João relata a forma curiosamente encadeada como Jesus encontra seus primeiros discípulos. Ele e André eram discípulos de João Batista. Numa "propaganda relâmpago" deste, quando Jesus cruzava com eles pela rua, apontou: "Eis o Cordeiro de Deus".
Como que pelo susto, André e João perguntam a Jesus "onde assistes", para Jesus, também de supetão, responder: "Vinde e vede". Foram e viram. Posteriormente, André convida seu irmão Pedro: "Achamos o Messias", disse a ele. "E o levou a Jesus", assinala João apóstolo.
André se torna relações públicas do grupo. E o "vinde e veja" de Jesus virou jargão do convite, repetido por Felipe, convidado pelo próprio Jesus, logo que chegou à Galileia. Felipe, da cidade de Pedro e André, por sua vez amigos de Tiago e João, encontra Natanael. Fechava-se o círculo.
Felipe repetiu a Natanael, mais tarde conhecido como Bartolomeu, o "vem e vê", porque este último preconceituoso em reconhecer que, de Nazaré, sim, provinha todo o bem, que é Jesus.
Não há necessidade de outra argumentação. Sempre que alguém estivesse na esfera de influência de Jesus, o acesso passaria pela inciativa de André. Felipe comenta sobre a falta do que comer, André notifica sobre o menino dos três pães e dois peixinhos. André o conduz a Jesus, oração e milagre.
E os gregos que procuram Jesus, em sua semana final de vida, são submetidos por Felipe ao crivo de André. Esses dois conterrâneos de Betsaida nos ensinam que devemos conduzir todos a Jesus. Que a expressão "vem e vê" basta. Porque é suficiente para checar Jesus como Salvador.
"Eis que estou convosco todos os dias", garantiu Jesus na sua despedida. "Por um pouco, estou convosco; um pouco mais, volto para vós outros". Não se trata de fraude.
É suficiente para ter crédito a palavra de Jesus. Quando certa vez lhe pediram, de modo provocativo e irreverente, um "sinal" indicativo de sua relevância, como se fosse um mago, Jesus respondeu pelas Escrituras.
Sugeriu o sinal autêntico da experiência profética de Jonas: três dias no ventre do peixe, assim como Jesus três dias morto. Não é a fé na história de Jonas que produz salvação, e sim na história de Cristo.
Vem e vê. Basta atender a esse convite. Basta atender e acatar o argumento de André. Ele foi o relações públicas de Jesus. Cada um de nós, discípulos deste tempo, devemos agir do mesmo modo.
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