Hoje serei meio poético/meio didático. Falarei sobre versículo de um salmo.
"Aguardo ao Senhor; a minha alma o aguarda, e espero na sua palavra.
A minha alma anseia pelo Senhor, mais do que os guardas pela manhã, mais do que aqueles que guardam pela manhã.
Espere Israel no Senhor, porque no Senhor há misericórdia, e nele há copiosa redenção."
Salmo 130:5-7
Agora vamos ao dispositivo literário utilizado: quiasmo. Que, literalmente, quer dizer "cruzar como num X".
Tecnicamente, é a "disposição cruzada da ordem das partes simétricas de duas frases, de modo que formem uma antítese ou um paralelo".
Assim desejo comentar a frase do Salmo: "mais do que os que guardam a manhã/a manhã por que aguardam". Vigília. Estado de vigília.
Ver, ao mesmo tempo que não ver. Sim, porque quem faz vigília, cuida para que não durma, esperando ver/não ver. Por que ansiar pela manhã?
Porque a luz desfaz a necessidade de ver no escuro. Ela encerra a vigília. A manhã alivia os guardas. Não mais precisam antecipar, na vigília, a chegada do inimigo.
Antes que amanheça, não podem aliviar-se. Estado de prontidão. Precisam ver, mas não desejam ver. Porque isso será constatar a chegada do inimigo sempre indesejado.
Risco de morte. Na noite, no escuro, na surpresa pretendida pelo inimigo. Estado de vigília. Mas mesmo durante o dia, quando há luz, também há vigília.
Basta a prontidão. Esperar ver o que se aguarda, ansiosamente, que venha/não venha, ver/não ver. O estado de vigília pressupõe a prontidão de aguardar.
Pôr os olhos ou presumir que, a qualquer hora, o que se espera/não se espera pode surpreender. Espera-se ansiosamente, com os olhos abertos, mas não se enxerga.
Uma vigília permanente pressupõe ver/não ver. Ao mesmo tempo. Pressupor. Alerta. Olhos bem abertos para não ver. Mas ver, ao mesmo tempo.
Uma vigília pressupõe fé, que é sempre ver/não ver. Como que olhando Aquele que é invisível. Vigília pressupõe sempre oração/oração sempre. Ver/não ver. Sempre.
"Bem-aventurados os que não viram e creram".
"Aguardo ao Senhor; a minha alma o aguarda, e espero na sua palavra.
A minha alma anseia pelo Senhor, mais do que os guardas pela manhã, mais do que aqueles que guardam pela manhã.
Espere Israel no Senhor, porque no Senhor há misericórdia, e nele há copiosa redenção."
Salmo 130:5-7
Agora vamos ao dispositivo literário utilizado: quiasmo. Que, literalmente, quer dizer "cruzar como num X".
Tecnicamente, é a "disposição cruzada da ordem das partes simétricas de duas frases, de modo que formem uma antítese ou um paralelo".
Assim desejo comentar a frase do Salmo: "mais do que os que guardam a manhã/a manhã por que aguardam". Vigília. Estado de vigília.
Ver, ao mesmo tempo que não ver. Sim, porque quem faz vigília, cuida para que não durma, esperando ver/não ver. Por que ansiar pela manhã?
Porque a luz desfaz a necessidade de ver no escuro. Ela encerra a vigília. A manhã alivia os guardas. Não mais precisam antecipar, na vigília, a chegada do inimigo.
Antes que amanheça, não podem aliviar-se. Estado de prontidão. Precisam ver, mas não desejam ver. Porque isso será constatar a chegada do inimigo sempre indesejado.
Risco de morte. Na noite, no escuro, na surpresa pretendida pelo inimigo. Estado de vigília. Mas mesmo durante o dia, quando há luz, também há vigília.
Basta a prontidão. Esperar ver o que se aguarda, ansiosamente, que venha/não venha, ver/não ver. O estado de vigília pressupõe a prontidão de aguardar.
Pôr os olhos ou presumir que, a qualquer hora, o que se espera/não se espera pode surpreender. Espera-se ansiosamente, com os olhos abertos, mas não se enxerga.
Uma vigília permanente pressupõe ver/não ver. Ao mesmo tempo. Pressupor. Alerta. Olhos bem abertos para não ver. Mas ver, ao mesmo tempo.
Uma vigília pressupõe fé, que é sempre ver/não ver. Como que olhando Aquele que é invisível. Vigília pressupõe sempre oração/oração sempre. Ver/não ver. Sempre.
"Bem-aventurados os que não viram e creram".
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