terça-feira, 10 de julho de 2018

Mal traçadas linhas 86

        Irônico. Estamos perto de ver evangélicos acusados de ser contra o amor.

      Bem, vamos procurar os adjetivos certos. Adjetivo muda muita coisa. Corrigindo: evangélicos fundamentalistas já são acusados de ser contra o amor.

      Sem discutir, aqui, mas já sugerindo a diferença entre fundamento e fundamentalismo. Eu, por princípio, sou contra (qualquer) fundamentalismo.

      Mas procuro pautar minha vida por fundamentos. Evidentemente, nem precisa falar, não sou perfeito em todos. Senão, nem precisaria da mediação de Jesus Cristo.

      Mas a pergunta seria (para ir logo direto ao assunto): o amor da Bíblia, aquele decantado livro a livro, porém, mais obviamente em João e Paulo Apóstolos, esse mesmo, o amor de Deus, João mesmo diz "Deus é amor", incluiu o "amor homoafetivo"?

      Se houver crentes dizendo "Não" entre outros dizendo "Sim", já teremos dois grupos, o primeiro acusado de ser contra o amor.

     As capas de revistas nas bancas de jornais, como já dizia Caetano, "o sol nas bancas de revista", espalham a beleza dessa nova(?) modalidade de amor.

      Novelas de TV, ainda cuidadosamente, porque audiência, no caso, é algo sensível para ela (a TV) decantam em prosa, sem verso. Enfim, está nas ruas, nas praças e na net.

     Quem vai ser contra? Alguém se habilita a "bater na tecla" paulina (Apóstolo Paulo) que define homo-qualquer-delas como algo não compatível com o Criador?

      Como diz o apóstolo, que as mulheres "mudaram" o "modo natutal das relações" e homens "inflamaram-se mutuamente". Desse modo, "mudam a verdade de Deus em mentira" e idolatram a si mesmos.

      Quem ou quantos vão desfraldar essa bandeira? Poderia até, por palpite, também perguntar: "Quantos vão defraudar essa bandeira"? Afinal, o amor da Bíblia não é, prioritariamente, voltado à salvação do ser humano?

       "Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna", afinal, o tamanho do amor e da dádiva (Jesus) não é esse o "texto áureo", o resumo, a síntese da história contada na Bíblia?

     Sim, é. Mas então, o que esse amor aí tem a ver com outras modalidades de amor? Há outras? Se há e quantas há, a pergunta é está: elas têm relação com esse amor aí? Que relação? Subordinam-se? Derivam dele? São diversas dele?

      Então se diga, ora, esse amor acolhe tudo e acolhe todos, sem rejeição. Para usar o termo técnico da moda, é um "amor inclusivo". Olha a função "adjetivo", de novo. Portanto, está respondido. E quem se atrever a dizer que não, estará sob acusação de ser contra o amor.

       Em nome de Deus. Problemático. Quem e quantos falam em nome de Deus. E o que falam. Já se queimaram, ao longo da história, muitas Bíblias e muita gente por causa dessa guerra.

      Uns, dizendo uma coisa. Outros, dizendo outra. Creio que esse tempo pode até voltar. Vai depender do grau de histeria. Caso eu seja alvo, nem precisa mandar recado pelo zap: vou com minhas próprias pernas (se ainda puderem me conduzir).

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