quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Desbravadores 2

 

      O livro “Desbravadores do sertão: gringos e sertanejos – a inserção do Protestantismo no Nordeste do Brasil” cobre 80 anos em três Estados, retratando arrojo, desafio e inevitável desejo de imitar a história. Somos colocados dentro da narrativa, como em Atos, pelas "testemunhas oculares", pela vivacidade e realismo com que nos é apresentada. 

 

     Pastor Bernardino percorreu o cenário da ação, entrevistando descendentes desses heróis de fé, correspondendo-se com d. Brenda Forsyth, do outro lado do Atlântico, como num diálogo, do qual também participamos. Ampla bibliografia e notas são uma coletânea à parte, de rica informação, indicando os fatos históricos associados a essa epopeia sertaneja.

 

        Vamos conhecer Andrade, da geração de Kalley, na origem da igreja Pernambucana, os Kingston, no final do séc. XIX, os que vieram, no início do séc. XX, pela Help for Brasil, fundada por d. Sarah, e a turma posterior que a UESA enviou.

 

       Nomes como Briault, Haldane, Glass, Belah, Davidson enfrentaram risco de vida, com os parceiros sertanejos, como Antônio Neto, José Doroteia e Sifrônio, a quem falaram de Jesus, em pregação pioneira do evangelho. A saga dos Forsyth é contada por eles mesmos, com entrevistas, cartas e relatos.

 

        Vamos entrar na Igreja depredada em pleno culto, saber do patrício morto pelo golpe que mataria o gringo e do industrial alemão que prendeu os panfleteiros do evangelho. E andar num Ford 1930, no agreste nordestino, em estradas que só existiam no mapa, além de aprender como descansar no lombo das montarias, dentro de um alagado. 

 

         E o mais relevante, o evangelho no cara a cara, atrasando o almoço: o patrão inglês, absorto e esquecido, falava de Jesus a um grupo, na feira nordestina. A leitura de Desbravadores, certamente, terá um efeito colateral, sinceramente esperado, por relatar uma história viva, de um evangelho sempre atual e renovador.

 

        É certo que vai despertar novas vocações, porque o Senhor de todos esses caminhos e da obra a ser realizada carece de vocacionados, pedindo que participemos orando por obreiros, mas também indo, desprendidos, trilhando esses mesmos caminhos

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