E a história do Dilúvio expõe outro fundamento bíblico. A humanidade, toda ela, é má. Como diz lá no Livro, a maldade humana multiplica-se e o desígnio do coração do homem é continuamente mal.
Todos pecaram e carecem da glória de Deus. O homem já alcançou o status da possibilidade de destruir o planeta com as armas que constituiu. A maior arrecadação de dinheiro se dá no mercado de armas.
A segunda arrecadação se dá pelo comércio de drogas. E a terceira, pelo roubo e mercado negro de obras de arte. Muitos ladrões e, neste caso, somente os de maior quilate, lavam dinheiro na compra de obras de arte.
Quem não considera a Bíblia livro fidedigno em seu conteúdo, distinguindo o que é cultural e, portanto, limitado no tempo, daquilo que é conceitual e, portanto, atemporal, no caso da maldade humana nem precisa constatá-la a partir das, também assim denominadas Escrituras.
A história do Dilúvio discorre sobre o conflito de Deus ao constatar que o homem não deu liberdade a seu Espírito para atuar nele. A licença poética do texto afirma que Deus arrependeu-se de haver criado o homem.
Dilema. Você conhece o requinte da maldade humana? Pois Deus se viu diante desse dilema. E há quem diga que Deus é culpado por ela. Deve ser responsabilizado. E a liberdade concedida à criação? A esse ser "racional"? Deus, então, deveria violar a liberdade humana para o mal. Não seria a solução: o homem continuaria a ser mal.
E a única resposta a essa insistência de Deus em não interferir, segundo a Bíblia, reside na chance de amor que Ele dá à humanidade. A Bíblia contrapõe à maldade humana o amor de Deus. Ela não contrapõe ira de Deus contra a maldade humana.
E a Bíblia generaliza para todos o amor de Deus como dádiva. Isso porque a Bíblia iguala todos sob a mesma necessidade de dar, no ser humano, trato igualitário ao mal. Todos pecaram/pecam/pecarão e estão carentes da glória de Deus.
A Bíblia, na história principal, diz ter nascido Jesus nessa mesma condição, debaixo da lei. Mas nunca, diante de Deus, a violou. Portanto, sem jogar na cara do homem (e da mulher) o pecado, dipõe-se a perdoar ao que crer na mediação de Jesus na cruz.
Deus em pessoa resolve o problema da maldade no homem. Contrapondo a ela o amor. Entrega seu Filho como sacrifício vivo pelo pecado de todo o que crer. Se Deus infartasse todo aquele na iminência de fazer o mal, não resolveria no homem esse problema. Por isso, contrapõe o amor. Desse modo, o bem de Deus opera no homem.
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