Tira as tuas sandálias
Moisés meio que desavisado, naquele ardente fim de tarde, deu com uma incomum combustão espontânea, diferente das rotineiras.
Demorava mais do que as outras. Compreensível que, curioso, caminhasse naquela direção. Foi quando: ouviu uma voz que ordenou entancasse.
Assustado, ouviu que deveria tirar suas sandálias. Era santo o lugar. Ora, convenhamos. Lugares não são santos. Tirar sandálias não tornou Moisés nem mais, nem menos santo.
Deus é santo. E onde pisarmos, é melhor que pisemos descalços, porque somos santos ou, pelo menos, devemos ser. Somente Deus é santo. Ele anseia por repartir conosco esse Seu atributo.
Sede santos, porque eu sou santo, é Deus quem diz. Para ser santo há limites a se impor. Para os puros, tudo é puro. Mas, para quem se deixa perverter, até o sadio em que toca, contamina.
Esaú achou ridículo considerar santo o que Deus santificara. Desaprendeu santidade. Mesmo e ainda que buscasse arrependimento, não encontrou.
Porque não considerou santo o que, para Deus, é santo. Tirar as sandálias, todos vamos. Em qualquer lugar, em todos os lugares.
A sarça arde em todos os quadrantes. Onde estiver. O lugar em que estás é terra santa. É urgente. Tira as sandálias dos pés, porque santos somos (ou não) cada um de nós.
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