quinta-feira, 17 de setembro de 2020

1981 - dia D da Formatura

 1981

     Do culto, pelas fotos, lembro alguma coisa. Convidamos Jair Pintor, pastor paulista que pregou no dia. Seria, sem saber ainda, presidente da Junta Geral entre 1983 e 1985, tendo chamado o formando que vos fala para ser secretário executivo da denominação. 
     Em síntese, foi um homem à frente de seu tempo e, por isso mesmo, foi punido. Mas a história contará essa história. A Igreja Evangélica Flumienense, essa a mais antiga do Barsil, desde 1858, estava cheia, era na temporada das formaturas que, em função de abrigar o STCRJ, no seu prédio anexo, sempre patrocinava. 
    Igreja cheia, turma clássica, 1978-1981, que incluía Paulo Leite e Carlos Cunha, meus companheiros de nota alta no hebraico de d. Beth Bacon, este último homônimo do célebre Carlos Cunha dos anos 60, outro homem à frente de seu tempo, que também foi punido.
     As meninas, incluídas Márcia, Eponina, Edêmia, entre outras, a primeira dessas companheira na minha infância na congregacional em Nilópolis, ainda no início da década de 60. Casou com o colega de seminário, pastor presbiteriano,  Miguel. 
    Na foto, entrando com Dorcas, estampado o sorriso multi-feliz, pelo filho único, quarto parto, que teve com o pastor batista, que agora terminava o seminário com a promessa de ser pastor, mas ainda não sabia. Era toda alegria, para todos à volta e para todos os lados. 
     O terno era um que eu tinha, até apreciava muito, acho que de linho, cor creme, certamente escolha dela, muito provavelmente comprado especificamente para o dia. O terno não sabia também que, daí a uns 6,5 anos, o formando usaria só a calça para um dos mais marcantes encontros com a namorada e futura esposa, numa ida à Barra e retorno pelo Alto da Boa Vista, no RJ.
     Saudade de um dos ternos que me assentava muito bem. Acho que comprado na Casa Tavares, no Méier, bem ali, geograficamente do outro lado (da linha do trem), como se dizia. E me lembra outro que ganhei, agora talvez 1,5 ano depois, quando já estava na UERJ, e atendi o amigo de todas as horas, Paulo Leite, com ajuda financeira de economias que guardava não me lembro para quê. 
      Foram úteis para socorrê-lo, a preços módicos de retorno e, quando disse que desistisse de pagar o restante, resolveu me dar de presente um terno, também de linho, azul escuro claro, deu para entender?
    Algo de que a gente sente saudade com gosto são os ternos. Esses dois,  usei muito. Ternos afetos de misericórdia. Não resisti ao trocadilho.

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