Anotações feitas por meu pai por ocasião de seus 50 anos de batismo:
1. Dados resumidos da
vida de Cid Gonçalves de Oliveira,
Com vistas às comemorações de seu jubileu de ouro de ingresso na
Igreja Militante de Nosso Senhor Jesus Cristo, através da cerimônia de batismo,
ocorrida a 24-4-32, na Igreja Batista de ponte Nova (hoje Vila Cambiasca), 7º
Distrito de São Fidelis - RJ.
Pais: ANTÔNIO GONÇALVES DE OLIVEIRA
e
ADALGIZA BARCELLOS DE
JESUS.
Data de nascimento: 20-8-918, em Córrego dos Índios - Valão do Barro –
2º Distrito de S. Sebastião do Alto. Mas registrado como tendo nascido em
Jaguarembé – 7º Distrito de Itaocara -, em virtude de a família ter-se
transferido para este Município, em 1924, e por necessidade de registro, já nos
cinco anos de idade, tal formalidade teve de ser cumprida, por exigência legal,
da maneira acima descrita.
2. Conversão se deu,
mais ou menos, aos 9 para 10 anos de idade, pela leitura do Novo Testamento, à
luz da lâmpada de querosene. Leitura essa feita com tanta sofreguidão que o seu
pai, de certa feita, chamou-lhe atenção, nos seguintes termos: “Menino vá
deitar-se. V. acabará ficando louco, por ler tanto a Bíblia.” E o Novo
Testamento, cuja narrativa da vida e morte de nosso Senhor Jesus Cristo o
impressionou vivamente, a ponto de chorar amargamente a prisão, morte do
Salvador. Em compensação teve intenso júbilo pela narrativa da sua
ressurreição! Cria firmemente na Bíblia como a Palavra viva de Deus. De maneira
a chorar amargamente de compaixão pela triste sorte de Judas Iscariotes, por
haver traído o Senhor Jesus, e depois de ter sido apóstolo, tornando-se como o
diabo e ir para o inferno eternamente.
3. Seus pais eram
crentes metodistas. Mas a referida denominação não tinha trabalho próximo do
sítio em que residia a família Gonçalves de Oliveira, cujo chefe renunciou à
vida de criador de gado bovino na Fazenda Boa Vista, da qual era arrendatário,
em Valão do Barro, S. Sebastião do Alto, para tornar-se pequeno sitiante, no lugar
denominado Ibituna, que pertencia, então, ao Município de Itaocara – 7º Distrito
Jaguarembé.
4. Aos 13 para 14 anos
passou a frequentar os cultos de um ponto de pregação na casa do irmão Pedro
Souza (já na glória) e a E.B.D. (Escola
Bíblica Dominical) na casa do diác. Joaquim Batista (também na glória). Foi
ao irmão Pedro Souza que o menino frágil, com ar doentio, se dirigia numa noite
de 4ª feira, após o culto, no ano de 1932, em janeiro ou fevereiro, mais ou
menos, perguntando-lhe como ingressar na igreja. E recebeu a orientação para
matricular-se na E.B.D. na Congregação da Igreja Batista de Ponte Nova, que era
dirigida pelo irmão diácono, já referido acima. E depois compareceu perante a
Igreja Batista de Ponte Nova e deu sua pública profissão de fé. Tudo foi feito
como recomendado. E o Senhor da Vida Eterna já havia acelerado aquele processo,
pelo Seu Espírito Santo, quando pela morte de sua genitora, a 5 de novembro de
1931, em razão de dificuldade do parto de seu irmão caçula da família, de nome
Isaias Barcellos de Oliveira, pastor há 23 anos, e que foi aluno do Pastor Dr. João
Filson Soren, no S.T.B.S.B. (Seminário
Teológico Batsita do Sul do Brasil). É interessante recordar-se de um fato
que se deu na ocasião de sua pública profissão de fé perante a I. B. de Ponte
Nova, no mês de fevereiro ou março de 1932 (4º domingo). O diácono José Barroso
quando o viu levantar-se e dirigir-se ao banco da frente na companhia de outros
6 ou 7 candidatos, ao som do hino 210 do Cantor Cristão, pediu a palavra e
disse: “Esse menino não, referindo-se a mim, é muito pequeno e não podemos
desobedecer os nossos princípios batistas”. Mas após as perguntas de praxe, voltou
a pedir a palavra e retificou a sua opinião, fazendo a seguinte declaração: “Desculpem-me
os irmãos. Estava enganado quanto ao irmão Cid! Que não me levem a mal os
outros candidatos, mas foi esse menino que fez a mais bela profissão de fé!” – Releva dizer que esse amado irmão, de saudosa
memória, chegou a ver antes de partir para a presença do Senhor Jesus Cristo,
com lágrimas de alegria nos olhos, o irmão Cid consagrado ao Santo Ministério
da Palavra.
5. O batismo ocorreu a
24 de abril de 1932. A cerimônia foi oficiada pelo Pastor Carlos Mendonça, já
na presença do Senhor da Glória. Naquele memorável domingo, ele compareceu
perante a igreja para pregar o sermão matutino e presidir a sessão regular da igreja,
oficiar a ceia do Senhor e batismos. E naquele mesmo dia foi eleito o novo
pastor da igreja, o pastor Antônio Soares Ferreira, de saudosa memória. Àquela
cerimônia batismal compareceram uns 8 ou 9 candidatos, mais ou menos. Ainda
está na retina do então batizando o sorriso de mofa de muitos contemporâneos
seus, que na sua grande maioria, senão todos, não se encontram mais na terra
dos viventes.
6. Deve a sua
genitora, D. ADALGIZA BARCELLOS DE JESUS, o interessado nesse culto de ação de
graças, louvor e adoração, pelos seus 50 (cinquenta) anos de batismo, a sua
inabalável fé nas Escrituras Sagradas – a Bíblia - como a divina palavra de Deus.
E lendo as suas gloriosas páginas que se converteu a Jesus Cristo e O aceitou
como todo-suficiente Salvador o Senhor de sua vida.
MEIO SÉCULO de testemunho vivo de quem tirou
a verdadeira sorte grande, não precisando, pois, jogar na loteria, por ser rico
e filho do GRANDE REI. É exatamente assim que ele diz àqueles companheiros de
trabalho a amigos da Fundação IBGE, instituição em que milita há 38 anos
consecutivos, ao receber deles (à título de brincadeira) o convite para fazer
fezinha na loteca.
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