quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Mal traçadas linhas 99

        Algumas afirmações bíblicas ponderam o absurdo. Franco-atiradores que, do Livro, nada conhecem, poderiam ridicularizá-lo já a partir delas.

         Paulo Apóstolo dizer, com relação à ação do Espírito Santo em nós, que temos a "mente de Cristo". Exagero dele, em que sentido?

      Ou, ele mesmo, dizer que tenhamos em nós o "sentimento de Cristo". E, mais esta, "não sou mais eu quem vive, mas Cristo vive em mim".

        Para ficar nesses três. Livro dos absurdos. Como entender? Ter, em si, a mente de Cristo deve ser atinar, todo o tempo, com um conflito de ideias.

        Seriam pensamentos desabonadores questionados por uma qualidade crítica de raciocínio, adquirida a partir de que exercícios de reflexão?

       Ter esse "sentimento", que exercício seria de opções de escolha, modulações de atitudes, postura diante do outro?

        Pelo menos, conhecer a personalidade de Cristo, pelos relatos bíblicos, para estudar que decisão acolher.

       Qualquer dessas três opções, incluída esta última de afrmar "Cristo vive em mim", não prescindem de conhecer todos os relatos bíblicos sobre palavras, ações e personalidade de Jesus.

       E reconhecer que somente um poder divino, uma força sobre-humana seria possível para que tais propostas fossem postas em prática.

      E não adianta negar. Pare aqui, se não levar em conta que Deus, por meio de Cristo, opera em nós. Pare aqui. Reflita. Crê nisso? Então continue.

       Porque ter a "mente de Cristo" é não ter sossego na consciência, sempre perguntando-se se tal ou qual pensamento é digno de Deus.

      Ter o "sentimento de Cristo" é, sem sossego, de novo, perguntar-se se tal ou qual atitude corresponde ao agir, pensar e falar de Cristo.

        E ter Cristo em si, é dar chance a si mesmo de fazer e exercer as opções de conduta que são resultado da ponderação e confronto com a escolhas que o próprio Jesus teria feito.

       Alguém dirá que estás louco? Que se trata, definitivamente, de um absurdo? Talvez digamos tratar-se da "operosidade da fé", outra expressão de Paulo.

       Ou mesmo de apresentar-se a Deus como "culto vivo". Não tem jeito. Lido com cuidado, o Livro aponta para esses absolutos.

         Prove-os como fraude. Terá, definitivamente, desacreditado a própria Bíblia. Não perca seu tempo, seu precioso tempo.

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