Mulheres
Muito interessante a relação, em Lucas, de mulheres que atendiam Jesus: Maria Madalena, Joana e Suzana.
Imaginem Joana, esposa do procurador de Herodes. Consciência de serviço da parte de alguém de nível social elevado.
Ali está escrito que, além dos apóstolos, elas acompanhavam o grupo de cidade a cidade. Também consta que uma de suas tarefas era "servir com fazendas", ou seja, suprir o Mestre por meio de dinheiro.
Mais interessante é a menção de que muitas outras mulheres procediam do mesmo modo. Por essa ótica podemos enxergar outras situações de valorização da mulher nos outros evangelhos.
A conversa com a samaritana provocou estranheza nos apóstolos. Além de ser dentre os vizinhos rejeitados, considerados mestiços, falsos judeus, era mulher e, certamente, tinha mesmo aparência de uma esposa de cinco "maridos".
Ela própria não escondeu isso de Jesus. Outra que também se atreveu, foi a meretriz que invadiu a cena do banquete na casa do fariseu, para ungir com bálsamo, enxugar com os cabelos, acariciar e beijar os pés de Jesus.
Muito sensual, segundo a opinião do anfitrião. Jesus denunciou-lhe o preconceito e demonstrou que, mesmo pelo raciocínio torto do dono da casa, quanto mais pecado, mais razão para amar e ser amado por Jesus.
E a defesa feita, com relação àquela adúltera, humilhada publicamente. Inexistia qualquer senso de justiça: era tudo a pretexto de desmoralizar
Jesus. Mais sincero foi o amante, propositadamente deixado de lado, do que os fariseus, dela servindo-se dissimuladamente.
Por fim, o anúncio feito à Maria Madalena na ressurreição. O tom de voz com que a ela se dirigiu. Com que voz? As mulheres devem mesmo ouvir Jesus de um modo bem diferente daquele que os homens ouvem.
Com que seriedade mulheres verdadeiramente cristãs prestam atenção em ouvir Jesus. Como aquela outra Maria, em casa de Lázaro. Nada vai distraí-las de ouvir. Na opinião de Jesus, escolheram uma melhor parte que não lhes será tirada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário