1977
O avesso do avesso. Esse ano marcou uma virada numa vida digamos, até ali linear. Em termos acadêmicos, para utilizar o termo, cursei Jardim de Infância, em Nilópolis, 1963, primário, um começo numa escola da Av. Mirandela, lá também, e de 1964 a 1966, na Escola Paraná, em Cascadura.
Atropelado, em 1967, na esquina próxima a ela, ainda terminei a 5a série, para ingressar, já morando no Méier, na 6a série, em 1968, e no antigo ginasial, 1969-1972, numa escola primária geminada com o Ginásio Bento Ribeiro - UI, Unidade Integrada.
Por ter um amigo, colega de turma, Rogério, cujo pai, médico, conhecia o dono do Curso Martins, no Méier, começamos o preparatório para a Escola Técnica. Fizemos a prova no Maracanã, em fins de 1972, Português, Matemática, Química e Desenho, os famosos cadernos vermelho, amarelo, verde e azul, nessa ordem, minhas opções foram eletrônica, eletrotécnica e mecânica. Classificado nesta última, reclassifiquei-me para eletrotécnica, para início no 2o semestre de 1973.
Enquanto isso, cursei inglês, no antigo Curso Oxford, na Dias da Cruz, onde até hoje a galeria de lojas conserva esse nome, mas sem o curso, entre 1973-1975. Cheguei à escola técnica sem muita convicção do que seria um preparo profissional, do que seria "mercado de trabalho" como, mais tarde, meu pai mencionaria.
Um certo professor nosso, rigorosíssimo, diria meu pai, se vivo, arrochava a gente dizendo que não queria aluno cursando eletrotécnica para depois fazer letras numa faculdade qualquer. A profecia era para mim.
Já disse como cheguei à PUC. Fracasso duas vezes seguidas na reprovação em Matemática 0 e Física 0, em 1977 e 1978, aquela luta íntima contra o complexo de Jeca-tatu e mais a descoberta que o verniz de evangelho precisava da marca do sangue definiram o contorno desse capítulo de minha existência.
Esboçava-se o ano de 1978.
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