quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Mal traçadas linhas 95

      Zumbis

      Não. Definitivamente. Ressurretos não são zumbis. Essas séries costumam sugerir coisas interessantes.

      Regra básica da ficção é seu contato com a realidade. Portanto, quem imagina mortos-vivos, pressupõe. E se pensa no retorno deles, sob que forma?

      A Bíblia define uma forma. Ressurreição, para ela, aliás, tema sobre o qual, no areópago de Atenas, os gregos não quiseram ouvir Paulo, é essencial à fé.

      Paulo Apóstolo afirma que se Jesus não ressuscitou nossa fé é vã, ou seja, não leva a nada. E não me venham com argumentação ateia pueril.

     Costumam dizer que cremos, porque tememos a morte. Já discorri sobre isso neste blog. Assim como há ateus humildes, há crentes inteligentes.

     Morte é coisa da vida. Não é por causa dela que se recorre à fé. E definitivamente ressurretos não são zumbis. São. E pronto. São os vivos de sempre restaurados à vida e imunes à morte e ao tempo.

      Ressuscitar é saltar da vida para a eternidade. Evidentemente, que os que escolheram viver sem Deus, vão continuar vivendo sem Deus. Mas há uma diferença.

      Nesta vida, tiveram escolha. Da ressurreição para lá, já fizeram sua escolha. Zumbis retornam com as marcas de sua vivência e da brutalidade com que foram tirados dela. Isso é ficção.

      Ressurretos não têm mais a marca de finitude de sua vida terrena, senão a marca interna de sua escolha. Isso é realidade. Imaginem, então, a cena do juízo final.

     Porque será a maior congregação de ressurretos, todos eles diante de Deus, o juiz, assim como de seus algozes. Qual não será a surpresa destes ao deparar suas vítimas.

       Interessante o Apocalipse. Para a reunião dessa congregação de ressurretos, ele diz:

      "E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras."

Apocalipse 20:13

      Desde o prefeito em Teresópolis, RJ, que surrupiou a cota federal aos flagelados pela tromba d'água de 2011, até às vítimas de todos os genocídios, como judeus por nazistas, chineses por japoneses, russos por Stalin.

      Vai ser por categoria: políticos corruptos, todos eles; genocidas, também; ditadores assassinos, todos; outras modalidades, enfim, todos que por si mesmos não julgaram necessário crer para ser salvos.

      E muitas e muitos outros e estes assassinados e torturados e perseguidos, enfim. Cara a cara uns com os outros, vítimas e seus algozes. Sem aparência fantásmica. Sem ficção. Pura realidade.

     Sem deboche, naquele dia. Com todo o deboche, nestes dias. Você, que enche de Deus, Deus, Deus sua boca. Mas com os atos, demonstra que, de Deus, não tem nenhum temor.

      Procure-me neste dia. Vamos estar lá. Cara a cara vamos nos ver. E cara a cara com Deus, se você quer saber. Mesmo que você seja ateu, de marca ou de plantão: Deus não precisa de sua fé nEle (nem da minha) para existir.

      E julgar. Não somos e nem seremos zumbis. Marcas físicas do modo como morremos ou morrermos não, de novo, aparecerão. Só as marcas internas da escolha mal feita ou não feita.

     Me procura lá. Mas faça agora sua escolha certa. Opte por crer.
     

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