domingo, 28 de julho de 2024

Erundina e suas virtudes

 MUDANÇA

Ex-prefeita paulistana escolhe até início de outubro o novo partido
Erundina decide deixar o PT e pode entrar no PSB

CARLOS EDUARDO ALVES
da Reportagem Local


A ex-prefeita paulistana Luiza Erundina está deixando o PT. O anúncio deve ser feito nos próximos dias.
Erundina ainda não decidiu qual será sua nova legenda. Se quiser disputar algum cargo nas eleições de 98, será obrigada a optar por um partido até 3 de outubro próximo.
O caminho mais provável de Erundina é o PSB. Lá já está o deputado estadual paulista Pedro Dallari, um dos seus homens de confiança. Dallari trocou o PT pelo PSB recentemente.
A ex-prefeita praticamente abandonou as atividades petistas depois de sua campanha derrotada à Prefeitura de São Paulo. Era membro da Executiva do partido, licenciou-se e não mais mostrou interesse em voltar.
Na convenção nacional do PT encerrada no último fim-de-semana no Rio, Erundina foi a única estrela do partido a não comparecer. Na ocasião, começaram a circular rumores de sua saída.
Os problemas de Erundina com o PT remontam à sua administração municipal (89 a 92) e se agravaram com a sua ida para o ministério de Itamar Franco, quando teve seus direitos políticos suspensos no partido.
A condução da última campanha de Erundina foi criticada por Luiz Inácio Lula da Silva, o que elevou em mais um tom a reconhecidamente tensa relação entre ambos.
Hostilizada pela ala esquerda do petismo, que não perdoou a campanha de 96 pelo slogan "O PT que diz sim", e sem disposição para participar da luta interna ao lado do setor moderado, Erundina chegou à conclusão de que não mais teria espaço na legenda.
O PT trabalhava com a idéia de uma candidatura da ex-prefeita à Câmara dos Deputados em 98.
Nos planos da cúpula, ela seria a "puxadora" de votos da lista que o partido vai apresentar para as vagas na Câmara.
Nos últimos meses, quando ficou evidente que o divórcio com o PT era inevitável, Erundina passou a ser assediada por PSB e também pelo PPS.
O senador Roberto Freire (PPS-PE) várias vezes citou o nome da ex-prefeita como dona do perfil ideal para comandar a implantação em São Paulo de um sonhado partido da chamada "esquerda moderna".
O resultado da convenção petista, em que ficou claro que nenhuma alteração profunda vai ocorrer no PT sem o aval da ala radical, sepultou a esperança de Erundina de "oxigenar" a legenda.
Com a saída da ex-prefeita, o PT perde seu segundo nome de expressão em menos de um mês.
O primeiro cacique a abandonar o barco foi o governador do Espírito Santo, Vitor Buaiz, que se mantém sem partido.
Na prática, o PT perde também uma das suas duas únicas lideranças "boas de voto" na capital paulista. A outra é o senador Eduardo Suplicy.

Ver na net:

quarta-feira, 24 de julho de 2024

Ícones 90tões

   

Arsylene, entre eu e minha esposa
e Isis, que já está em casa.

   Ícone. É uma marca indelével. Isso mesmo. Vou carregar nos termos arcaicos. Isso porque lá vão 90 anos. Fazendo a conta, vai dar na década de 30 do século passado.

 Minha mãe nasceu em 1930. Viva, hoje, seriam 94 anos. Poderia ser, visto que sua mãe, minha avó Eunice, partiu para casa aos 96 anos.

  Este três que aqui menciono são ícones. Chegaram aos 90 anos, marcando a vida de muitos. Principalmente, a minha. Arsylene, minha professora de igreja.

  Com ela, além das lições bíblicas, já aos 13 anos eu participava do coral dos Juvenis. Era a União Juvenil da Igreja Evangélica Congregacional de Cascadura, da qual ela foi membro fundadora, desde 1953.

   Outra mulher é d. Cleuma, essa a minha professora do Admissão, minha 6ª série primária, em 1968, na escola da Rua Cônego Tobias, no Meier. Aquilo que era escola e aquela que era uma professora.

   E por último, last, but not least, o digníssimo diácono Isaías, um marco na Igreja Evangélica Congregacional de Cascadura, onde está firme, até hoje, mesmo após as mudanças que houve desde que encerrei, em 1994, meu pastorado ali.

   Não é qualquer tempestade que assuta esse três ícones. Isaías Silva, Arsylene Jardim e Cleuma Brasil. 90 anos. Marcas potenciais. Já sentei com os três, para contar pérolas da existência deles.

   Há textos sobre cada um deles neste blog. E outros mais. Porque esse tesouro não se limita somente aos três aqui mencionados. Mas menciono, pela relevância que têm, juntamente com esses outros, na minha vida.

  Isaías muito me ajudou deslocando-se de Jacarepaguá, onde reside, até Copacabana, onde pastoreei, juntamente com Cascadura, entre 1992 e 1994. Aliás, Largo do Pechincha-Copacabana não era nada, em distância, para esse easy rider (sem/com destino), em suas viagens de fusquinha.

    E não há como falar dele, sem mencionar seu poder cativante de amizades. Com meu pai Cid, com Heraldo, meu sogro, e com outro herói de fé, o Dagoberto. Ter Isaías como amigo, ouvir suas histórias e partilhar de suas conversas, nada mais gratificante nesta vida. 

   Enquanto eu ocupava o púlpito nesta, ele se deslocava até àquela, para compensar a ausência do pastor. E que conteúdo. Isaías é bom de ouvir, sejam que histórias contar, que sermões pregar, que conselhos, de sabedoria, conceder.

   Cleuma, nas idas Rio Branco, AC, ao Rio de Janeiro, RJ, entre os anos de 1998 e 2013, quinze vezes, pelo menos, de carro, percorrendo cerca de 4.200 km, às vezes mais, às vezes menos, eu achava Cleuma e a convocava para as reuniões de família, no Meier.

Eu e minha querida professora
do Admissão Cleuma Brasil

   Sua vida dá um livro. Mulher de valor, trabalhou em meio mundo, fosse em cargos federais ou estaduais, formada como professora e assistente social, mulher negra de fibra, destemida, inteligente e sagaz, marca por onde passa.

   Você a encontra pelo Meier, acessando toda a terça-feira, a feira livre da Galdino, bem defronte ao prédio onde minha mãe residia e onde havia esses encontros de finais de ano, nas confraternizações em que seria possível encontrar Cleuma e Isaías reunidos.

   Arsylene visito também sempre que apareço pelo Rio. O sorriso é de menina, nunca mudou. Daquele tipo de pessoa que atravessa a existência enfrentando o que der e vier. Se forem provações, vai superar e ensinar como vencê-las.

   Caso seja no intervalo entre elas, vai reger a vida como fazia em nosso coral de juvenis, na década de 70 do século passado. Essa garotada hoje já é de avó, mas sorte se, em sua vida, não esqueceram nem dos cânticos, nem das lições de d. Arsylene na antiga igrejinha de infância.

   Por falar nela, eu peço desculpas, se alguém daquela geração ler e, por engano, pensar que esqueço alguém aqui ou peco em não mencionar. Mas esperem. A própria irmã Arsylene listou todos.

   Isso mesmo: tenho uma relação, com a caligrafia dela, mencionando os membros de Cascadura, pelo menos nesse período de 1953 a 1994. Pela boa matemática, são 41 anos. E contando com o ano derradeiro, quando meu filho Isaac nasceu, tendo eu vindo para o Acre um ano depois, são 42 anos de história.

   E eu acho que sou um dos mais antigos, tendo lá chegado em 1966. Talvez tenha sido, naquele coral da União Juvenil, o mais velho, a não ser que Roberto, o mais velho de Isaías, me tenha ultrapassado.

   Esperem, porque a lista de ícones é maior. Alguns já em casa, como minha própria mãe, e até mesmo pais meu e de outros irmãos. Todos ícones. Fico devendo um texto sobre eles.

   Porque desfilam em nossa memória. E que memórias suaves. Foram nossos pais, além de alguns deles biológicos, também o foram na fé. Não. Não eram, como nos mesmos não somos, perfeitos. Não eram. Não somos. Por isso mesmo são nossos autênticos pais na fé.

   Exatamente porque a fé existe e tem um autor, que é Jesus, para ser compartilhada. E a nós ser aplicada a perfeição de Deus. Ele deseja que sejamos imitadores dEle, como filhos amados, e andemos em amor como Jesus, o Filho, andou.

   Saúdo, neste texto, esses meus três ícones: Arsylene, Cleuma e Isaías, noventões amados. Grato a vocês, por ser dádiva de Deus e por marcar tanto e tão positivamente a minha vida e tantas outras. 

sábado, 13 de julho de 2024

Simplesmente e tremendamente Dora

 

¹² "Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio." Sl 90.

    Uma oração. Deus atendeu essa petição na vida de nossa querida chefe. Carinhosamente assim chamada e assim amada.  Você é uma mulher sábia.

  Creio que gratidão é outra palavra essencial, que todos nós colocaríamos na frente. Porque nossa dívida de gratidão com você é enorme.

  Porque cumpre suave o seu modo de liderar. Não quer dizer que fuja a sua tarefa, não, porque é enérgica sempre que necessário. Porém nunca ofensiva.

   Valente. Corajosa. Lutadora. Defende Anos Finais como leoa. E seu jeito é que cada um seja regente de si. Não há modo mais efetivo de delegar responsabilidades.

  Creio que sua origem, da qual fala com tanto orgulho, é raiz de seus principais valores. Beira rio, sombreado de mata, casa acolhedora, família. De lá traz suas sementes.

   Não poderia ser outra que não Mestra. Porque sonha transmitir a tantos, a muitos tudo que aprendeu. Não só da ciência, que também é essencial, mas dos valores, sem o que nenhuma ciência prospera.

   Esses valores ela põe na frente. E aplica em sua vivência. Dora não tem meias palavras, somente inteiras. Nunca saberemos o que já fez em nossa defesa.

  Você transforma em vivência prática, com extrema competência tudo o que a academia te deu. É uma virtude de poucos assim proceder.

   E temos aprendido com você não ser pedantes, mas reunir tudo o que sabemos e aprendemos, para pôr, com efeito e propriedade, no modo como vamos compartilhar.

  Educação precisa ser assim, o máximo proveito com simplicidade, humildade e eficácia. Desafio e dinâmicas constantes. E muito sonho.

   Não vai dar para dizer tudo. Os nosos amigos vão acrescentar. Mas encerro destacando uma época triste e traumática de 2020-2021. A sua coragem sobressaiu.

   Você é fibra. Veia pulsante. Enfrentou e venceu. Você se pôs em risco. Regeu e liderou via net, zap e todas as mídias. Foi um tremendo salto de qualidade.

  Em meio a uma situação tão aflitiva e alarmante, houve chance de espalhar esperança. E Dora venceu. Você é a nossa medalha. 

terça-feira, 9 de julho de 2024

Nada falta, ainda falta

 Senhor é o meu pastor; nada me faltará . Ele me faz repousar em pastos verdejantes.  Leva-me para junto das águas de descanso ; refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome.  Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam . Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda. Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do Senhor para todo o sempre. Salmo 23

    Um salmo comum, por assim dizer. Costumamos assim classificar, por acharmos ter sido muito lido, decorado, até, na infância e, de certo modo, gasto. Mas não, isso é um erro, por causa de seu conteúdo. O texto trata uma postura que deve ser permanente e diária. Levar em conta que Deus é pastor e, se assim for, nada faltará.

  Este primeiro versículo é a síntese do salmo. Os restantes, a relação de tudo que o salmista aborda, aliás, o rei-pastor Davi, sobre essa assitência divina. Mas eu desejo retornar à palavra comum, para lembrar um outro autor bíblico, Pedro, Apóstolo, quando se refere à vida em família:

7 "Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações. 1 Pe 3.

  Comum, aqui, não significa banal. E sim, autêntico. Simplicidade, na Bíblia, rivaliza com vaidade. Aliás, vaidade é um perigo. Porque foi o apelo diabólico feito a Eva, "você vai ser como Deus". Então, nascemos com ela. Ser convertido, significa ser resgatado, pelo poder de Jesus, da "vaidade de nosos próprios pensamentos".

17 "Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos". Ef 4.

  Então, casamento nunca será ostentação. Mas sim, vocação. Foi obediência essa opção. Foi sábia a escolha. Desde o Gênesis, quando Deus abençoou o primeiro casal, e disse que fossem fecundos, instituiu o casamento. Deus é o autor dessa ideia. Assim como quem sustenta. Por isso, a escolha não pode ser diletante. Aleatória. Fútil. Despropositada.

  Cuidado com a ostentação. Os casas que assim cumprem, em suas vidas, os propósitos divinos para o casamento não são, entre si, melhores. São apenas diferentes. E devem viver uma vida comum. E se trata de uma construção a dois. Cada um, por si, mantendo o compromisso assumido, trazendo consigo, da personalidade para dentro desse compartilhamento, o que já haviam aprendido com Deus.

   Citamos o Salmo 23, porque traz consigo uma relação do que é comum e que Deus, nosso Pastor, faz rotineiramente. Já fazia antes do casal se casar e continuou fazendo. Agora, na parceria dos dois. Meu pai chamava a casa dele, onde fui criado, ao lado de minha mãe, de céu. Para ele, foi um céu na terra. Alguem duvida que foi por causa do compromisso deles dois com Deus?

  Casais de quase mesma geração, um pouco mais novos, os respectivos pais do casal também mantiveram esse padrão. Casais assim não são melhores ou piores erntre si, mas apenas diferentes. E foi pelo evagelho que entrou em suas vidas. Em tempos diferentes, histórias diferentes, mas foi por causa do evangelho.

 Triste será, muito triste será se a geração que agora vem, dos filhos desses casais, não preservarem essa vida comum. Não conservarem para si, como a própria Escritura diz, esses "marcos antigos". Há, no casamento, marcos antogos que precisam ser preservados. Caso sejam violados, muito provavelmente, quase certamente, não vai prosperar. 

  Desejo destacar do salmo três citações. O que não faltou e o que ainda falta. A unção com óleo, em todo o seu amplo sentido. E a bondade e a misericórdia, por todos os dias da vida. Sim, porque repouso, águas de descanso, refrigério para a alma, veredas de justiça, uma bordoada aqui, outra ali, pela mão do Pai, tudo isso nesses 25 anos foi experimentado.

"...porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. 

É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige? Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos. Hb 12

    Claro, incluído andar pelo vale da sombra da morte. Com Deus, morte é apenas sombra. Mas foquem no que ainda falta. Nada faltará vai prosseguir. Mas faltam os anos por vir e os desafios, que são as metas da perfeição. Sejam perfeitos, porque Paulo diz ser isso possível. Mas continuem a despojar-se do velho homem e do pecado que, tenazmente, assedia.

  Foram ungidos com óleo, para o serviço na igreja. Diácono é quem serve. Não a si mesmo, bem entendido, mas à igreja de Cristo. Às vezes, esquecemos que a igreja é de Cristo. E tornamos o grupo um espaço de vaidade pessoal. Vamos lembrar atrás: vaidade dos próprios pensamentos foi de onde Jesus nos libertou. É mundanismo e diabólico. 

  Não siga tanto exemplo infeliz de velhacaria nesses circuitos de oficiais de igreja. Eu mesmo fui vítima disso. Afinal, que pastor não foi? Aliás, você tem exemplos na família, de teu próprio pai e de teu avô materno. Sempre avalie esses modelos e siga os bons exemplos. 

13  "Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesmos justa preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus." 1 Tm 3.

  Temos ministério de música, da parte da esposa, o que é uma arte, sua especialidade. Mas cuidado, porque o palco da igreja não é teatro, para fama e projeção do ego. Ao contrário, Jesus estabeleceu a igreja para tratamento e cura do ego, subvertido desde o Éden. A exortação que Paulo afirma provir de Cristo, indica que tudo na igreja é serviço e todos têm, por igual, a mesma magnitude e relevância:

2  "...completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros." Fp 2.

  Estou afirmando que tais tentações nos são familiares e comuns. São uma casal exposto no ministério da igreja. Então, serão sempre modelo. De Cristo e da obra que permitem que Deus neles complete ou modelos de si mesmos. Neste caso, Cristo não assina embaixo. 

 E os filhos também mirem-se nesse exemplo. Todos os filhos conhecem mais dos pais do que qualquer outra pessoa. Porque, além de ser seu retrato, no fenótipo e no genótipo, convivem, veem, conhecem e experimentam vícios e virtudes. Eu mesmo queria ser muito melhor do que meus pais o foram na fé. Não consegui.

  Mas sou grato a Deus, porque os meus filhos tem sido muito superiores a mim. E o mérito não é nem deles e nem dos pais deles, mas de Cristo. Cristo assina embaixo. Houve obediência? Então há resultado benéfico. E obediência, até Jesus aprendeu e é doloroso aprender. Porque obediência, para nós, significa dizer não a nós mesmos. Defintivamente, não é fácil.

  Para encerrar, o salmo diz que bondade e misericódia nos seguirão todos os dias de nossa vida. Sim, tem seguido. Mas bondade e misericódia são atributois exclusivos de Deus. Ressoa em nossa memória o diálogo de Jesus com o jovem rico: "Por que me chamas bom?". Não somos bons, nem de origem e nem por nós mesmos.

 No Antigo Testamento, misericórdia equivale a amor. Então, Deus incorpora à nossa vida de Sua bondade e de Seu amor. Sem dúvida, somente por plenitude do Espírito. Somente, fruto de nossa fé viva e ativa, resultado de nossa obediência ao Pai, na proporção da renúncia de nós mesmos.

 Essa a marca de um casamento que resiste ao tempo, avança pelos anos, abençoa seus filhos, torna-se modelo para fora de si. Transborda em amor, transborda em bondade. Honra a unção que recebeu, para ministério na igreja e na sociedade. Nada falta. Mas, para o que falta, em relação aos anos por vir, as bênçãos por vir, haverá suprimento e sempre haverá aumento.