quinta-feira, 31 de outubro de 2019

1977 - Culto em Ações de Graça Ministério Pastoral na Igreja Batista em Seropédica - 3


Laranjais, onde Cid fez
baldeação (troca de trens),
para pegar a composição 
que vinha de Campos. 
Veja a história desta Estação no link
abaixo deste texto:


8. VINDA PARA O RIO DE JANEIRO. Deu-se a 24-4-34, em companhia do tio HENRIQUE GONÇALVES DE OLIVEIRA e sua esposa MARIA JOSÉ, filha de Joaquim Isabel (Na intimidade Juca Isabel) que estava morando no Rio, na Vila Castinha na então Estação do ramal Leopoldina, Olaria, hoje Pedro Ernesto. Era aquele homem dado ao vício alcoólico. Logo depois de 2 ou 3 dias da chegada do menino Cid, ao Rio, dirigiu-se a ele nos seguintes termos: "Oh, rapazinho, aqui no Rio, só não trabalha quem não quer! Há empregos para todos! É só você comprar um Jornal do Brasil amanhã e logo encontrará um emprego para você trabalhar." O que foi feito no dia seguinte, e o emprego foi encontrado num armazém de secos e molhados, na Vila Cruzeiro, junto à Penha. Assim começando a sua peregrinação em terras cariocas, passando por diversos empregos, nos seguintes ramos: armazéns de secos e molhados, quitandas, pensões, restaurantes, armarinho, chapelaria, sapataria, escritório, fábrica de tecidos etc... e até guia de cego foi (um dia só mas foi...).

9. Quando peregrinava através dos empregos mal remunerados, sem família, sem o carinho doméstico, provindo do ambiente familiar tão do seu feitio, da sua natureza sentimental herdada dos seus ancestrais. Uma coisa caracterizava o humilde menino, anônimo, como diluído em meio das multidões de um grande centro: nunca abandonou a sua igreja... Mesmo nos momentos de extrema fraqueza, não admitia deixar a igreja militante do Senhor Jesus. À medida que ia trabalhado e frequentando as igrejas evangélicas das diversas denominações, ia também descobrindo que nada sabia... Os seus olhos iam se abrindo gradativamente, enquanto os dias corriam e a sua idade ia avançando em anos.
         Num grande centro, como o Rio, era semi-analfabeto. Porém para a sua terra natal era um sábio. Há um ditado que afirma que: "Na terra de cegos quem tem um olho é rei!" Seu pai quando o colocou na escola, disse-lhe basta você aprender a ler, escrever e contar é o suficiente. O contar aí significava somente a feitura das quatro operações de números inteiros. O escrever era juntar uma letra do alfabeto a outra, sem nenhuma noção de gramática, história do Brasil e geografia. Era só isso aí, irmãos!
     Mas um belo dia... (to be continued).

    "Alaor Eduardo Scisínio afirma no seu livro Itaocara, Uma Democracia Rural, de 1991, que "O Engenho Central Laranjeiras criou e extinguiu uma linha férrea de passageiros e carga ligando a sede da Usina ao Valão do Barro, no município de São Sebastião do Alto, passando por Estrada Nova". Veja a história no link abaixo:

http://www.estacoesferroviarias.com.br/efl_rj_cantagalo/laranjais.htm

Porque é 31 de outubro

"Ecclesia Reformata et Semper Reformanda est” . Gilbertus Voet  (1589-1676)

      Esse teólogo reformado holandês concorda com o Apóstolo Paulo, que escreveu: "E vos renoveis no espírito da vosso entendimento". Efésios 4:23

       Reforma não deve ser vista como revanche. É claro que ela teve seu momento histórico e todos os condicionantes de época. Mas o seu espírito é condizente com a ideia de missão, identidade e finalidade da igreja. 

      Esta é concepção de Jesus. Edificarei a minha igreja, Jesus disse. Quem quiser ser dono da igreja, falseou a ideia original. Mas ela é composta por homens, específica e genericamente falando. 
    
        Portanto, haverá avanços, recuos, erros e acertos. Por isso a sentença "igreja reformada sempre se reformando". Ora, se a Bíblia mesma afirma que Jesus "crescia em sabedoria, estatura e graça" e que ainda "aprendeu a obedecer" mesmo e precipuamente pelo que sofreu, como não a própria igreja não terá essa experiência?

      Qual igreja? De que tipo a igreja? Aqui vão entrar as reivindicações de autenticidade exaustiva e reincidentemente requeridas. E a costumeira discussão sobre quem tem o selo de marca. Ora, o selo é o Espírito, que Jesus ensinou a Nicodemos que vem, vai ou venta onde quer. 

      A Igreja está no mundo. Deveria estar nas ruas, boêmia, como Jesus sempre esteve encarnado. Por razões históricas, que se institucionalizasse, até, mas que não tentasse nunca aprisionar o Espírito em suas celas.

     Mas Jesus nas ruas não significa encontrá-lo e sair o mesmo, como aquele jovem rico, cioso de guardar todos os mandamentos, mas o amor, o único, demonstrou não querer como opção para a sua vida.

      Ninguém encontra Jesus e sai o mesmo desse encontro. E não se trata de ortodoxia ou um banho galvanizado de qualquer pensamento, filosofia ou ideologia de ocasião. A metanoia de Jesus tem a marca de autenticidade dEle. 

      Tem um lado místico sim. Se Jesus, que derramou o Espírito, como Pedro atestou na primeira pregação após a ressureição do Cristo, não batizar no Espírito, como João, o Batista, atestou que somente Jesus faz, pode até haver reinvidicação legal de pertença a uma igreja qualquer, mas não haverá selo de autenticidade. 

      Jesus é o Senhor da igreja. Isso não é reivindicação de senhorio político ou legenda de exclusão. Não. É marca de autenticidade. O grupo que anda com ele. O grupo marginal, que seja, dentro do tecido social, ainda que autêntico, que decidiu chamar-se por esse nome, associado a Cristo. É mais roda que instituição. 

     Sem placa. Sem nome. Chamada igreja. Ou a reforma preserva a identidade e prevalece a marca de presença do Espírito. Ou a placa, o nome barato que seja, até às vezes carismático, que a ela emprestaram, ou outros ricos em sinônimos galácticos, mundiais ou siderais, roubam a sua identidade.

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

1977 - Culto em Ações de Graça - Ministério Pastoral na Igreja Batista em Seropédica - 2

Despertamento  religioso  e conversão  do                                   menino Cid.
Ponte Nova, Vila Cambiasca 
a partir de 31-12-1943,
Distrito de São Fidelis 

       - Após a morte de sua mãe, a 5-11-931, deu-se a sua conversão pela leitura da Bíblia, a qual lia até altas horas da noite, sob a luz da lamparina a querosene.  Seu pai muitas vezes lhe dizia: "Menino vá sentar-se, v. acaba ficando cego ou louco de tanto ler a Bíblia. Você é ainda muito criança para isso." - Foi com a leitura da Palavra de Deus que se converteu ao Evangelho do Senhor Jesus. Quantas vezes chorava ao lê-la, especialmente ficou muito pesaroso ao ler o Novo Testamento no texto que relata as três negações de Pedro a Jesus na noite de prisão; e chorou amargamente pela tradição de Judas, comparecido pela sua cruel sorte de trair o Filho de Deus. Deu o seu 1° passo ao ouvir as pregações de um pregador leigo, chamado Pedro Souza (já falecido), perguntando-lhe como devia proceder para ingressar como membro de uma Igreja Batista. Depois de ter dirimido em conversa com aquele irmão algumas dúvidas doutrinárias, deu sua pública profissão de fé e foi batizado. Quando se apresentou para dar sua profissão de fé, o irmão diácono Barroso tomou a palavra (seu nome era José Barroso e já morreu, como membro da I. B. do Méier, há alguns anos atrás) disse: esse menino ainda é muito pequeno para ser batizado (nota-se que tinha treze anos), mas após toda a sua palavra de profissão de fé, a igreja votou unanimemente pela sua aceitação para o batismo, o que ocorreu a 24 de abril do ano de 1932.
           A Igreja Batista que o recebeu como membro ficava no 7° Distrito (naquele tempo de nome Ponte Nova, hoje Vila Cambiasca) a 15 km de distância da residência dos pais do pastor. Ia uma vez por mês a sua igreja para assistir à Escola Dominical, Pregação do Evangelho, Assembleia Administrativa e Ceia do Senhor. Nos demais domingos assisitia à E. D. da Congregação da Igreja, que funcionava na casa do diácono Joaquim Batista (já falecido).
         Veja abaixo, link sobre a história e evolução do vilarejo de Ponte Nova:

https://www.saofidelisrj.com.br/por-dentro-da-historia-com-evando-freitas-conheca-a-historia-de-cambiasca/

Tio Cid -1977 - Culto em Ações de Graça - Ministério Pastoral na Batista de Seropédica

Dados biográficos ligeiros, do nosso Pastor:
   Fui encarregado pelos irmãos da "comissão de programa de culto" de ação de graças a Deus, pelo ministério pastoral entre nós do Pastor Cid, de organizar uma pequena crônica em torno de sua vida preciosa sob todos títulos para nós, crentes desta igreja. Ei-la pois, dentro de minhas possibilidades. Não pude fazer algo mais bem concatenado, pela razão de a ideia ter surgido muito próxima deste programa, e não houve o tempo necessário de coligir os dados necessários a este trabalho. Razão pela qual peço-lhes desculpas de antemão, pelas falhas desta pequena crônica. 

1. NOME: CID GONÇALVES DE OLIVEIRA
DATA NASCIMENTO: 21-8-1918
Natural do Município de São Sebastião do Alto pelo nascimento, e Itaocara pelo registro civil, pela razão que mais a frente os irmãos virão entender. 
SEUS PAIS: ANTÔNIO GONÇALVES DE OLIVEIRA e ADALGIZA BARCELLOS DE JESUS. 

1. É o 6° filho de uma família de 11. Sendo que três mortos e oito vivos. Sendo que quando nasceu e ao chegar à idade da razão lhe foi explicado pela família que as suas 1as irmãs haviam falecido, ainda bem tenras na idade. Desprezando as duas referidas, a ordem dos demais, é a seguinte: José, Djanira, Maria, Cid, Jani, João Batista (falecido com 1 ano e meio de idade, mais ou menos), Mário, Nadir e Isaias (pastor batista da Igreja em Caramujo, Niterói).

2. Os pais são falecidos. Sua mãe a 5-11-931 (do parto daquele filho que hoje é Ministro do Evangelho, pastor há quase vinte anos). Seu pai faleceu, em 1957, precisamente a 2 de julho na casa de seus sogros, uma vez que a esposa do pastor naquela época estava de resguardo do parto de seu filho Cid Mauro, hoje com 20 anos. O avô ainda o viu, quando recém-nascido e ao segurá-lo nos pezinhos, disse que tinham as marcas da família!

3. Teve o Pastor Cid uma infância normal de um menino de modesta família, economicamente falando, mas honrada e temente a Deus. Quando contava seus dois para três anos era muito gordo e gostava muito de um tio que se chamava Henrique (falecido em 1955) porque lhe tratava com muito carinho, trazendo-lhe sempre balas e biscoitos quando chegava de Valão do Barro, onde ia a negócio, montado no seu belo animal, sempre de boa qualidade e bem arreiado. Ao correr a sua frente para abrir a porteira (é o nome dado aos portões de pastos de animais no interior), às vezes tropeçava e caía, engolindo o fôlego. Aí era necessário um socorro urgente e a terapêutica era uma boa palmada, com o que logo recobrava a respiração normal. 

4. Seu pai e tio eram sócios na produção agrícola e na criação de gado na "Fazenda Boa Vista", situada, então, no Valão do Barro, 2° Distrito de São Sebastião do Alto. Mas, por questão de desacordo no contrato com o proprietário, resolveram comprar um sítio num lugar distante, no Município de Itaocara - 4° Distrito Jaguarembé -, onde viveram a maior parte de sua vida. Nele (sítio, numa localidade chamada Farope) morreu sua mãe a 5/11/1931 (do parto daquele seu filho que recebeu o nome de Isaías e hoje é pastor da I. B. em Caramujo, Niterói, como foi dito atrás).

5. Com a mudança dos pais de um lugar mais adiantado para um outro mais atrasado, dificultou a criação dos filhos, já acostumados com a Esc. Dominical da I. M. do Brasil, bem assim como escolas públicas próximas, o que não acontecia na nova localidade da nova moradia. Para que os irmãos tenham uma ideia, o pai do pastor só o registrou no cartório do registro civil, quando já no Rio de Janeiro, com 15 anos de idade, precisando do documento para a obtenção da carteira profissional, do Ministério do Trabalho. 

6. Desde os seus 7 anos de idade, quando chegava da escola primária, aliás muito precária naquela época naquelas paragens do interior do nosso Estado, o pai o colocava a capinar na roça de milho e feijão, o que levava o menino Cid e inventar uma "dor de barriga" ou uma desculpa de sol quente ou chuva fria, para não ir capinar. O que levava o pai a dizer: "Oh menino deixe de ser malandro.  Seu avô me ensinou a trabalhar muito cedo o que quero é fazer o mesmo com você". Aí, nessa altura, interveio sua mãe D. Adalgisa, - "que nada, esse menino não irá dar para roceiro! Meu filho será um pastor, um pregador do Evangelho do Senhor Jesus."
       (A saga continua - e como continua!)

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Tributo a dois amigos

       Ora, quem é o Cosmo? Para começar, a pergunta não é quem "era". Está correto perguntar quem é. Porque quem é crente um dia não foi, mas depois de crer, sempre é. E o nome disso é vida eterna em Jesus. Isso que Cosmo anunciou enquanto esteve aqui.
      E o conheci no contexto do Seminário Kerigma. Este um lugar de sonhos, de chamados e de vocações. Onde se aprende a divulgar a fé e a ensinar do que o evangelho é capaz.
     Companheiro presente de Nira. Ah, se tivéssemos as gravações de tantas desavenças. Santas desavenças! Tínhamos de pôr freios no Cosmo. Ele queria abraçar o mundo. Era bem o tipo dele. 
     Saímos num circuito de igrejas convidando pessoas para estudar no Seminário. Para nós, isso era (e sempre será) essencial. 
     Nesse mister, remávamos contra a maré. Maré de brasileiro mané que, ou não gosta de estudar, ou acha que, para ser pastor ou obreiro que o valha, o Espírito vai dar cola, quer dizer, soprar no ouvido a inspiração. 
     Cosmo não pensava assim. Avançava. A gente tinha que pôr freio. Para ele, o Kerigma estava lá adiante. Era muito gozado revirar a papelada que ele trazia em suas pastas. Para ele, elas garantiam, o Kerigma era como se fosse uma Universidade de Teologia.
     Calma, Cosmo: calma. A gente dizia. Rapaz, não pode dizer que é seminário reconhecido, Cosmo, porque não é. Aí ele brandia a papelada, para lá e para cá e eu, depois, tinha que consertar a fala dele. 
     Sempre com cuidado para, ao mesmo tempo, não desacreditá-lo e não confirmar todo esse fôlego que a gente ainda não tinha. Por ele, éramos medalha de ouro.
     Mas Cosmo foi medalha de ouro. Enquanto esteve conosco, viramos mundo. Levou-nos a todo o canto, com seu ânimo, disposição e convicções. 
     Sempre o sorrisão, do tipo que se faz com todo o rosto, fechando os dois olhos. Até nisso, igualzinho a Nira. Sujeito empolgado. Por ele, estávamos aí até hoje. Nira, alma do Kerigma. Cosmo, motor. 
      Uma história que precisa ser contada. Cada aluno tem seu enredo. Cosmo bem representou esse ideal, como se fosse um modelo, uma matriz do seminarista: empolgado no desejo que reunir muitos mais que quisessem. 
     Para ele, era precioso estar naquele lugar. Para ele, precisava que fosse maior, que fosse bem grande, que o reconhecimento fosse bem longe. Acho que Cosmo, como poucos, entendeu. 
     Que, para bem servir ao Senhor, é necessário um excelente preparo. Um dia, quando um grupo significativo de gente começar a pensar como ele pensou, haverá procura, zelo redobrado e bom preparo de obreiros. 
      Esse também é um sinal de avivamento. Para que tantos, como hoje, tristemente se vê, não falem tão mal preparados, tão contraditórios em relação à Bíblia e com tão pouca sabedoria e autoridade. 
      Seminário Kerigma agradece ao Cosmo, símbolo de seu ideal, e a Nira, que não sei de onde trouxe esse amigo precioso. Cosmo, vingou a semente que você ajudou a plantar. Que o bom Deus a faça brotar, para que muitos reconheçam a importância das escolas de profetas. E não finjam preparo, mas sejam como um Paulo, Timóteo ou Cosmo na vida.

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Essa(s) foto(s)

    Dessas situações que a gente não pode deixar passar em branco, como usualmente se diz. Memórias dos dias iniciais daquele Janeiro de 1995.
      Reporto-me ao ap do Campinho, RJ, onde eu e minha, na época, recém-consorte, a essa altura, já havíamos completado 2 anos de casamento e já havíamos decidido mudar para logo ali, no Acre.
     Nesse meio tempo, eu havia visitado Rio Branco, em agosto de 1993, e nós dois retornamos em outubro do mesmo ano. Agora estava marcada a minha saída para a madrugada daquele dia. 
     Mas a noite anterior foi tumultuada. Eu precisava terminar a tese de mestrado, deixando-a pronta para a encadernação, como os papéis e pagamento prontos para Regina levar tudo à PUC/RJ, ali na Gávea. 
     Falhou. Não saímos, então, na madrugada do dia AC, ou seja, da saída num Gol 1.000, aquele mesmo, de carroçaria quadrada, ano 1995.
     Usei o dia inteiro para ultimar os trâmites e, por volta das 15h da tarde, atraso que não chegou a 12h, saímos, literalmente, eu e Paulo Leite, para o Acre, e Regina para a PUC, sem trocadilhos, na Gávea. 
      Carro novo. Eu tentando amaciar o motor. E o companheiro de viagem reclamando ao meu ouvido. Numa das paradas para abastecimento, cristãmente, resolvi compartilhar a direção. 
   E, após um cochilo ou outro, fracassada a tentativa de cuidar do amaciamento do motor, como recomenda o fabricante, vimo-nos ao largo de São José do Rio Preto, SP, a cerca de 840 km do Rio.
     Ali pernoitamos, para chegar, dia seguinte, a Cuiabá, MT, a quase 1090 km. Pudemos ganhar, em relação ao dia anterior, esses quase 200 km a mais, em função da saída ao amanhecer. 
      Seguimos debaixo de chuva, saindo de Cuiabá, para pernoitar, desta vez, sem muita certeza, eu acho que em Cacoal, RO, a uns 980 km, o que nos colocou a essa mesma distância de Rio Branco, nosso destino. 
     Uma vez chegados, após justíssima parada no orelhão do Itaú, para avisar Regina, sentamo-nos numa calçada ali pela Av. Ceará, defronte ao Tribunal de Contas do Estado, para entrar em contato com alguém que nos guiasse, pelas ruas, até o Tancredo Neves. 
     Num tempo ainda sem os telefones móveis, a vizinha de Nelson terá recebido o telefonema e fomos guiados até à porta da casa dele. 
      E a(s) foto(s) acima (e abaixo) resume(m) tudo o que seguiu, com a posse do novel missionário, esposo e pai, nem tanto novo pastor, visto que, em 2 de janeiro desse mesmo ano, comemorava 2 anos de casado e 12 anos de ministério. 
     Lá se vão quase 25 anos aqui. A idade do menino que veio, semana seguinte, com a mãe, aos 8 meses. 
      Se a data da foto fornecida por Nelson Rosa é 14 de janeiro, foi entre 10 e 17/01, data provável da chegada de Regina e Isaac, que a história tem começo.




quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Simples assim

    Eli Shukron, arqueólogo israelense afirma, peremptoriamente, ter encontrado o lugar onde Abraão ofertou a Melquisedeque: v'hu' cohen l''el "elion, no hebraico, quer dizer "e era sacerdote do Deus altíssimo", Gn 14,18. 
       Eli descreve o aparato despojado do local. Uma pedra como mesa, uma canaleta para escorrer as sobras do sacrifício, fosse sangue ou a gordura, e mais nada.
      Confirmado ou não o local, o que importa é a simplicidade e o despojamento sugeridos. Ele destaca que "em outros povos como no Egito e Mesopotâmia, a adoração era feita em templos, com ouro e ídolos, mas apenas os hebreus usavam pedras".
       E acrescenta: “A pedra é a casa de Deus, não há ouro nem diamantes, tudo é simples, é o que Deus quer que sejamos, simples. É fantástico. Por quê? Por que razão? Para nos conectar com Deus”, declarou Shukron.
     O mais importante foi a dimensão do encontro. Entre os dois e deles com Deus. Não que o Altíssimo os esperasse ali. O lugar, mesmo despojado de regalias, ainda não era o mais importante.
     Histórias antes desta já haviam definido o diferencial: andar com Deus. Esses dois homens andavam com Deus. Seu encontro celebrava essa parceria.
     E Abraão, em processo de ser declarado patriarca, "pai do povo", aplicou a si o principio destacado aos filipenses: "considerar o outro superior a si mesmo".
      Todos somos sacerdotes do Deus Altíssimo. E dar o dízimo significa que nos demos a Ele que, antes ainda, havia se dado por nós e em nosso lugar na cruz.
    Vivamos para ele, porque vivemos por ele, e ele morreu "para que os que vivem (por ele) não vivam mais para si mesmos". Simplicidade e despojamento.
    Simples assim. A comunhão é assim simples e despojada. Mas foi conquistada a preço de sangue. A canaleta, pela qual escorreu sangue e óleo.

terça-feira, 8 de outubro de 2019

    Eli Shukron, arqueólogo israelense afirma, peremptoriamente, ter encontrado o lugar onde Abraão ofertou a Melquisedeque: v'hu' cohen l''el "elion, no hebraico, quer dizer "e era sacerdote do Deus altíssimo", Gn 14,18. 
       Eli descreve o aparato despojado do local. Uma pedra como mesa, uma canaleta para escorrer as sobras do sacrifício, fosse sangue ou a gordura, e mais nada.
      Confirmado ou não o local, o que importa é a simplicidade e o despojamento sugeridos. Ele destaca que "em outros povos como no Egito e Mesopotâmia, a adoração era feita em templos, com ouro e ídolos, mas apenas os hebreus usavam pedras".
       E acrescenta: “A pedra é a casa de Deus, não há ouro nem diamantes, tudo é simples, é o que Deus quer que sejamos, simples. É fantástico. Por quê? Por que razão? Para nos conectar com Deus”, declarou Shukron.
     O mais importante foi a dimensão do encontro. Entre os dois e deles com Deus. Não que o Altíssimo os esperasse ali. O lugar, mesmo despojado de regalias, ainda não era o mais importante.
     Histórias antes desta já haviam definido o diferencial: andar com Deus. Esses dois homens andavam com Deus. Seu encontro celebrava essa parceria.
     E Abraão, em processo de ser declarado patriarca, "pai do povo", aplicou a si o principio destacado aos filipenses: "considerar o outro superior a si mesmo".
      Todos somos sacerdotes do Deus Altíssimo. E dar o dízimo significa que nos demos a Ele que, antes ainda, havia se dado por nós e em nosso lugar na cruz.
    Vivamos para ele, porque vivemos por ele, e ele morreu "para que os que vivem (por ele) não vivam mais para si mesmos". Simplicidade e despojamento.

  1.     Simples assim. A comunhão é assim simples e despojada. Mas foi conquistada a preço de sangue. A canaleta, pela qual escorreu sangue e óleo.