quinta-feira, 9 de junho de 2016

Dorcas - por um dos amados sobrinhos



MENSAGEM

"Tia Maninha" e ou Dorcas: um depoimento como sobrinho em três dimensões da sua vida:

1. Maternal. O nome "maninha" já traduz o modo como ela era apropriada no contexto familiar, uma intimidade próxima e carinhosa. Lembro de não poucas cenas da infância e da adolescência com os natais em família, os almoços dominicais, os hinos para acordar pra ir pra escola dominical, o chá para gripe, os presentes inesperados, o talento na cozinha, a dança quando chegou chuva no sítio em Itaguaí depois de um período longo de estiagem. A outra mãe das irmãs e dos sobrinhos, visitadora, carinhosa, face cálida e sorriso simples como a mãe Eunice, trazia todos para junto de si, juntava e agregava. Assim como Jesus queria fazer com Jerusalém na metáfora da galinha que reúne os pintinhos debaixo das suas asas. Confissão: um sentimento de pertencimento e de propriedade da Tia Maninha ("minha Tia Maninha").

2. Evangélica. Dorcas: nome bíblico, nome da avó, liderança na denominação (quase uma entidade, uma instituição), escritora de vida cristã, presidente da COUAF; um nome que reúne força, cuidado e zelo, como a Dorcas em Atos 12, operosa e preocupada com os mais pobres e os mais simples. Nisso ela tão somente imitou ao Senhor Jesus nas palavras de Pedro: "andou por toda a parte fazendo o bem" (num sentido mais poético e profundo pra definir o ser evangélico: andou ou peregrinou, por toda parte ou lugares e ambientes possíveis de suas relações, fazendo o bem). Não foi desse jeito que Deus se fez gente para estar com as gentes e cuidar delas! Deus não se fez árvore, montanha, templo, um espírito, não se fez judaísmo e nem cristianismo, fez-se humano acessível aos empobrecidos, aos enfermos, às mulheres, às crianças. Dorcas foi um nome para a ação caridosa em favor do que sofre, humana é simples. Mulher múltipla como em Pv 31, mas não perfeita. Carregava distintos mundos em sua mente: da família, do filho, dos netos, da igreja, da COUAF, das Revista Vida Cristã, dos missionários.

3. Geracional. Uma geração que se vai (não se esvai como vento sem sentido) como testemunho do Deus que se revela de geração em geração. Deus é o Deus de geração em geração (Sl 90.1; 119.90): não de estruturas religiosas e eclesiásticas, não de dogmatismos intolerantes, não de moralismos e códigos de conduta, muito menos de fundamentalismos baseados em ameaças e culpas. Deus é o Deus de pessoas, Ele aparece a pessoas em suas relações, em seus dramas, seus dilemas, suas histórias de vida, em suas dúvidas e incredulidades. Deus é um Deus biográfico: de Abraão, de Isaque e de Jacó. O mesmo Deus de Rufina Matos, de Dorcas Lima, de Eunice Lima e de Dorcas Oliveira. Uma sequência de gerações de evangélicas, uma santa linhagem feminina em quatro gerações, marcada pela simplicidade e pelo compromisso com o Evangelho na sua integralidade, construtora de comunhão porque agregava pessoas em torno da graça e da Cruz.
   
Pr. Lyndon de Araujo Santos.




































"Tia Maninha" e ou Dorcas: um depoimento como sobrinho em três dimensões da sua vida:

1. Maternal. O nome "maninha" já traduz o modo como ela era apropriada no contexto familiar, uma intimidade próxima e carinhosa. Lembro de não poucas cenas da infância e da adolescência com os natais em família, os almoços dominicais, os hinos para acordar pra ir pra escola dominical, o chá para gripe, os presentes inesperados, o talento na cozinha, a dança quando chegou chuva no sítio em Itaguaí depois de um período longo de estiagem. A outra mãe das irmãs e dos sobrinhos, visitadora, carinhosa, face cálida e sorriso simples como a mãe Eunice, trazia todos para junto de si, juntava e agregava. Assim como Jesus queria fazer com Jerusalém na metáfora da galinha que reúne os pintinhos debaixo das suas asas. Confissão: um sentimento de pertencimento e de propriedade da Tia Maninha ("minha Tia Maninha").

2. Evangélica. Dorcas: nome bíblico, nome da avó, liderança na denominação (quase uma entidade, uma instituição), escritora de vida cristã, presidente da COUAF; um nome que reúne força, cuidado e zelo, como a Dorcas em Atos 12, operosa e preocupada com os mais pobres e os mais simples. Nisso ela tão somente imitou ao Senhor Jesus nas palavras de Pedro: "andou por toda a parte fazendo o bem" (num sentido mais poético e profundo pra definir o ser evangélico: andou ou peregrinou, por toda parte ou lugares e ambientes possíveis de suas relações, fazendo o bem). Não foi desse jeito que Deus se fez gente para estar com as gentes e cuidar delas! Deus não se fez árvore, montanha, templo, um espírito, não se fez judaísmo e nem cristianismo, fez-se humano acessível aos empobrecidos, aos enfermos, às mulheres, às crianças. Dorcas foi um nome para a ação caridosa em favor do que sofre, humana é simples. Mulher múltipla como em Pv 31, mas não perfeita. Carregava distintos mundos em sua mente: da família, do filho, dos netos, da igreja, da COUAF, das Revista Vida Cristã, dos missionários.

3. Geracional. Uma geração que se vai (não se esvai como vento sem sentido) como testemunho do Deus que se revela de geração em geração. Deus é o Deus de geração em geração (Sl 90.1; 119.90): não de estruturas religiosas e eclesiásticas, não de dogmatismos intolerantes, não de moralismos e códigos de conduta, muito menos de fundamentalismos baseados em ameaças e culpas. Deus é o Deus de pessoas, Ele aparece a pessoas em suas relações, em seus dramas, seus dilemas, suas histórias de vida, em suas dúvidas e incredulidades. Deus é um Deus biográfico: de Abraão, de Isaque e de Jacó. O mesmo Deus de Rufina Matos, de Dorcas Lima, de Eunice Lima e de Dorcas Oliveira. Uma sequência de gerações de evangélicas, uma santa linhagem feminina em quatro gerações, marcada pela simplicidade e pelo compromisso com o Evangelho na sua integralidade, construtora de comunhão porque agregava pessoas em torno da graça e da Cruz.























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