Arsylene, filha desta, defronte
à Congregação de Madureira, 1952.
Minha vinda para o meu lar em Cascadura deu-se em 1979 no mês de Outubro. Eu morava em Nilópolis com a irmã Odessa de Carvalho Sezures. Pagava a metade do aluguel e metade da luz cada uma. Justamente por motivo de seu falecimento em março de 79 eu resolvi procurar o quarto para morar, pois eu não podia pagar o aluguel todo sozinha e também por ficar longe da Igreja. Eu falei com a Maria se podia ficar morando com ela. Ela falou com o João, e os dois concordaram com a condição de eu ajudar na despesa da luz. Esse pedaço onde eu moro, era um barraquinho de madeira, onde a igreja guardava algumas ferramentas. Maria falou com o presbítero Pedro Régis e o irmão Antonio Rocha, e estes levaram o assunto ao conhecimento do Pastor Maurilo, da minha dificuldade de vir sempre à Igreja. Então o caso foi levado à reunião de membros e aprovado por unanimidade fazer um quarto com cozinha e banheiro com o consentimento de Maria e João pegado à casa deles. Por isso estou morando aqui até que Deus determine outra coisa a meu respeito. Como foi combinado pago uma parte da luz. A minha vinda foi debaixo de muita oração, como testemunha está a tia Aurea Guerra Ferreira. Quando o quarto ficou pronto, a igreja ia fazer-me uma surpresa, esperando eu chegar no Domingo para entregar-me a chave, mas a tia Aurea foi quinta-feira almoçar comigo e me preveniu com medo que eu tivesse algum impacto, pois eu andava nervosa. Na verdade, foi bom ela avisar-me pois, na mesma hora, deixei o almoço na mesa e fui ajoelhar-me em prantos agradecendo a Deus por uma resposta tão rápida. Assim eu louvo a Deus com o Salmo 73:28. "Quanto à mim, bom é estar junto a Deus; no Senhor Deus ponho o meu refúgio, para proclamar todos os seus feitos". Para quem ler este caderno, saiba que realmente bom é estar junto a Deus, como o diz o Salmo acima citado. Ai de mim se não fosse a não desse Deus Maravilhoso a quem eu tenho procurado seguir. Falhas, erros, desacertos, pecados todos nós temos, inclusive eu também, mas Deus me tem livrado de todos os males.
Rio 18 de janeiro de 1987
Naura Ferreira Araujo da Silva.
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