sábado, 14 de julho de 2018

Mal traçadas linhas 88

        Provavelmente a igreja de Jesus, que na verdade é formada de gente, deve ter estabelecido padrões de comportamento, que fosse bem intencionada.

      Avançando demais, tornou-se, em alguns pontos, legalista. O que significa resvalar na máxima de que não adianta estabelecer regras: qualquer delas o ser humano subverte.

      Mas o crente já teve um padrão. Antes que fosse acusado de fariseu. Antigamente, não fumar, não beber, não adulterar, pelo menos esses, entre outros, esperava-se de quaisquer, menos de crentes.

     Como também ter palavra, não ser caloteiro ou não falar palavrão. Ora, que tenha passado o tempo, que essas regrinhas tenham caducado, bem, talvez nem todas.

      Alguma regra tem de ter. E não se partem das regras para a consciência, mas desta para aquelas: uma vez consciente do que nele se operara, como diz a Bíblia com respeito à mulher hemorroíssa.

      A conversão exige uma nova postura, porque implica renunciar a si mesmo. Haverá certamente choque com a cultura solta do mundo. A graça de Deus é franca, porém não é ordinária.

      Deus não se entrega à manipulação do homem. Não franquia sua graça senão única e exclusivamente a quem se permitiu remir pelo sangue de Cristo, assim recebendo o Espírito Santo em si mesmo.

     Como diz Paulo Apóstolo, que é o Espírito que nos educa a renegar paixões que conspiram contra a santidade, para que só então possamos viver "sensata, justa e pieodosamente" neste mundo.

       Não há como negociar todo o tempo. Vive-se muito hoje em dia de se permitir barganhas com modos de ser mundanos, quer dizer, "usos e costumes" de quem não se deixa dirigir pelo Espírito Santo.

      Acovardam-se os crentes. Intimidam-se e perdem a vanguarda de ditar padrões de comportamento dignos de cidadãos do Reino. Deverá ser que, de fora para dentro da igreja, dos "sem Bíblia" em direção, de encontro aos "com (quase nenhuma) Bíblia" é que se ditam ditames.

     Triste igreja. Tristes crentes. Igreja educada pelos padrões de fora, pelos padrões do mundo. Práticas antes nunca pensar serem admitidas, ora, o século se impõe, a igreja que com ele aprenda.

     Há algo errado nisso tudo. Acho que se inverteu a máxima de Paulo Apóstolo e fica à igreja a nova advertência: "Conformai-vos a este século, adaptai-vos com a versatilidade de vossa mente".

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