sábado, 12 de setembro de 2020

1978 - ano 1 no Seminário

 1978

    Assim iniciei no Betel. Acho que fiquei lá por umas duas ou três semanas. Bateu uma bruta vontade de procurar o nosso seminário, quer dizer, o congregacional, no Edifício Kalley, anexo à Igreja Evangélica Fluminense. Doce lembrança de ensaiar "Maravilhosa Graça", lindo hino, com uma não menos maravilhosa anciã de que não lembro o nome.
    Ao meu pai eu disse o mesmo que ao pr Amaury. No seminário congregacional estaria mais próximo à liderança denominacional, porque quase havia total equivalência entre ela e o quadro de professores. 
     E no formulário de matrícula, no item que perguntava as razões de ingresso, deixei bem claro que o que me movia era o interesse puramente acadêmico, visto que era professor de EBD, líder de jovens, eventual pregador, até, porém pastor, jamais. 
     O ano seria de uma total dedicação, de um esforço monumental para superar as inéditas reprovações nas disciplinas zero, mesmo porque o curso era tempo integral,  manhã e tarde, à noite pegando o 176, E. de Ferro-Gávea, para me deslocar ao Centro, sempre descendo no Lgo da Carioca, para evitar o engarrafamento, aproveitando para dar uma passada no Bob's da Visconde de Inhaúma, comprar um cheese, degustar deliciosamente pela rua, até alcançar Mal. Floriano e dobrar na Alexandre Mackenzie.
      No 60, tomar um cafezinho do Presb. Samuel, visto que o cheese fora comido a seco. No recreio haveria mais um café, desta vez com as célebres rosquinhas. Ao final da aula, trem da Central, em companhia de Paulo Leite, chegar a casa e saborear, antes de tudo, a sobremesa de Dorcas, geralmente doce de banana ou uma invenção dela, o banacau, cocada de banana feita com Nescau, enquanto esperava a janta esquentar. 
     Essa era a ponta do iceberg. Dentro, o torvelinho, mais intenso, à medida em que verificava que 1978 seria, na PUC, idêntico a 1977.

Nenhum comentário:

Postar um comentário