A personalidade de Daniel
Todos nós temos uma. Trata-se de um
conjunto de características que definem nosso modo de ser. Elas acabam por
definir uma espécie de “impressão digital” social, pela qual somos
reconhecidos. Acaba sendo composta por aspectos individuais, somados aos
aspectos sociais, visto que todo ser humano é relacional.
O Cristão a tem
retocada, desde sua conversão. A Bíblia diz que nos tornamos semelhantes a
Jesus. Mais do que isso: somos (re)criados em Cristo, a partir dessa matriz,
retocados pelo trato divino. Daí somos chamados a ser modelo, no contexto
social, do que Deus requer de todos, que se entreguem a Ele para esse processo,
chamado regeneração. A personalidade do Cristão, por definição, é atraente e
atrativa.
Daniel
constituiu-se a si mesmo assim. Se você acompanhar o diálogo de Daniel com o
funcionário do império, responsável pelo preparo dos jovens de elite que o rei
sequestrou em Jerusalém, na primeira leva de exilados, em 605 a.C., vai
perceber o modo elegante com que Daniel o convence de que uma outra postura,
com respeito aos jovens judeus, deveria ser assumida.
Primeiro,
Daniel “pediu ao chefe dos eunucos”. Não havia outra coisa a fazer, porque
todos os jovens estavam a ele subordinados. Portanto, uma vez assumindo que não
iria contaminar-se e nem seguir a agenda do trainning
babilônico, só restava a Daniel ser convincente porém, principalmente, humilde
em sua negociação. Em segundo lugar, o texto bíblico diz que “Deus fez com que
Daniel achasse graça e misericórdia”. Ora, a prova de que a decisão de Daniel
era, antecipadamente, confirmada por Deus, foi que o chefe dos eunucos
concordou e ainda se tornou cativo de uma sábia decisão.
Em terceiro
lugar, o texto diz que “achou-os dez vezes mais doutos”, ou seja, a receita de
Daniel e seus companheiros tornou-se padrão e foi confirmada como superior.
Somos chamados, como igreja, a ser padrão perante o mundo. A nossa receita, com
relação a vários comportamentos e posturas, torna-se padrão e se mostra melhor,
com resultados superiores ao padrão do mundo. Resta-nos valorizá-la. Resta
fazer a decisão certa. Resta-nos reunirmos condições para ter sabedoria, como
Daniel, e fazer sempre a escolha certa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário