Aos 12 anos, fui para o Ginásio em outro colégio. Nova recomendação: ela tem um defeito, pode impressionar os colegas, em todo o caso, ela fica em experiência. Para surpresa minha e da diretora do Colégio, logo no primeiro dia de aula, uma das colegas pede para sentar-se ao meu lado, "posso, Naura?". "Claro que pode", respondi. Novos colegas, novos professores, todos amigos, sem nenhuma queixa deles. Embora com esses contratempos, consegui passar para o terceiro ano ginasial, sempre tirando 8, 9, 10. Era um orgulho, como dizia o Rev. Amâncio de Campos Cardoso, membro da Igreja Metodista de Cascadura: "escrever nesse caderninho de notas, só dá notas 8, 9, 10, não consigo dar um 0 zero". Passei o 1° e 2° ano ginasial com 10, distinção e louvor. Primeira aluna da classe, primeiro nome na lista dos que passaram. Fui levada nos braços do Diretor, do portão à sala de aula, onde a Diretora D. Maria José Cardoso me esperava de braços abertos. Essa mesmo que, ao princípio, dizia: "Ela tem um defeito, vai impressionar aos colegas". A quem devo essas vitórias todas. Em primeiro lugar, a esse Deus Maravilhoso. Este Deus que sempre esteve e está ao meu lado. Aos 13 anos, eu me abraço com minha avó e digo: "O que eu posso fazer para trabalhar na igreja? Eu quero trabalhar, fazer alguma coisa para Jesus". Ela responde: "Conversa com o Pastor e ele te diz". "Que surpresa agradável!", disse o Rev., de trabalhar para Jesus, como eu e a Igreja vamos impedir". Assim, fui levada à reunião de Presbíteros para algumas perguntas, das quais eu respondi satisfatoriamente. No dia 11 de setembro de 1932, para a minha maior alegria e de toda a Igreja, eu fiz a minha profissão de fé e batismo, dizendo que aceitava aquele mesmo Jesus que minha avó e minha mãe me ensinaram. Não me arrependo nunca de ter escolhido esse Meigo e Terno Jesus, que tem guiado os meus passos nessa dura jornada. No meio do ano do 3° ano ginasial eu desejei estudar música para tocar na Igreja. Mas como? Pagar o ginásio e piano não dava. Foi então que eu resolvi desistir do ginásio e passei a estudar piano. Com muitos contratempos, doença na família e outros motivos, consegui fazer 2 anos interrompidos. Em 9 de agosto de 1942, Piedade, por falta de organista, comecei a tocar. Permaneci nesta Igreja até 1952, saindo com um grupo de irmãos para fundarmos hoje a Igreja Evangélica Congregacional de Cascadura, onde permaneço, com a Graça de Deus.
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