Eunice Spiller foi alma de Copacabana. Pormenores do começo da igreja, como se engendrou a ideia, a partir da transferência da família, de São João de Meriti para a zona sul, não conheço com detalhes.
Mas minha chegada lá confere com essa afirmativa. D. Eunice viveu todo os dramas relativos às peculiaridades do trabalho ali: flutuação de assistência, dificuldade de ação num bairro de diferenças brutais em relação e região de onde provinham os fundadores do trabalho.
E a falta de membros com o perfil típico do bairro, que ali reduzissem e que soubessem que estratégia usar na divulgação da igreja, convites e manutenção de assistência aos visitantes.
D. Eunice refletia essa angústia, dava apoio aos pastores que por ali passavam, o próprio pastor Limeira, o pastor Ary Madureira de Araújo, Dilson Mattos e eu mesmo. Desde o cuidado na abertura da sala, com o molho de chaves que mantinha consigo, até à rede de contatos que mantinha no bairro e a constante disposição de conduzir os pastores nessas visitas.
Morava na Rua Tonelero, ali mesmo encostadinha à igreja, servindo de mediação e apoio logístico aos pastores. Um lanchinho que fosse, um cochilinho eventual ou uma vaga para meu Gol 1974, apelidado "batedeira" ou "lavadora", enfim, pelo barulho do motor e consumo da dupla carburação.
A decoração dos ambientes do ap da Tonelero refletiam Eunice Spiller, assim como tudo naquele circuito e universo entre Tonelero, República do Peru, trecho de acesso até N. Sra. de Copacabana, o cenáculo mobiliado, a varanda sobre a praia.
Formou-se uma rede de contratos. Ela desejava mostrar a todos o novo pastor. E como foi bem sucedida no estabelecimento dessa rede e circuito. Formamos uma legião de amigos, principalmente mulheres da faixa etária dela, mas também um grupo de homens, em função da parte que me coube nessa dupla imbatível.
Se a Bíblia diz que Jesus, a Pedro, deu uma chave, a Eunice também, da mesma forma, da kit net do número 387/206 dessa tradicional avenida. E se Jesus disse que anda entre candeeiros e na mão tem os anjos das igrejas, no caso, o candeeiro de pouca força não se chama Filadélfia.
Chama-se Copacabana. É o anjo, sim, porque eles não tem sexo, no caso o anjo se chamou Eunice Spiller. E eu, qual um João na vida, igual ao "voz do deserto", estive pregando em Copacabana, como segundo, como menor, prestando serviço a essa diaconisa.
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