sábado, 26 de setembro de 2020

O clã dos Loureiro - a verdadeira história

 Bem, falar sobre os Loureiro é muito gratificante. Cada membro da família, individualmente, assim como todo o conjunto da obra.


     Miriam, a matriarca (e põe matriarca nisso!) eu já conhecia antes dela ser Loureiro. Foi nossa professora, na classe de crianças, no porão da Congregacional de Cascadura. 

    Foi muito divertido. Aliás, Miriam é festeira. Deve ter herdado isso da original, irmã de Moisés que, bastou saírem fora do Mar Vermelho, caíram na maior festa, com dança e tudo. 

    As aulas dela eram com muito bom humor. A gente se divertia muito, achando-a fora do protocolo, do tradicional das outras, daí a nossa pândega carnavalesca divertidíssima em classe. 

     Mas com ela não tinha algazarra não. Botava moral mesmo. Era o lado nordestino da genética. Com ela não tinha esse negócio de filho de seu fulano não. Mexeu, o pau comeu. Pena que eu acho que foi um ano só. E até, se não me engano, saiu por causa dos preparativos do casamento. 

      E para casar também dizem por aí que a decisão foi dela. Os pais, numa de saber se devia ou não devia. Ela logo ajudou na decisão. Rola uma porção de versões, mas a história é esta:

      Loureiro vem de uma família de cavaleiros medievais europeus. Ele já chegou dizendo, ou vem ou racha. E imagina o tamanho da armadura, para a envergadura do cavaleiro! E Miriam? Claro que ela topou. 

    E avisou os pais. Seria uma liça nordestino-lusitana. A coisa saiu pelo lado diplomático e, desta forma, pelo signo da Santa Cruz, surge o novo clã dos Loureiro. 

     Pronto, fez-se a paz. E Miriam, a caçulinha abriu, na família, a temporada dos casamentos.

     Uma linda história de amor. Casal padrão, dele nasceu um casal de filhos. Magistral. A menina, com o temperamento ainda a se revelar, até pretendeu, um dia, por dizer, pôr as manguinhas de fora. Deixa de ser bobinha. 

    A matriarca pôs freio. A coisa era mais ou menos assim: batimentos com Mirinha, rebatimentos com o José, o cavaleiro de estirpe europeia. E haja coração. Houve. Estão chegando aos 50 anos de batidas, com esse mesmo coração, só por esse amor. 

     Imaginem a estrada percorrida. Não.  Não precisou raptar a dama e atravessar oceano, na rota inversa do descobrimento. Ficaram por aqui mesmo, espalhando bem querer, amizade, cuidado, atenção, carinho e amor, principalmente aos filhos, e a tanta gente à volta. 

     Eu sou testemunha e dou o testemunho. Meu filho nasceu em 21 de abril de 1994. Temia-se, não sei por quê, pela sobrevivência do menino. Mas a divina providência (seja louvado!) colocou o jovem casal a 5 min de carro ou 20 min de caminhada da Vila Valqueire, Poços de Caldas 200, o castelo da dinastia.

     O estágio do menino por lá nivelou, por cima, todas as calorias suficientes pelos próximos 25 anos. Agora, com 26, ameaçando casar, é que está sendo necessária uma reposição ocasional. 

     Tive o prazer de ser pastor da menina deles, por um tempo. Aliás, foi num dos retiros, no famoso Sítio Bom Pastor, na Estrada do Caçador, em Seropédica (veja que nome!) que as duas, ela e a prima, que a 1/4 de século e mais 2 anos é minha esposa, combinaram um trajeto mais longo, por uma tal cachoeira, e data dessa época a minha sedução.

     Eu, pastor das duas, nunquinha me passaria pela cabeça uma situação dessas. Pois é. Essa é a história. Mas o que prevalece, são as versões. Como aquela quando, um dia, em Cascadura, cheguei com uma eventual namorada, por assim dizer, a primeira. 

    Quem vinha pela passarela central do templo, ela e sua filha de 9 anos? Ela mesmo, Lourdes Benevides, a mana primogênita e conselheira vitalícia de todos os demais irmãos. Claro que eu, educada e, nessa altura, já coincidentemente, apresentei minha namorada.

      A sogra, quer dizer, a Conselheira disse muito prazer, para logo emendar a frase magistral que, sem me falhar a memória, tem 41 anos decorridos: "Prazer, mas não é você que vai casar com ele não, quem vai casar com ele, disse apontando, para baixo, é minha filha".

      Sorrisos amarelos. Cara emburrada da menina de 9 anos. E eu despistando a menina com um tapinha no ombro, liga não, Regina, brincadeirinha de sua mãe. E ela sorriu. Pois foi esse sorriso, 10 anos depois, o culpado de tudo. 

       Entrei para a família. E ainda tive o privilégio de casar Patrícia e Mário. Mais um filho na conta. Ele e o cunhado-irmão, Júnior Loureiro, não medem esforços nos cuidados com seus pais. Júnior é um presente de Deus.

      Destaca-se por sua diligência. Aquele tipo que adivinha a necessidade premente, atira-se a resolver e só descansa ao ter resolvido. Se para Deus o maior distintivo é a prestação se serviço, Júnior imita. Grande privilégio, tranquilidade e paz é tê-lo por perto.

     Loureiro, vocês são uma família linda, de todas as formas e por todos os lados. Nossa maior alegria é partilhar com vocês esses momentos. Eu, por exemplo, que acompanho a família Celestino, desde 1966, quando chegamos a Cascadura, reconheço toda a trajetória de bênçãos. 

      E bênção maior foi entrar na família. Fã de meu conselheiro na adolescência, o presbítero Jeconias, eu fui desde sempre. Fui acolhido, primeiro por Deus, como todos nós somos, e depois pela família que muito tem de especial, basta conferir por minha amada esposa Regina e os filhos que Deus nos deu.

      Linda história de amor! Parabéns ao Super-Herói transoceânico, Super-Loureiro, que não é Marvel, mas venceu todas as batalhas da vida.  A gente precisa do tipo de pessoa que você é, assim,  carne e osso, real e veridico, não imaginário. 

      Feliz meio século. Parabéns e grande abraço. Acreanos também vos saúdam. 

             

Nenhum comentário:

Postar um comentário