quinta-feira, 10 de abril de 2025

Antiga Sede da IE Fluminense

 

Falar deste imóvel, localizado na Avenida Marechal Floriano 185, centro do Rio, é falar da história da liberdade religiosa no país. Embora belo, ele quase não é percebido pelos transeuntes. Aqui funciona a Real e Benemérita Sociedade Portuguesa Caixa de Socorros D. Pedro V, assim batizada em homenagem ao rei português falecido em 1861. A despeito dos ótimos serviços prestados aos carentes e à comunidade lusitana, a Sociedade D.Pedro V não é o motivo da visita do Passeador, e sim, o prédio. Este é, simplesmente, o primeiro templo evangélico erguido no Brasil e seu valor histórico para o segmento protestante é incalculável.

Se os amigos desta página acharam que o prédio não tem nada a ver com uma igreja, acertaram em cheio. A intenção era esta, mesmo! À época da construção – 1885 –, vigia uma lei que proibia a existência de templos “acatólicos” (sim, a definição para todas as outras crenças era esta) com aspecto externo de construção religiosa em todo o Império do Brasil. No entanto, a Igreja Evangélica Fluminense (IEF) obteve do governo imperial a licença para adquirir o terreno e edificar um prédio "destinado ao respectivo culto, e ao estabelecimento de uma escola", conforme decretos nº 1.225/1864 e 7.907/1880". Pioneira denominação protestante com atividade permanente e cultos em português instalada no país, a igreja foi criada em 11 de junho de 1858 pelo médico e missionário escocês Robert Reid Kalley. Egresso da Ilha da Madeira, onde atuou curando corpos e socorrendo almas, Kalley (1809-1888) atendeu ao que cria ser um chamado divino para vir ao Brasil e aqui chegou, com a mulher, Sarah, em 1855.

O calorão do Rio assustou o casal britânico, que fixou residência em Petrópolis, na amena Serra fluminense. A igreja nasceu em sua casa e, mais tarde, iniciou reuniões em residências da Zona Portuária da capital. Com o crescimento do grupo, foi preciso providenciar espaço maior. O projeto original do prédio, neoclássico, foi encomendado à Inglaterra com linhas retas e zero referência à religiosidade. Em 1886, começaram neste imóvel os cultos do “povo do livro”, como os protestantes eram chamados, na nova sede. Não era fácil ser evangélico em um país que tinha como religião oficial o catolicismo romano. Atividades proselitistas eram proibidas; havia barreiras ao registro de casamentos realizados no rito reformado e, até na morte, os protestantes eram discriminados – seus sepultamentos não eram feitos nos cemitérios.

Com o tempo, Kalley, que se tornou vizinho e interlocutor eventual de D.Pedro II (o monarca gostava de conversar com o pastor em hebraico, imaginem!), conseguiu fazer o imperador ver que perseguições religiosas não convinham a um reino que se queria moderno. Depois, veio a República e as barreiras legais aos crentes caíram, embora preconceitos sociais tenham permanecido por muito tempo. A IEF funcionou aqui até maio de 1914, quando foi inaugurado o templo definitivo – agora, sim, com jeitinho de igreja – aqui perto, na Rua Camerino. Atualmente, ela é ligada à União das Igrejas Congregacionais do Brasil, uma das mais tradicionais confissões evangélicas nacionais.

Quanto a este prédio, ele foi vendido à Sociedade Pedro V, que tratou de lhe dar um aspecto mais adequado à nova finalidade. As reformas ficaram a cargo da prestigiada firma Antonio Jannuzzi & Irmãos, que assina várias intervenções urbanísticas no Rio de cem anos atrás. Ali no alto, onde antes se lia “Casa de oração da Igreja Evangélica Fluminense”, foi gravado o nome da entidade. Mais acima, o belo relevo retrata uma mulher amamentando uma criança, enquanto oferece flores a outro pequeno – alegoria da solidariedade, ênfase da Caixa de Socorros. O prédio também ganhou aquelas três esculturas no topo, representando as virtudes humanas. E pensar que, no tempo em que aqui se reuniam os protestantes, nenhuma figura era permitida na fachada... E nem precisava. Afinal, o culto de um devoto ao seu Deus é coisa que prescinde de representações externas

Link na Net:

https://www.facebook.com/passeadorcarioca/photos/a-f%C3%A9-dos-pioneirosfalar-deste-im%C3%B3vel-localizado-na-avenida-marechal-floriano-185/3175969929161089/?locale=da_DK&_rdr

quarta-feira, 9 de abril de 2025

Santa Cruz do Capibaribe - Igreja Evangélica Congregacional de Poço Fundo

 Há 80 anos, era inaugurada na Vila de Poço Fundo, zona rural de Santa Cruz do Capibaribe, a primeira igreja evangélica Congregacional no município. Ao longo do tempo, várias igrejas foram construídas originadas a partir dela.

Na localidade, o congregacionalismo teve início em 1916 e contava com as visitas mensais do inglês Willian Bannister Forsyht e outros ingleses, que se dirigiam ao local para realizar cultos, os quais eram feitos em duas residências com as participações em torno de 100 pessoas.

Os cultos eram realizados nas residências dos irmãos Manoel e Maria Lagos, além de contar com participações de pessoas dos sítios Magana e Porteiras. A programação continha culto de oração todas as quintas-feiras e escola dominical e culto aos domingos.


Em 1935, o Pastor Júlio Leitão de Caruaru juntamente com toda a comunidade da Vila, iniciaram a construção do templo, onde muitos carregavam pedras e cimentos para que a obra pudesse ser erguida. A construção foi feita também pelos pedreiros Marcos Belo e Joventino; sendo que os carpinteiros foram José Colaço, Manoel e Zacarias Lagos.

A igreja foi inaugurada em 29 de novembro de 1936 pelos pastores ingleses: Willian Forsyht e David Glass, além de representantes locais da família Lagos: José Colaço, Manoel, Zacarias, Gabriel e Moisés; já da família Belo de Souza estavam: José, Marcos, Severino e Mariano.

Devido ao aumento de visitantes, a igreja teve um acréscimo de seu espaço, sendo feita esta reforma no ano de 1941. Ainda nesta década, em 1947, uma grande enchente atingiu o templo, onde a água da chuva chegou a ficar 1,50m da igreja, que causou alguns estragos no local.


Ao passar do tempo, a igreja ficou deteriorada e quase o templo iria abaixo. Em algumas épocas aconteceram várias tentativas de reestruturação, porém foram frustradas, sendo que em alguns momentos, problemas familiares e judiciais impossibilitaram a sua restauração.

img_9303Na década passada, o ex-pastor da igreja Celso Torres Galindo teve a ideia com algumas pessoas, de restaurar a igreja em seu formato original e, assim foi feito.

“Deus colocou o desejo em nosso coração de um dia a gente poder reconstruí-lo e de ser ordenado pastor da igreja de Poço Fundo, então sugeri ao diácono Lenivaldo que fizéssemos uma campanha para reconstruirmos a igreja. Ele abraçou a ideia e se tornou como um dos responsáveis direto pela obra e restauração do templo” – relatou o pastor.

A reinauguração da igreja de Poço Fundo ocorreu no dia 26 de novembro de 2011, com um culto de ações de graça, que contou com as participações de representantes de várias igrejas evangélicas de Santa Cruz.

Atualmente, os cultos são realizados no templo, que ainda mantém alguns objetos históricos da época, como os bancos, relógio, púlpito, porta cálice da santa ceia, lampião e cortinas. 

 

Toda a história da igreja e do congregacionalismo  na região  foi  contada no  livro “Queremos trazer à memória” dos professores e escritores Avanísia de Souza e Israel de Carvalho. O material impresso traz a trajetoria da implantação da religião no Brasil, passando por Pernambuco e se estendendo até Santa Cruz do Capibaribe, onde narra as aventuras e lutas dos evangélicos pioneiros do município.

Com imagens de Kinho Filmagens, confira abaixo o vídeo exclusivo e completo da reinauguração do templo em 2011.

https://www.youtube.com/watch?v=ozJGZYaeypo&t=5s


Link na Internet:

Prisão domiciliar de José Bonifácio

 

Prisão Domiciliar de José Bonifácio na Ilha de Paquetá em 1833. Ilustração de José Wasth Rodrigues, 1962.

José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838) foi ministro do Império e Negócios Estrangeiros que influenciou o Imperador Dom Pedro I a separar o Brasil do Reino Unido com Portugal em 1822 como membro do chamado "Partido Brasileiro". e comandou uma política centralizadora e organizou a ação militar contra os focos de resistência à separação de Portugal entre 1822 a 1823
Durante o processo de Independência do Brasil do Reino Unido com Portugal Jose Bonifácio entrou em conflito com o Imperador Dom Pedro I devido a criação da Constituição em 1823, e os membros da primeira Assembléia Constituinte do Brasil foram presos e desterrados para a França por Dom Pedro I pelo uso das armas, pois previa que seus poderes seriam limitados pela nova Constituição
O golpe incontestável contra o Parlamento foi sustentado pela vitoria das armas nacionais na Bahia, culminada com a ocupação da capital em 2 de Julho, e logo a quéda das praças portuguesas no Maranhão e no Pará, consolidaram o prestigio de Dom Pedro I, a que nenhum outro político podia aspirar.
José Bonifacio não chegou a ser popular: era demasiadamente aristocrata para que as plébes mudassem em simpatia o respeito que lhe tinham. Em 1822, como em 1823, a sua popularidade restringiu-se a uma esfera social, que ele naturalmente representava.
Anos depois José Bonifácio reconciliou-se com o imperador, voltando ao Brasil em 1829, passou a receber pensão anual do governo, para indenizá-lo dos salários que perdera durante a Independência. Bonifácio foi tutor do Jovem Dom Pedro II entre 1831 a 1833.
Foi novamente acusado de conspirar para promover o retomo de d. Pedro 1, acabou destituído pela regência, por decreto, em 14 de dezembro de 1833.
Uma comissão de juízes de paz foi à Quinta da Boa Vista, residência do imperador, ordenar ao tutor o cumprimento do decreto. Bonifácio, entretanto, recusou-se a acatá-lo, alegando que era ilegal. Em carta ao ministro do Império afirmava que não reconhecia o direito do governo de suspendê-lo do cargo e dizia: "Cederei à força, pois que não a tenho, e estou capacitado que nisto obro conforme a lei e a razão, pois que nunca cedi a injustiças e a despotismos, há longo tempo premeditados e ultimamente executados para vergonha deste Império". E assim foi. Acompanhados de mais de cem homens da cavalaria e da infantaria, e com uma ordem de prisão expedida pelo governo, os juízes de paz obrigaram Bonifácio a entregar o cargo a seu sucessor.
Levado para sua casa na ilha de Paquetá, ficaria em prisão domiciliar. Na praia, em um barracão próximo a sua casa, alojou-se o destacamento militar destinado a vigiar os passos do velho prisioneiro. Assim se encerrava sua vida pública. Em carta à velha inimiga palaciana de Bonifácio, d. Mariana de Verna, o ministro Aureliano Coutinho escreveu: "Parabéns, minha senhora; custou, mas demos com o colosso em terra". Um processo-crime foi aberto. Bonifácio era acusado de conspiração. Em 1835 seria intimado a comparecer diante do tribunal do júri para apresentar sua defesa. Mas se recusou a fazê-lo. Em vez disso, encaminhou uma carta ao juiz de paz alegando que a destituição e o processo eram efeitos de uma "cabala pueril".
Por isso, confiava ser absolvido sem a necessidade de sua presença, uma vez que não havia cometido nenhum crime: "Não preciso portanto de defesa, que não seja o negar positivamente o de que sou acusado em um processo irregular, injusto e absurdo". O julgamento foi então realizado à revelia, e no final Bonifácio seria absolvido de todas as acusações. No mesmo ano, porém, presenciou seu inimigo Feijó ser eleito regente único do Império, consolidando a vitória de seus opositores .
Bonifacio morreria em 1838.
Fonte: Bonifácio, gênese do pensamento nacional Ronald
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segunda-feira, 7 de abril de 2025

Inspirações, canções e histórias

 Lá pras bandas de 1984, o Rei Roberto Carlos, que não usa coroa mas todo mundo reconhece de longe, resolveu botar o coração pra rodar no asfalto da vida. Foi assim que nasceu "Caminhoneiro", canção é confissão sobre rodas. E veja bem, não era história de quem fugia, não. Era de quem corria ao encontro, o peito apertado de saudade, o volante firme nas mãos, e o amor da sua mulher estampado no pára-choque, desenhado em forma de coração, com o nome dela ali, feito promessa.

Todo dia, quase sempre de madrugada, ele pegava a estrada. No banco da frente, só ele, Deus, a lembrança dela e o rádio ligado tentando enganar a solidão. Se fosse de dia, acelerava. Se fosse de noite, os faróis viravam estrela pra iluminar o rumo. Mas nem por isso se atrevia a soltar o caminhão na banguela, porque amor de verdade merece chegar inteiro, sem pressa que machuque, sem descuido que custe caro.

E essa música, veja só, foi tão bem traçada que parecia que o próprio Brasil andava dentro dela: cerração, chuva, poeira, saudade, um retrato no painel e o beijo que só vinha depois do freio de mão puxado, no acostamento dos braços dela.

Nove anos se passaram. E no LP de 1993, Roberto voltou ao volante das lembranças, só que agora o que vinha era outro tempo, outro tom. Já não era mais o caminhoneiro apaixonado e moço, cheio de pressa e calor no peito. Era "O Velho Caminhoneiro" quem surgia: homem vivido, comandante das estradas, desses que carregam mais história no olhar do que carga no baú. E lá vinha ele, cruzando o Brasil com a coragem como combustível, São Cristóvão no painel e o tempo marcado não no relógio, mas nas marcas da alma.

Esse velho, que ainda abria a camisa no verão e enfrentava o barro como quem desafia o mundo, já tinha visto muito. Tanta coisa que machuca, mas o tempo, esse doutor dos dias, cicatrizava devagar. Lá numa curva qualquer, morava uma saudade antiga: da namorada que ficou, da juventude que partiu, da estrada que agora ele via com outros olhos.

Era um homem que não tinha hora de partida. Seu coração viajava carregado de emoção, e não era pouca, não. No silêncio da boleia, pensava na mulher que o esperava e nos filhos que um dia cresceram ouvindo seu motor ao longe. A cada buzina que soltava, parecia dizer: "tô vivo, tô indo, e ainda sei o caminho".

E foi nesse mesmo espírito que, em 2004, o destino cruzou três estradas num só programa. No "Especial Roberto Carlos", o Rei recebeu dois velhos conhecidos da televisão: Pedro e Bino, interpretados por Antônio Fagundes e Stênio Garcia. Eles deixaram o seriado "Carga Pesada" por uns minutos e subiram no palco da vida real pra bater um papo com quem também vive de estrada, não de caminhão, mas de emoção. E foi bonito de ver: três veteranos da longa estrada brasileira, cada um do seu ofício, dividindo o mesmo acostamento de memórias.

E se "Carga Pesada" marcou época, foi por mérito justo. O seriado estreou em 22 de maio de 1979, com texto de gente graúda: Dias Gomes, Walter George Durst, Carlos Queiroz Telles e Gianfrancesco Guarnieri. Até os próprios Fagundes e Stênio meteram a mão nos roteiros, porque sabiam que pra falar de estrada, não bastava ler, era preciso sentir.

O programa correu até janeiro de 1981, parou, mas não viu seu fim. Em abril de 2003, a Rede Globo tirou o caminhão da garagem de novo, mas em vez de repetir o passado, resolveu seguir viagem como se o tempo tivesse só feito uma pausa. Vinte e dois anos depois, Pedro e Bino retomaram a marcha, mais velhos, mais sábios, e tão brasileiros quanto antes.

No fim das contas, "O Velho Caminhoneiro" era um espelho desses homens. Uma homenagem não só a Pedro e Bino, mas a todos os que vivem da estrada, da coragem e da fé. E ali, no volante das palavras de Roberto e Erasmo, estava o retrato fiel dessa gente que carrega o Brasil nas costas e no coração.

A título de curiosidade, vale dizer que, nos filmes "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura", lançado em 1968, "Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa", de 1970, o Rei aparece pilotando avião e helicóptero. Mas ali era tudo jogo de cena. Ele não estava no comando de verdade, embora fizesse parecer que sim. Agora, quando se trata do que anda sobre rodas ou desliza pelas águas, aí a conversa é outra.


Roberto já tomou o volante de caminhões que levavam seus equipamentos de show e também dirigiu, por gosto e hábito, o seu próprio ônibus, que é, na verdade, um motorhome daqueles bem equipados. Também já assumindo o leme de barcos e do seu conhecido iate batizado de "Lady Laura". Máquinas, para ele, sempre foram mas extensões da própria personalidade.

Hoje, 5 de abril de 2025, Roberto Carlos está em São Paulo, capital, e tem apresentação marcada para esta noite no Multiplan Hall, dentro do Ribeirão Shopping, na cidade de Ribeirão Preto. A distância entre os dois pontos é de aproximadamente 315 quilômetros, um trajeto que pode ser feito em torno de três horas e meia por estrada.

Não se sabe ao certo como ele fará esse deslocamento. Pode ser que vá em seu motorhome, como já fez em tantas outras ocasiões entre Rio e São Paulo, ou talvez embarque em um jato particular. Ambas as opções são possíveis. O que se sabe é que, sempre que pode, Roberto gosta de estar ao volante.

Texto de Leandro Coutinho

Página Roberto Carlos: Inspirações, Canções e Histórias

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sábado, 5 de abril de 2025

 

A minha esposa Waldilene Leal fez aqui um histórico da minha lida pessoal e ministerial, então decidi postar aqui para os amigos ver um pouco da nossa atividade pastoral que de fato iniciou no dia 29 de Abril de 1989, quando fui ordenado.


                         HISTÓRICO: Pr Carlos Roberto G. Santos
O Carlos Roberto ( o “Nem”) filho de seu Francisco ( o Chico Serenata) e irmã Luiza Gonçalves , é o filho mais velho de sete irmãos; nasceu em  maio de 1965 em  Buritizeiro MG, à beira do Rio São Francisco;  entre nados , pescas , travessias  e compromissos com a Igreja Congregacional em Pirapora MG, (Cidade que fica do outro lado às margens do mesmo rio); atravessava a ponte, Marechal Hermes a pés ligeiros, para participar da EBD; dos cultos de oração e estudos bíblicos; dos ensaios do Coral; das vigílias; do trabalho de evangelismo, ora em Pirapora, ora em Buritizeiro. Aos 15 anos, em dezembro de 1980, selou a sua fé em Cristo Jesus, pelo batismo, pelo Pr Antonio Monteiro Diniz e ainda mais se envolveu no trabalho do Senhor;  no evangelismo, na pregação da Palavra e no ministério de música.
  Seu envolvimento com a música sempre foi forte (coral, grupos de louvor e solos) por isso, rapidamente  aprendeu  a tocar um instrumento, o violão e  o Harmônio. Logo, logo, se tornou o “dirigente do louvor” e um dos organistas da igreja.
Em 1985, respondendo a um chamado do Senhor que já tinha recebido ainda criança, partiu para o Seminário Congregacional do Recife, para fazer Teologia e se preparar para ser um Ministro do Evangelho. Quantas lutas: “ Menino das barrancas do São Francisco”, agora estudante de teologia. Quanto aprendizado! Quantas vitórias alcançadas ali. Trabalhou como seminarista nas Igrejas Congregacionais  de Vitoria de Santo Antão, com o Pr Rosinei Santos; na Congregacional em Maceió, com o Pr Jailsom Amorim Pereira e na Congregacional do Pina, com o Pr Gilberto Ferreira Pessoa. Em 1988, conclui o curso de Bacharel em Teologia e retorna a  Minas Gerais, depois de ter recebido um convite para pastorear uma Igreja no Estado de Minas Gerais. Em 29 de Abril de 1989, na Igreja Evangélica Congregacional  de Montes Claros, é examinado pela banca,( depois de ter sido aprovado em sua tese sobre “ A Igreja, corpo de Cristo e seu ministério integral), é também aprovado com louvor, e ordenado naquele mesmo dia para o Santo Ministério da Palavra, agora, o
Pastor Carlos Roberto, estava apto para o exercício de suas atividades pastorais.  No dia 06/05 de 1989, ele é empossado na Igreja Evangélica Congregacional em Cataguases-MG e  também assume a Igreja Evangélica Congregacional em Itamarati de Minas( cidade circunvizinha).  Em Agosto desse ano de 89, se casa com a senhorita  Waldilene Leal,  que vai estar ao seu lado, nesse desafio ministerial e em tantos outros, até esse momento. Em Janeiro de 1991, ganha o seu primeiro presente, seu filho Jonatas, uma benção, em tempos extremamente difíceis . Seu ministério ali durou 3 anos!! Duros anos, mas que serviram de aprendizado para tão grande tarefa que ele teria pela frente. Em Maio de 1992 assume a Primeira Igreja Evangélica Congregacional em Belo Horizonte. O ministério naquele lugar foi muito promissor; pois logo esteve a frente da abertura do trabalho missionário em Sete Lagoas, numa cidade há 70km de Belo Horizonte; essa igreja hoje está emancipada e em pleno funcionamento; e outras tentativas que não vingaram em trabalhos em Betim e em Pedra Branca( já no município de Ribeirão das Neves) . Em 1996, nasce seu segundo filho, o João Marcos, aumentado a alegria daquela casa.
Depois de 07 anos de trabalho intenso e também muito produtivo em Belo Horizonte, com o crescimento numérico da igreja, construção de um novo templo, Deus o conduziu para a Bahia; para Feira de Santana, onde nunca havia pensado em morar ou pastorear. Chegou em Feira, em junho de 1999, com uma mala cheia de saudades ( das relações criadas) e com muitos desafios pela frente; seja em questão do próprio ministério na igreja local, quanto a adaptação  geográfica –cultural. Um dos seus grandes desafios de seu ministério aqui,  era a compra do terreno para a construção de um  novo espaço para os cultos, pois a Igreja, pela obra maravilhosa do Espírito Santo, ia crescendo. Deus  cumpriu esse propósito, depois de milagrosamente ter nos dado um terreno;  em Março de 2012,   foi inaugurado  o novo espaço de cultos, para a glória de Deus . A outra grande dádiva foi a abertura do trabalho na Congregação em Gabriela e construção do templo ali naquele lugar, o qual está  em pleno funcionamento.
Pela graça de Deus, o Pastor Carlos, está há quase 23 anos a frente dessa amada igreja, desenvolvendo seu ministério, agora também com o título de Bacharel em Serviço Social e  cursando   Psicanálise Clínica. Louvamos a Deus pela trajetória do nosso Pastor Carlos, marcada por milagres em seu crescimento lá em Buritizeiro; pela provisão na sua formação no Seminário Congregacional do Recife; pela condução honrosa nas igrejas que pastoreou e por ele ser o instrumento que Deus tem usado  aqui em Feira de Santana – no Jardim Cruzeiro, para o louvor e glória do nome de Jesus. Pedimos ao Senhor, que  continue o abençoando, assim como toda a sua casa, nessa tarefa tão grandiosa de estar a frente da Igreja de Jesus e proclamar o Amor de Deus e a Sua maravilhosa graça. Amem.
Texto: Waldilene Leal
Soli deo gloria

quarta-feira, 2 de abril de 2025

São Vicente

 IEC DE SÃO VICENTE – SP

Em 6 de julho de 1952 foi organizada a IEC de São Vicente, SP. Na sua fase inicial a Igreja se reuniu numa sala acanhada em casa de José Ribeiro e sua esposa D. Jorgina Ribeiro. Pouco depois foi transferida as atividades para uma capela de madeira à margem da Av. Caixa D’Agua, no bairro Voturuá. Mais tarde o casal Druwe ofereceu um confortável templo para que a Igreja pudesse prosperar. O seu primeiro pastor foi o Rev. Josué Alves de Oliveira que havia deixado o pastorado da IEC de Afogados em Recife. O Presb. Waldemar Paula Martins foi um braço forte para o pastor Josué Oliveira.  Esta Igreja é fruto do trabalho do Pastor Augusto Paes de Avila em seu ministério no Estado de São Paulo. O Rev. Augusto foi pastor desta igreja por longos anos. Assumiu o pastorado da Igreja no dia 16 de junho de 1957 depois de deixar o pastorado da IEC de Pedra de Guaratiba, RJ. Ele substituiu o pastor Leonel Leite que deixou o pastorado da Igreja para assumir o pastorado da Igreja Cristã Evangélica de Jacareí, SP. No pastorado da Igreja o pastor Augusto inaugurou a casa pastoral no dia 6 de julho de 1959.
No dia 7 de junho de 1970 foi empossado como pastor-assistente o Rev. Constantino Becquelle, ex-pastor da IEC de Juquiá, em São Paulo. Rev. Augusto veio a falecer em 29 de julho de 1970, com a idade de 73 anos exercendo o pastorado da Igreja. Assumiu o pastorado interinamente o Rev. Ivan Espíndola de Avila, seu filho.
Em 7 de maio de 1972 assumiu o pastorado o Rev. Mauro Ramalho. A solenidade de posse foi presidida pelo Rev. Ivan Espíndola de Avila que, até aquele momento, exercia o pastorado auxiliado por Rev. Constantino Becquelle.
Rua Uberaba, 480, Jardim Irmã Dolores, São Vicente, SP. CEP: 11347-735.