Homens falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo. Fé, da parte deles, assim como da parte de quem lê. E o que é fé? Utilidade e inutilidade da fé.
É inútil falar de fé, para quem não crê. Termina aqui a conversa. A Bíblia diz que, sem fé, é impossível agradar a Deus. Portanto, a fé se torna meio, veículo para os que creem, obviamente falando.
Mas ela mesma tem sua identidade. Contraditoriamente falando, já, de início, ela é dom de Deus. Sim, porque o homem, por si só, inventa deuses.
Por isso, sem concessão divina, não há como atinar com a fé. O homem mesmo, por si, perde-se, para usar uma expressão paulina, em "loquacidade frívola", esta é ótima.
Fé não tem tamanho. Fé não depende de ver. O homem, do Iluminismo para cá, debruça-se sobre a ciência. Para ele, toda a luz reside na ciência.
E a ciência, como a arte, é imitação da vida. Quando o homem despertou, não moralmente falando, porque, moralmente, ele nunca despertou. Mas racionalmente falando, viu-se surpreendido com as perfeições do universo a sua volta.
Desatou, então, a pensar. E nasceu a ciência como filha dileta da filosofia. Pelo método, o homem passou a imitar a vida. E até mesmo uma teoria sobre a vida, sim, de como ela surgiu, o homem tem.
Na verdade, falta prová-la. Mas o homem tem fé na ciência. Para o homem, a ciência é a "certeza de coisas que se esperam e convicção de fatos que nunca foram vistos".
Tem a convicção de que o choque dos fótons produziu matéria. E que a sopa primordial dos elementos químicos produziu combinações, moles que geraram células. E assim, bilhões de anos e milhões de bilhões de combinações depois, surgiu tudo o que está aí.
Parte do visto, para o não visto. A fé vem na contramão, partindo do não visto para o visto. Se Deus existe e fala, há palavra de Deus. Que não precisa ser confirmada, porque Deus garante o caráter de sua própria palavra.
Assim como cuida para que Sua palavra chegue ao homem. Por isso homens falam da parte de Deus. E faz concessões. Porque está escrito que Deus mesmo, desnecessariamente, porque é Deus, interpõe-se como juramento, mesmo sendo impossível que Ele minta.
Não é necessária a fé. Porque a palavra de Deus é fiel. Mal comparando, se se torna necessário comparar, a fidelidade da palavra de Deus é a mesma daquela da ciência. A exatidão da ciência reside na fidelidade de sua palavra. A de Deus também. Somente mudam a natureza entre uma e outra.
A palavra de Deus cria a vida. A palavra da ciência investiga a vida. A fé que vem de Deus confere segurança ao homem porque, de si mesmo, é frágil para crer, independentemente da fé.
A fé que confere certeza científica, de homem para homem, confirma-se após a repetição, em laboratório, de uma hipótese de trabalho. É um fim em si mesma. Do homem para o homem.
E confirmado está, para a ciência, que no princípio era o acaso. Não sabe de onde procedem as partículas. Para a existência dos fótons nem hipótese ou teoria há. Dá como início de tudo a luz.
E a palavra de Deus, segundo a Bíblia, diz que Deus disse: "Haja luz, e houve luz". E viu Deus que a luz era boa. A fé também. Porque sem fé, é impossível agradar a Deus.
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