quinta-feira, 6 de outubro de 2016


      Considerações sobre acompanhamento pedagógico.

   Centralidade no aluno, certamente, é o ponto de partida. Evidentemente, se trata-se de uma partida, torna-se urgente e indispensável saber onde se quer chegar.

   Este detalhe se torna determinante porque, caso o alvo seja demasiadamente remoto ou depreciado, aquém das possibilidades do aluno, que é justamente o que se deseja incrementar, subdimencionamos o potencial da educação.

    Ponto de partida na realidade do aluno, Paulo Freire, e a partir do que ele já sabe, Piaget. Porém, desde o começo, reconhecer que a troca aluno-professor, no exercício do ensino e aprendizado, deve configurar-se constante e permanente.

     O aluno deve sentir-se ensinando, ao mesmo tempo em que aprende, desse modo, sendo valorizados ambos os atores, trata-se de um estado de arte, professor e aluno. Este vai alçar um voo que foi divisado por aquele porém, uma vez alçado, a autonomia será total e definitiva.

    O professor deve estar predisposto a essa troca e renovação constante de seu próprio aprendizado. Deve reconhecer que ambos, aluno e professor, turma e educador estão inseridos num contexto maior, que se define a partir do lugar da escola, seja no sistema de ensino, seja no contexto social.

     A articulação do aluno com a realidade social, para fora dos muros da escola, sociedade, graduação e mercado de trabalho adentro, será bem mediada pelo professor, somente na medida em que ele próprio reconheça como se dá a sua própria articulação.

     Caso professor e aluno se fechem numa redoma, o específico da educação sofrerá reducionismo. A partir dessa relação, uma vez enriquecida, no contexto da sala de aula, avançando para o contexto da escola e compartilhada na rede de ensino regional, será possível avaliar sua expressividade.

    É nesse contexto que se configura a equipe de apoio à tarefa do professor, que nao pode se sentir uma ilha ou dono da verdade. A tarefa do ensino será compensatória e bem contextualizada, uma vez que se projete para além de si mesma e contextualize o aluno na configuração atual de mundo.

    Por isso, coordenador de ensino e assessoria pedagógica são essenciais para que essa articulação se dê e seja profícua. Não existe educação em contexto restrito ou desarticulada de um sistema educacional. O professor deve sentir-se estimulado a renovar sua visão do processo educativo como um todo, assim como estimulado a rever suas estratégias.

     Se o aluno deverá não somente ser preparado para o mercado de trabalho, mas também reconhecer seu potencial acadêmico, voltado para seu avanço e sua contribuição na área da pesquisa, assim também o professor.

    Os conteúdos com os quais, na sua constante troca, alunos e professor foram confrontados, deverão ter sido mediados de forma a que se tornassem dinâmicos e contextualizados, de modo a que servissem de constante estímulo à renovação.

    Uma educação dinâmica e contextualizada, consciente do potencial que lhe é inerente e condizente com o seu papel, uma articulação de experiências bem feita, com divulgação e troca de ações bem sucedidas levadas a efeito, será capaz de proporcionar a seus atores realização e certeza de missão cumprida.

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