Em relação às Escrituras podemos fazer um arco de sentido único, a respeito da personalidade e ação do Deus, desse modo, hipotético, que a percorre do seu início ao fim. Ainda que se queira supor que se trata de um arranjo, há um distintivo na Bíblia que, ou a garante como verdadeira, ou a estigmatiza como um dos mais absurdos livros ou coleção deles.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2021
Jornada Teológica de Ano Novo - 5 - Final - Redução ao absurdo
quinta-feira, 14 de janeiro de 2021
Jornada Teológica de Ano Novo - 4 - Um Deus e seus planos?
É radical e de uma vez por todas. Se a opção for por admitir que as Escrituras apresentam um Deus, que nela é único, e que se comunica com o ser humano, elas próprias são a primeira fonte de comunicação desse e com esse Deus.
sábado, 9 de janeiro de 2021
Jornada Teológica de Ano Novo - 3 - Um Deus nas Escrituras
Duas advertências neste terceiro texto desta singela, porém, repetimos, pretensiosa série. A primeira é para dizer que não vamos adentrar numa discussão exaustiva e de grande envergadura sobre a existência de Deus.
Vamos começar afirmando que a Bíblia, evidentemente, pressupõe a existência de Deus e se autoapresenta como uma primeira comunicação dele. Para citar um de seus autores, mais exatamente anônimo, na assim chamada carta aos Hebreus, diz que "Deus falou muitas vezes e de muitas maneiras".
A primeira frase das Escrituras, "No princípio, Deus criou os céus e a terra", aciona, a um só tempo, fé, ciência e comunicação: alguém, em nome de Deus, está fazendo essa afirmação.
E o que a Escritura está afirmando, pelo menos neste texto, não contradiz a ciência que, de si mesma, não sabe tudo sobre tudo e, sobre o universo, com detalhes, como surgiu. Ela tem suposições, por meio de seus métodos, hipóteses e teorias, mas não tem todas as respostas.
Então, para que não se torne estéril a discussão de onde supor a fronteira entre ciência e fé, é necessário partir do pressuposto de que cada qual trata de um objeto diferente de estudo. Cada qual com seu método: a ciência, se for o caso, perguntada ou se perguntando sobre Deus, embora não seja este um objeto específico dela para estudo, e a fé perguntando a Deus.
Para o Deus apresentado nas Escrituras, esta se constitui numa primeira comunicação a Seu respeito. Quem, nas Escrituras, fala sobre Deus ou quando, nas Escriruras está escrito o que Deus fala, elas estão se constituindo numa comunicação de Deus ao ser humano.
Nesta altura de nossa argumentação, faremos uma escolha, que será por optar, como já mencionados anteriormente, em verificar o modo como as Escriruras apresentam o Deus a Quem ela se refere e o modo como ela declara que ele se comunica.
Porque já existe nela pronta, de certa forma, sistematizada, por assim dizer, uma ideia sobre Deus. Aqui, em linhas gerais, vamos abordá-la para, então, decidir uma das seguintes opções:
1. O Deus das Escrituras, exaustivamente nela indicado, por suas variações textuais, indicadas as formas pelas quais se comunica com o ser humano é o único possível de ser crido como verdadeiramente existente;
2. Uma vez definido dar sua existência como provável, se vale ou não a pena procurar outro, em função de, por hipótese, da fraca evidência das Escrituras, e, por assim dizer, dar por encerrada a tarefa, até mesmo admitindo que, por uma "redução ao absurdo", as próprias Escrituras, por sua incapacidade ou imprecisão em conceder uma diretiva precisa a respeito da existência de Deus e Sua capacidade inquestionável de comunicação com o ser humano, elas mesmas, ao contrário, constituir-se-iam (com merecida mesóclise) numa prova de Sua não existência.
Portanto, terminamos este texto propondo verificar em que condições as Escrituras indicam um Deus e afirmam de que modo se comunica com o homem. Porque se ela puder ser desacreditada e, em que variados graus, isso puder ser levado a efeito, restará checar se, fora dela, vale a pena procurar por qualquer Deus e, se valer a pena, que pistas ela pode dar como válidas.
Jornada Teológica de Ano Novo - 2 - Como comunicar-se
No texto anterior estabelecemos o que chamamos axiomas, três deles, que passamos aqui a descrever, a fim de dar continuidade à nossa argumentação. Ah, sim, o assunto versa sobre a existência ou não de Deus. E os três axiomas se expressam como segue:
sexta-feira, 8 de janeiro de 2021
Jornada Teológica de Ano Novo - Três axiomas
Este texto, pretensiosamente, pretende discutir, afinal de contas, se o Deus possível tem mesmo alguma chance de existir, com possibilidade de ser acreditado por gente de certo nível e não somente o vulgo.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2021
Crónicas de Terê - 2 - Saúde e os entornos
As estadas em Terê poderiam ser referência para outras esticadelas, como a ida a Petrópolis, num desses dias mais ou menos chuvosos, para visitar a casa do Santos Dumont e até, ora vejam só, a casa do imperador.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2021
Crónicas de Terê - 1 - O Miudinho
O pequeno ap de Terê ganhou o carinhoso apelido de miudinho. O acesso à garagem, por carro, era subterrânea, tinha um quarto só e a cozinha, de tão miudinha, era a parte da qual eu me lembro menos.
Necrópole - X
Chegaram a casa. O assunto morreu no carro. Pelo menos, por hora. Era assim. Tácito entre eles. Não ficavam muito tempo discutindo a mesma coisa ou uma coisa só. Houvesse ou não houvesse polêmica, assim ensinaram aos garotos, quer dizer, à garota e ao garoto.
Mais para Sodoma do que para Nova Jerusalém
Vivemos tempo em que os textos bíblicos são questionados ao máximo. Claro que isso é cíclico. Portanto, não há novidade. Desde o Iluminismo se pratica, ou seja, há mais de 200 anos, e somente atualizam-se por que novos métodos e escolas, selecionadas quais partes das Escrituras e por quais motivos terão sua credibilidade questionada.
segunda-feira, 4 de janeiro de 2021
Necrópole - IX
Efusivos cumprimentos na saída. Ainda no corredor central, dentro da igreja, as pessoas se acercavam de Raul, cumprimentavam, abraçavam, davam tapinhas no ombro e na cabecinha do menino: "Que lindo!", "Gente, que corajoso", etc, nos comentários.
domingo, 3 de janeiro de 2021
Necrópole - VIII
O pessoal se reunia em conjunto, no templo, após a escolinha por classes. Era assim antigamente nas igrejas protestantes. Relatórios por classe, cada uma dizia um versículo, a de Raul recitou aquele "Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna", Jo 3,16, todos da classe repetiram em coro.
sexta-feira, 1 de janeiro de 2021
Necrópole - VII
Acordaram domingo mais cedo. Tomaram o café de sempre, porém mais apressados, porque ele detestava atrasos. Iam de carro mesmo. Fusca da família. Ganhariam o rumo contrário, porque era para dentro, para o subúrbio que ficava a igreja.
Necrópole - VI
Foi falar com o menino. Não foi no cemitério. O tempo urgia, eles iam na igreja do tio, resolveu prevenir o menino. Vamos tomar um sorvete. A mãe, dobrando a roupa lavada, ohou de solaio e adivinhou. A menina estava em casa de colegas.
Necrópole - V
Raul, o filho, nunca esqueceu esse dia. Porque olhou para o pai como se não entendesse que faltava ter falado sobre Deus. Claro que o menino havia ouvido falar fora de casa. Mas nunca da boca do pai. E a mãe achava que isso era assunto de pai. O menino perguntou sobre Deus. Foi? Claro. Quando eu disse que domingo vamos à igreja. Por que você nunca conversou com ele sobre isso?
Jornada Teológico-Natalina 5 - Final
Uma leitura honesta e competente da Bíblia, sim, ela mesma, também conhecida como Escrituras do Antigo e Novo Testamentos, escritos da tradição judaico-cristã, se assim você preferir identificar, como eu dizia, uma leitura honesta e competente dela vai revelar sua (dela) identidade (e claro, a sua própria, quer dizer, a identidade de quem lê). Para isso ela foi escrita.