2. Não sou mais eu quem vive
3. Cristo vive em mim
4. Este viver que agora tenho na carne, vivo pela fé
5. No Filho de Deus que me amou e a si mesmo se entregou por mim.
1. Algumas declarações permitem compreender o que significa dizer isso:
1.1. Para além do sentido literal, configura -se a realidade do batismo no Espírito, que permite compreender (e praticar) a realidade dessa afirmação;
1.2. Não é uma afirmativa retórica, aplicada por Paulo somente a si mesmo, mas é a identidade de todos e quaisquer convertidos, alcançados pelo evangelho em todas as épocas;
1.3. Iguala e equivale a todos diante de Deus: ninguém pode dizer que precisa menos ou mais da cruz. Todos dela precisam e por ela são socorridos no perdão dos pecados por igual, todos no mesmo nível.
2. Mortos e ressuscitados em Cristo, não existe vida senão passando pela cruz:
2.1. Desde o Gênesis a Bíblia indica como a morte passou a todos os homens. Mais do que a morte física. Esta só existe para dar fim a existência humana, já submetida pela morte espiritual;
2.2. "Eu viver" significa "estar morto" em delitos e pecados (Efésios). A vida que brota a partir da nova criação em Cristo, a partir da regeneração agora tem o DNA de Deus que, na cruz, mistura-se a nós, para que nos misturemos a Ele;
2.3. Carregamos no corpo o morrer de e em Jesus. O Espírito implanta em mim essa nova vida e viver em Sua plenitude significa crucificar a carne e ressuscitar em espírito: sem pensar que nesta expressão se esteja proclamado uma dicotomia.
3. A nova vida tem a marca de Cristo:
3.1. Significa dizer que as marcas do caráter de Cristo estão agora vivas em mim e são a nova matriz de meu caráter. A relação minha com Deus tem Cristo como meio e modelo, de maneira que suas virtudes sejam vistas em mim;
3.2. Significa dizer que esta é a única forma de comunhão com Deus e efeito único do evangelho em minha vida e na de qualquer um que crê. Ser igreja é ter essa identidade e o testemunho de Cristo, no mundo, está explícito na igreja assim entendida;
3.3. Não que se confundam as duas pessoas. A Pessoa de Jesus em mim habita pelo Espírito. E o que aparece, de minha própria personalidade, espelha Cristo, a obra dEle em minha vida e reflete a glória de Deus, na mesma proporção da comunhão de Jesus com o Pai.
4. Viver pela fé:
4.1. Primeira coisa que não é: salto no escuro. Ridícula a timidez do crente em avaliar que crê num absurdo ou em algo in(mal)definido. Fé são olhos abertos, cegueira desfeita e retirada a venda com que satanás cobria os olhos;
4.2. Fé é firme fundamento, que se cava para dentro da Bíblia, para descobrir, com clareza, pela palavra, termos e terminologia da fé, porque a fé vem pelo ouvir e ouvir a palavra de Deus;
4.3. Cavar também para dentro de si mesmo. Fé é entender que estamos nus diante de Deus. Crer é entender que o Espírito, diante de quem nem Deus tem segredos, sonda e nos conhece, revela e nos convence do pecado, sensibilizando-nos para a conversão.
5. O Filho de Deus:
5.1. Amou. A expressão do amor de Deus é ter-se a Si mesmo se feito homem, pôr olhos em nosso pecado e não poupar a Si mesmo, entregando-se à e na cruz;
5.2. Jesus é autor e consumador da fé. Não há outra maneira de ser. A fé ilustra a razão e não o contrário. Também é consumador, na história, por toda a humanidade, assim como na individualidade de cada um que crê;
5.3. Se não for pela entrega do Filho, primeiro esse movimento, de encontro à minha necessidade específica, não há como qualquer um obter resposta. Primeiro o Filho se entrega pelo meu pecado. Então vem minha reposta, por fé, a essa graça.
Conclusão
Estar crucificado com Cristo é ter e ver em si mesmo cumprido todo o propósito de Deus. Ele jamais poderia salvar o que crê por modo remoto. Por tecnologia digital. Por download de um programa qualquer. A Bíblia fala "morte, e morte de cruz". Terá de dizer "estou crucificado com Cristo". Não é retórica. É batismo no e pelo Espírito Santo.
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