quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Crónicas de Terê - 2 - Saúde e os entornos

     As estadas em Terê poderiam ser referência para outras esticadelas, como a ida a Petrópolis, num desses dias mais ou menos chuvosos, para visitar a casa do Santos Dumont e até, ora vejam só, a casa do imperador. 

     Fazia-se o caminho por cima, pela estrada que liga as duas cidades, com direito a uma paradinha no alto da serra para o fascínio da natuteza e o ouvir o ruído da cachoeira. Outras saídas furtivas permitiram visitar o mirante da cidade, a cachoeira do Imbuí e um velho coreto por entre os caminhos das montanhas que, estrategicamente, cercam a cidade.

     Evidente que uma visita, pelo menos externa, à Granja Comari era imperdível, e foi feita com documentação fotográfica, sendo uma das mais antigas em meio a toda essa história da família por essas freguesias. Não se pode deixar de falar da característica principal e nunca esquecida, que é a presença na igreja, no caso a Batista Central, para logo depois da saída do pastor, acompanharmos sua nova igreja, a Batista Serrana, na qual rotineiramente, nesse período de férias, a gente se encontrava. 

     Outras funcionalidade essencial em Terê eram as revisões de saúde. No meu caso, sou o campeão que, a consultas médicas juntei, pelo menos, duas cirurgias no São José, ainda quando o plano de saúde permitia. Mais do que barriga, foram de bexiga aberta, pasmem. Fase boa, em que se proporcionava o célebre encontro das sogras, dividindo atenção para o meu bem-estar.

     A essa altura, já estamos no segundo ap, em função do qual, com tristeza, melancolia e nostalgia deixamos de lado o miudinho, para comprar dois aps, quase que geminados, mas emparelhados, 101 e 102, para a avó e para a tia-avó, em outra área nobre, próximo à Prefeitura, na transversal Rui Barbosa.

     Outras histórias, garagem para cima, de dois estágios, avançada em relação à do outro, que chegou a alagar, num desses temporais homéricos da região. Voltando aos médicos, desde que o menino precisava de revisões sistemáticas, devido ao leg perthes, passando pelas já citadas cirurgias e chegando às célebres seções de fisioterapia do pai, devido à fratura da cabeça do fêmur, que abarcou a virada 2008/2009.

      Esta vai se tornar célebre, também, por outras razões, desde o fato da vinda de avião, e não carro, por causa das muletas, da ida ao Maraca, sem largar as muletas, de não menos célebre tombo, em dia de chuva, após a saída da físio no Ortocenter e, pasmem, a compra de outro ap, desta vez, numa outra parte não menos nobre, no Alto, definitivamente enraizando a família na serra.

     Para encerrar, médicos, múltiplas consultas e exames, para toda a família, talvez a menina a menos requisitada nessas jornadas, não houve endereço onde não vasculhássemos à busca desses profissionais de saúde, alo e homeopatia, múltiplos exames e jornadas, no meu caso, até mesmo solitárias, como a vez em que, debaixo de frio e às escuras, pernoite no ap do Alto, na busca pelo médico da terceira cirurgia que, desta vez, não foi feita no São José e não com médico da serra, mas a jornada vem nessa direção, passa por essas paragens e vai dar na fronteira, em Guapimirim. 

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