sábado, 3 de março de 2018

Missões em Campo Grande, MS - 4

      Providência no Copavila II.

      Gercino, por ser caminhoneiro, sono ocasional, decidiu no resto de percurso, mal amanheceu na estrada, conversar com o motorista.

     Garoto novo, havia pegado no último trecho, Bataguassu-Campo Grande. Nossa agenda, uma vez acordados naquele sábado, na quase-suíte do hotelzinho sem estrelas, era dar umas pernadas pela cidade e já antecipar os contatos possíveis.

      Levávamos, inclusive, telefone de um casal de membros da Congregacional de Bento Ribeiro, RJ, ele militar, que estavam na presbiteriana. Outra família mais antiga na cidade, da qual não me lembro o nome, tinha história entre congregacionais mas, pelo menos, essas duas visitas não avançaram em qualquer ajuda.

      Após uma cochilada na suíte, entre umas 6 e 8h30 da manhã, saímos a tempo de fazer algo que nunca eu mesmo imaginara: demos com uma escola sabatina, numa igreja adventista, ali pertinho, entramos Gercino e eu. Fazem as classes dentro do templo mesmo, sem que seja necessário mudança de lugar, e somente saem as crianças e adolescentes para os seus cantinhos específicos.

       Um almoço no restaurante da Rodoviária, no segundo andar, que nos ficaria familiar, umas pernadas pela cidade, acho que uma das duas visitas fizemos nesse dia. Também passamos pela sede da Convenção Batista e soubemos que toda a Campo Grande estava subdividida, por eles, em quadrantes onde já havia uma igreja ou congregação. Quanta organização!

      Como retornaríamos na segunda pela manhã, precisávamos aproveitar bem o domingo. E pelo menos visitar a igreja metodista à noite, pois havíamos visitado a batista pela manhã. A outra agenda era coisa do Gercino: havia combinado, no papo matinal com aquele motorista, sair com o pai do motorista para visitar a neta dele que havia nascido e que o avô precisava conhecer.

       Adivinha em que bairro fomos parar, descendo lá em cima, pela entrada do ônibus que vinha (ou ia, naquela época) do Pênfigo. Mal saltamos lá em cima, no Copavila II, o homem estancou, dizendo: "Eita, agora que eu lembrei que minha filha não mora mais aqui". Meus nervos arrebentaram. Fui irônico, mais uma vez, ignorando o pai de motorista da Providência: "Gercino, depressa que ainda quero chegar à cidade a tempo do culto na metodista, que começa às 18h".

     Ganhei o rumo da saída da Copavila, para a direção Sidrolândia, deixando aquela conversa miúda para trás, adiantando o passo. Dei com um boliche, que é como o povo da cidade morena chama uma birosca ou barzinho. Avistei "uma freezer", como denomina o acreano. Pedi refri ou água. O rapaz avisou que estava desligada. Eu ainda disse comigo: "Hoje é o dia do azar". Nada disso, aleluia! Era, sim, o dia da Providência. Veja a seguir por quê.


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