sexta-feira, 4 de novembro de 2016


      Altares de Abraão.
      Por que a Bíblia relata, destacando, altares que Abraão ia edificando, à medida que avançava em sua jornada na terra da promessa?
     Era média que fazia, com Deus, "jogando pra galera", hipocritamente, em função do que o Altíssimo lhe havia prometido?
     Era coisa demais: te engrandecerei o nome; abençoarei quem te abençoar e amaldiçoarei quem te amaldiçoar; em ti serão benditas todas as familias da terra, enfim.
     Seria sincero a cada altar erguido ou tratava-se de pura formalidade? Para que se erguem altares? Que atitudes, hoje, equivalem a caminhar erguendo altares?
      Altar erguido é estar certo de que a vida é culto vivo e permamente ao Senhor. Não se trata de lugar ou lugares de culto, mas ser culto ao Senhor.
      Se assim não for, absoluta incoerência. Deus precisa nos aceitar primeiro, antes de aceitar qualquer manifestação de culto, como foi no caso de Abel. Deus rejeitou Caim e, consequentemente, sua oferta.
      Não é que rejeitou, mas a Bíblia registra que houve proposta direta de Deus a ele que se convertesse ao Senhor, prontamente rejeitada. E quanto a Abraão, considerado o pai da fé, mesmo erguendo altares, mostra-se vacilante em algumas circunstâncias.
      Vacilação, medo, mentira, carnalidade, covardia e até mesmo dúvida, vejam só, enfim, pecado fazia parte integrante da vida do Patriarca.
     Por isso altares eram erguidos com pedras toscas, sobre as quais sangue escorria e fogo consumia o redenho da oferta. Pedras toscas simbolizavam a vida do ofertante, o sangue da vítima sem mácula, a necessidade de remissão dos pecados e a queima total, o holocausto de fogo era porque a vida toda se consome na oferta assim como na remissão.
      Quem ergue sua vida em altar permanente ao Senhor carrega consigo, pelo menos, essa tríplice consciência: segue sendo tosco e falho, como foi Abraão, traz consigo também a marca do sangue da vítima derramado pelo pecado, garantindo a remissão da culpa e, assim como foi dada vida por vida, a vida de Cristo pela vida do pecador, a queima da vida no altar é total.
       Trata-se de perda total, como bem entendeu Paulo em sua carta aos Filipenses: o que para mim, algum dia, foi ganho, isso considero como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, em nome de quem perdi todas as coisas e as considero como refugo, lixo, para ganhar Cristo, sem ter em mim mesmo justiça própria.
       Somos pedras toscas, cujo amontoado se ergue em altar ambulante ao Senhor, na medida em que, lavadas pelo sangue de Jesus derramado na cruz se tornam edifício dedicado ao Senhor, para presença e habitação dEle, permanentes.
      Somos altar ambulante, somos corpo de culto permanente, somos marca e presença de Deus por onde vamos, sempre, em nome de Deus falando reconciliem-se com Deus. Tempo da oportunidade, o agora da salvação, tempo sobremodo oportuno, tempo da salvação.
       Deus quer caminhar nas tuas pegadas.

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