quarta-feira, 6 de março de 2019

Os discípulos - 1

      Pedro

     Jesus chamou doze discípulos, a princípio. Diversos entre si. Cada qual, com suas peculiaridades.

     André, irmão de Simão, conduziu-o a Jesus. Eram dois amigos de outros dois irmãos, Tiago e João, todos pescadores: Jesus disse que os tornaria "pescadores de homens".

       O Mestre logo apelidou Simão de Cefas, Pedro, porque havia Simão, o zelota. Pedro ou pedra, o impulsivo, atirado, ao ponto do inconveniente.

     Em várias oportunidades falou em nome do grupo. Em algumas delas sem nem entender direito o que estava dizendo, foi certeiro: "Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo".

     Em outras, rendido,  como quando, ao ouvido de Jesus, sugeriu que tivesse pena de si mesmo e se afastasse da cruz, ouvindo dele: "Pedro, arreda, satanás".

      Teve arrojo e, justo em seguida, covardia, atirando-se ao mar, para logo duvidar. Jurou fidelidade, para logo em seguida, negar. Para logo em seguida  deparar o olhar de Jesus.

      Muito parecido com o comum de nós mesmos. Uma vez arrependido,  entendeu, experimentou e pregou, intensamente, a cruz.

      Outro sobre quem também foi testificado que nele entrou satanás, Judas, o Iscariotes, que também deparou o olhar de Jesus e ainda quem, na primeira ceia, recebeu o primeiro naco de pão, não se quedou arrependido. 

      Sejamos como Pedro. Não que em nós opere o inimigo, mas que em nós opere o arrependimento. Que sejamos "pedras que vivem, edificados sobre a pedra Jesus", como Pedro escreveu em sua primeira carta aos crentes.

     E nas suas pregações: Porque "não há salvação em nenhum outro, senão Jesus, porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos". 

     Porque "não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido", como se queixaram os judeus que queriam reprimir a pregação de Pedro: "Vocês encheram Jerusalém" da doutrina de Jesus.

      Sejamos discípulos qual Pedro foi. Mas nunca neguemos Jesus. Nunca nos envergonhemos do evangelho. Que também não larguemos de mão as Escrituras,  do mesmo jeito que ele exortou em sua segunda carta.

      Uma vez amadurecido, esse amigo íntimo de João rendeu muito, com muita coragem, o primeiro a proclamar a gentios o evangelho, como terá servido de exemplo prático e estímulo a esse seu intelectual companheiro.

    Cada discípulo tem sua personalidade. Muito parecidos com os discípulos que nós mesmos somos. Muito parecidos com o mais que desejamos ser. Assim consta na letra de um hino: "Mais de Cristo eu quero ser".



      

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