Jesus deveria trazer consigo já o nome desse amigo que haveria de preparar o cômodo onde se reuniria, pela última vez, com os discípulos.
Quando lemos o texto que prediz o cenáculo mobiliado e o burrinho já predisposto para a última entrada em Jerusalém, já adiantamos algo sobrenatural.
Nem precisava, porque Jesus tinha, e ainda tem hoje, muitos amigos anônimos, gente não declarada e até não religiosa que se prende a ele com profunda afeição.
Jesus antevia aquela última reunião. Num sentido, primeira reunião. Todas as seguintes seriam sem/com ele. A igreja é uma reunião sem/com Jesus.
Por isso esse permanente afã escatológico. Jesus está/não está entre nós. Apocalipse refere-se a Jesus como aquele-que-é-era-há-de-vir. Tudo junto.
A igreja, reunida a cada e em cada cenáculo vive no mundo presença/não presença de Jesus. Ele está/não está. Ponha a cara para fora da janela. Olhe esse dia que se inicia.
Viu? Saia, agora, porta afora. Saiu? Pode ser o último dia. Jesus está às portas. Se não for hoje, ao entardecer, que deve descer calmo, anunciando o fim, calma, fim do dia.
Durma, descanse, mas em prontidão. Porque amanhã pode ser o último dia. E se não for, continue vivendo essa expectativa: a cada dia mais próximos estamos da vinda definitiva de Jesus.
A igreja do cenáculo vive essa expectativa, de Jesus estar/não estar. Ela prenuncia essa volta. Enquanto isso, no mundo, principalmente para fora da porta, mostra a cara de Jesus.
Quem olhar na sua cara, veja Jesus. Quem sentir o seu perfume, cheire a Jesus. Quem sondar seu sentimento, tende em vós o mesmo sentimento que houve/há em Jesus.
Amém primo !
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