia Jeremias, outro entre profetas verdadeiros, que minha cabeça fosse um rio de lágrimas a chorar pela filha do meu povo. Não há mais o que revelar. Já sabemos tudo. Se algo mais vier, será sórdido como tudo já demonstrado.
Só há superlativos. Tribunal Superior? Desde o presidente e seus cúmplices, são cínicos. Havia quem era contra a Lava Jato? Tornou-se incoerente quando ela alcançou seus próprios cúmplices.
São corruptos e corruptores e querem que todos sejamos. Se formos honestos, rirão na nossa cara, detratando-nos para dizer que não existe honestidade. Meu Deus, tu existes. Não ignoras o que pratica esse tipo de "brasileiros" desde o descobrimento.
Bem poderia deixar, soberanamente, ó, Pai, que assim continuasse, pois engendram o que lhes é comum. Mas alguns de nós, com sinceridade, te pedimos: basta. Chega. O tempo de sua ladroagem é suficiente. Pedimos que, por Tua misericórdia, nossa geração veja justiça e que sejam eles os encurralados.
Como crianças, pedimos algo impossível para nós. Mas cremos que, entre homens, há ministros Teus, e Teu reino é realidade e já opera no mundo. Riem de Deus, riem de teus profetas, riem de teus ministros. Riem. Pouco medo nutrem, porque sua glória e segurança está na sua infâmia.
Basta, Senhor: é a nossa oração. Supreende-nos e a todos e a muitos. Sinal do Teu reino, em nome de Jesus, amém.
Que comece bem superficial essa análise. Não precisa muito. Tudo no Brasil hoje se resume em poucas palavras, sem muito recurso de definição: políticos cínicos são ladrões descarados, a nação, em sua maioria, de trabalhadores escravos, com impostos escorchantes que sustentam esses desmandos.
E ainda querem dizer que roubam, sim, de ladrões. Por que são ladrões, dizem eles, porque todos somos ladrões. Eles nem mais se justificam: mentem sempre e culpam seus eleitores: são ladrões, porque todos somos ladrões.
Não me venham com ideologia, nomes de partidos ou argumento pueril e simplista de esquerda/direita. Desde o mensalão de FHC, que lhe garantiu reeleição, presidenciáveis e ex-presidentes mentem e não assumem o combate à corrupção.
Não me venham dizer que corrupção foi a desculpa para o golpe em 64, se foi, foi mais uma delas, injustificável, mas corrupção é chaga que existe desde o Império e falta vontade política para acabar com ela. Não acredito em nenhum outro discurso que não seja discutir o fim dela ou, pelo menos, seu combate frontal.
E não me venham dizer que, como quer o mais recente ladrão-chefe, é necessário emparedar o judiciário. Combatê-lo e negar seu serviço é antidemocrático. Embora eu mesmo reconheça que até democracia, na boca de alguns, é puro pretexto e hipocrisia.
Por falar em democracia, não existe no país. Porque o grau de impostos nos reduzem a trabalhadores escravos. Para angariar o dinheiro que roubam e desperdiçam. Como dizia Isaías, o profeta, da planta do pé ao alto da cabeça, uma chaga só.
Como dizia Jeremias, outro entre profetas verdadeiros, que minha cabeça fosse um rio de lágrimas a chorar pela filha do meu povo. Não há mais o que revelar. Já sabemos tudo. Se algo mais vier, será sórdido como tudo já demonstrado.
Só há superlativos. Tribunal Superior? Desde o presidente e seus cúmplices, são cínicos. Havia quem era contra a Lava Jato? Tornou-se incoerente quando ela alcançou seus próprios cúmplices.
São corruptos e corruptores e querem que todos sejamos. Se formos honestos, rirão na nossa cara, detratando-nos para dizer que não existe honestidade. Meu Deus, tu existes. Não ignoras o que pratica esse tipo de "brasileiros" desde o descobrimento.
Bem poderia deixar, soberanamente, ó, Pai, que assim continuasse, pois engendram o que lhes é comum. Mas alguns de nós, com sinceridade, te pedimos: basta. Chega. O tempo de sua ladroagem é suficiente. Pedimos que, por Tua misericórdia, nossa geração veja justiça e que sejam eles os encurralados.
Como crianças, pedimos algo impossível para nós. Mas cremos que, entre homens, há ministros Teus, e Teu reino é realidade e já opera no mundo. Riem de Deus, riem de teus profetas, riem de teus ministros. Riem. Pouco medo nutrem, porque sua glória e segurança está na sua infâmia.
Basta, Senhor: é a nossa oração. Supreende-nos e a todos e a muitos. Sinal do Teu reino, em nome de Jesus, amém.
domingo, 4 de junho de 2017
Mal traçadas linhas 42
Todos somos. Todos somos?
A polêmica sobre a narrativa do Gênesis termina onde a leitura certa da história se cumpre. E deve ser levada a efeito de modo inteligente e com toda a percepção a que se presta essa introdução de todo o Livro.
Rasteiro, rasteiro o que a narrativa quer deixar bem claro é que a Bíblia, em sua introdução, quer nos dizer que, em certo sentido ou, se preferimos, no sentido mais estrito e restrito, todos somos Adão e Eva.
Somos Adão porque a raça homem, em toda a sua macheza, o que mais está acostumado a praticar é não assumir-se diante de Deus, de modo covarde, e ainda pôr a culpa na mulher.
E somos Eva porque a raça fêmea, por mais que, ainda, seja sincera diante de Deus, só pode mesmo admitir ter sido enganada pela serpente, sugerindo ao homem a mesma parceria, para que fossem juntos arrastados ao mesmo buraco existencial.
Todos somos Adão e Eva. É isso que a narrativa introdutória da Bíblia quer nos dizer. É por essa ótica que ela nos enxerga. O autor de Deuteronômio, no poema que fecha o livro, em 32:5, diz que agora, nessa condição, somos manchas. Numa versão, diz "corromperam-se contra ele (contra Deus); não são seus filhos, mas a sua mancha; geração perversa e distorcida é.".
Mas o Livro aponta uma saída. Paulo Apóstolo apelida Jesus de "segundo Adão". Ele diz que esse homem, Jesus, não enveredou pelo mesmo labirinto, esse sem saída, que sempre vai dar no homem e mulher nus, sem máscara diante de si mesmos, fugindo de Deus e fora do paraíso.
Jesus, o segundo e definitivo Adão, nunca se escondeu de Deus assim como nunca deixou de ouvir a voz de Deus e sempre a obedeceu. É isso que a Bíblia tem a dizer sobre esse homem.
"O filho não pode fazer de si mesmo senão unicamente aquilo que vir fazer o Pai". Sem nenhuma hipocrisia, essa palavra se cumpre cabalmente com relação a Jesus.
E a Bíblia também afirma que Deus se dedica a refazer, regenerar, ou seja re + gerar, gerar de novo, deixar o modelo de barro falido, a carga de Adão e Eva que todos trazemos conosco, para realizar nova criação em Jesus Cristo.
É de novo Paulo Apóstolo que diz "pois somos feitura dEle", quer dizer, de Deus. Somos, em Jesus Cristo, a partir do batismo em nova matriz, feitura, a palavra grega traduzida quer dizer "poema" de Deus, quer dizer, poema cujo autor é Deus: cada um que se deixa moldar pelas mãos do Criador, é barro novo modelado, a partir de nova matriz que é Jesus.
Somos todos Adão e Eva. Quantos podem dizer que são Jesus? Quem pode dizer que é modelado pelas mãos de Deus, a partir dessa nova matriz, que é Jesus, como enxergou o profeta Jeremias na casa do oleiro, onde Deus lhe mandou ir, para atinar com o seu trabalho.
A igreja de Jesus é a casa do oleiro. Quantos somos Jesus, batizados por ele no Espírito Santo, modelados barro novo pelas mãos do Pai, na casa do oleiro?
A polêmica sobre a narrativa do Gênesis termina onde a leitura certa da história se cumpre. E deve ser levada a efeito de modo inteligente e com toda a percepção a que se presta essa introdução de todo o Livro.
Rasteiro, rasteiro o que a narrativa quer deixar bem claro é que a Bíblia, em sua introdução, quer nos dizer que, em certo sentido ou, se preferimos, no sentido mais estrito e restrito, todos somos Adão e Eva.
Somos Adão porque a raça homem, em toda a sua macheza, o que mais está acostumado a praticar é não assumir-se diante de Deus, de modo covarde, e ainda pôr a culpa na mulher.
E somos Eva porque a raça fêmea, por mais que, ainda, seja sincera diante de Deus, só pode mesmo admitir ter sido enganada pela serpente, sugerindo ao homem a mesma parceria, para que fossem juntos arrastados ao mesmo buraco existencial.
Todos somos Adão e Eva. É isso que a narrativa introdutória da Bíblia quer nos dizer. É por essa ótica que ela nos enxerga. O autor de Deuteronômio, no poema que fecha o livro, em 32:5, diz que agora, nessa condição, somos manchas. Numa versão, diz "corromperam-se contra ele (contra Deus); não são seus filhos, mas a sua mancha; geração perversa e distorcida é.".
Mas o Livro aponta uma saída. Paulo Apóstolo apelida Jesus de "segundo Adão". Ele diz que esse homem, Jesus, não enveredou pelo mesmo labirinto, esse sem saída, que sempre vai dar no homem e mulher nus, sem máscara diante de si mesmos, fugindo de Deus e fora do paraíso.
Jesus, o segundo e definitivo Adão, nunca se escondeu de Deus assim como nunca deixou de ouvir a voz de Deus e sempre a obedeceu. É isso que a Bíblia tem a dizer sobre esse homem.
"O filho não pode fazer de si mesmo senão unicamente aquilo que vir fazer o Pai". Sem nenhuma hipocrisia, essa palavra se cumpre cabalmente com relação a Jesus.
E a Bíblia também afirma que Deus se dedica a refazer, regenerar, ou seja re + gerar, gerar de novo, deixar o modelo de barro falido, a carga de Adão e Eva que todos trazemos conosco, para realizar nova criação em Jesus Cristo.
É de novo Paulo Apóstolo que diz "pois somos feitura dEle", quer dizer, de Deus. Somos, em Jesus Cristo, a partir do batismo em nova matriz, feitura, a palavra grega traduzida quer dizer "poema" de Deus, quer dizer, poema cujo autor é Deus: cada um que se deixa moldar pelas mãos do Criador, é barro novo modelado, a partir de nova matriz que é Jesus.
Somos todos Adão e Eva. Quantos podem dizer que são Jesus? Quem pode dizer que é modelado pelas mãos de Deus, a partir dessa nova matriz, que é Jesus, como enxergou o profeta Jeremias na casa do oleiro, onde Deus lhe mandou ir, para atinar com o seu trabalho.
A igreja de Jesus é a casa do oleiro. Quantos somos Jesus, batizados por ele no Espírito Santo, modelados barro novo pelas mãos do Pai, na casa do oleiro?
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