Coisas do Espírito
São muitas. Já é inspirativo saber que é mediador, sempre, buscando conciliação e comunhão. Característica principal é sondar e conhecer o íntimo.
Desculpe-me decepcioná-lo, mas é impossível mentir para Ele. Aliás, impossível esconder dEle alguma coisa. Nem Deus esconde.
Na economia da Trindade, na qual cada um tem tarefa bem específica, o Espírito ajuda no propósito dos outros Dois.
Além de, como já foi dito, sondar o íntimo de Deus, dá suporte à obra de Jesus a nosso favor. Se Deus sempre amou e quis salvar, só poderia encarnado.
Se Jesus cumpriu, na cruz, todo o propósito do Pai, para crermos nEle, sermos batizados nessa tão grande salvação e crescermos em santidade, só, única e exclusivamente pelo Espírito.
Aliás, até mesmo Cristo, atesta a Bíblia, ofereceu-se a Deus pelo Espírito, isto é, a legitimidade da Pessoa e a integridade da oferta do corpo de Cristo na cruz tudo foi alvo de escrutínio do Espírito.
Intercede por nós, confirma a Bíblia, com gemidos inexprimíveis. Isso quer dizer que Ele aperfeiçoa, junto ao Pai, nossas orações. E trabalha para que sejam atendidas.
Educa-nos para que rejeitemos o pecado, puro controle de qualidade, uma vez que, agora salvos, precisamos mudar nossas preferências. Para vivermos "no presente século", diz Paulo Apóstolo a Tito, "sensata, justa e piedosamente".
E chega a ter ciúme de nós, como escreve Tiago, ciúme santo existe, quando nos quer inteiramente para o Pai e nenhuma parcela para nós mesmos ou para mundo.
O Espírito anseia por nós, assim como coloca em nós o Seu anseio pelo que é celestial. Nossa vida está oculta com Cristo em Deus, diz Paulo aos Colossenses. Não somos mais nós que vivemos, Cristo vive em mim, diz Paulo aos Gálatas.
Tudo isso obra do Espírito. Coisas do Espírito. Hoje, orando, desejei que minha oração fosse digna e coerente. Convenci-me de que Alguém intercedeu em meu auxílio.
sábado, 25 de agosto de 2018
quinta-feira, 23 de agosto de 2018
Mal traçadas linhas 95
Zumbis
Não. Definitivamente. Ressurretos não são zumbis. Essas séries costumam sugerir coisas interessantes.
Regra básica da ficção é seu contato com a realidade. Portanto, quem imagina mortos-vivos, pressupõe. E se pensa no retorno deles, sob que forma?
A Bíblia define uma forma. Ressurreição, para ela, aliás, tema sobre o qual, no areópago de Atenas, os gregos não quiseram ouvir Paulo, é essencial à fé.
Paulo Apóstolo afirma que se Jesus não ressuscitou nossa fé é vã, ou seja, não leva a nada. E não me venham com argumentação ateia pueril.
Costumam dizer que cremos, porque tememos a morte. Já discorri sobre isso neste blog. Assim como há ateus humildes, há crentes inteligentes.
Morte é coisa da vida. Não é por causa dela que se recorre à fé. E definitivamente ressurretos não são zumbis. São. E pronto. São os vivos de sempre restaurados à vida e imunes à morte e ao tempo.
Ressuscitar é saltar da vida para a eternidade. Evidentemente, que os que escolheram viver sem Deus, vão continuar vivendo sem Deus. Mas há uma diferença.
Nesta vida, tiveram escolha. Da ressurreição para lá, já fizeram sua escolha. Zumbis retornam com as marcas de sua vivência e da brutalidade com que foram tirados dela. Isso é ficção.
Ressurretos não têm mais a marca de finitude de sua vida terrena, senão a marca interna de sua escolha. Isso é realidade. Imaginem, então, a cena do juízo final.
Porque será a maior congregação de ressurretos, todos eles diante de Deus, o juiz, assim como de seus algozes. Qual não será a surpresa destes ao deparar suas vítimas.
Interessante o Apocalipse. Para a reunião dessa congregação de ressurretos, ele diz:
"E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras."
Apocalipse 20:13
Desde o prefeito em Teresópolis, RJ, que surrupiou a cota federal aos flagelados pela tromba d'água de 2011, até às vítimas de todos os genocídios, como judeus por nazistas, chineses por japoneses, russos por Stalin.
Vai ser por categoria: políticos corruptos, todos eles; genocidas, também; ditadores assassinos, todos; outras modalidades, enfim, todos que por si mesmos não julgaram necessário crer para ser salvos.
E muitas e muitos outros e estes assassinados e torturados e perseguidos, enfim. Cara a cara uns com os outros, vítimas e seus algozes. Sem aparência fantásmica. Sem ficção. Pura realidade.
Sem deboche, naquele dia. Com todo o deboche, nestes dias. Você, que enche de Deus, Deus, Deus sua boca. Mas com os atos, demonstra que, de Deus, não tem nenhum temor.
Procure-me neste dia. Vamos estar lá. Cara a cara vamos nos ver. E cara a cara com Deus, se você quer saber. Mesmo que você seja ateu, de marca ou de plantão: Deus não precisa de sua fé nEle (nem da minha) para existir.
E julgar. Não somos e nem seremos zumbis. Marcas físicas do modo como morremos ou morrermos não, de novo, aparecerão. Só as marcas internas da escolha mal feita ou não feita.
Me procura lá. Mas faça agora sua escolha certa. Opte por crer.
Não. Definitivamente. Ressurretos não são zumbis. Essas séries costumam sugerir coisas interessantes.
Regra básica da ficção é seu contato com a realidade. Portanto, quem imagina mortos-vivos, pressupõe. E se pensa no retorno deles, sob que forma?
A Bíblia define uma forma. Ressurreição, para ela, aliás, tema sobre o qual, no areópago de Atenas, os gregos não quiseram ouvir Paulo, é essencial à fé.
Paulo Apóstolo afirma que se Jesus não ressuscitou nossa fé é vã, ou seja, não leva a nada. E não me venham com argumentação ateia pueril.
Costumam dizer que cremos, porque tememos a morte. Já discorri sobre isso neste blog. Assim como há ateus humildes, há crentes inteligentes.
Morte é coisa da vida. Não é por causa dela que se recorre à fé. E definitivamente ressurretos não são zumbis. São. E pronto. São os vivos de sempre restaurados à vida e imunes à morte e ao tempo.
Ressuscitar é saltar da vida para a eternidade. Evidentemente, que os que escolheram viver sem Deus, vão continuar vivendo sem Deus. Mas há uma diferença.
Nesta vida, tiveram escolha. Da ressurreição para lá, já fizeram sua escolha. Zumbis retornam com as marcas de sua vivência e da brutalidade com que foram tirados dela. Isso é ficção.
Ressurretos não têm mais a marca de finitude de sua vida terrena, senão a marca interna de sua escolha. Isso é realidade. Imaginem, então, a cena do juízo final.
Porque será a maior congregação de ressurretos, todos eles diante de Deus, o juiz, assim como de seus algozes. Qual não será a surpresa destes ao deparar suas vítimas.
Interessante o Apocalipse. Para a reunião dessa congregação de ressurretos, ele diz:
"E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras."
Apocalipse 20:13
Desde o prefeito em Teresópolis, RJ, que surrupiou a cota federal aos flagelados pela tromba d'água de 2011, até às vítimas de todos os genocídios, como judeus por nazistas, chineses por japoneses, russos por Stalin.
Vai ser por categoria: políticos corruptos, todos eles; genocidas, também; ditadores assassinos, todos; outras modalidades, enfim, todos que por si mesmos não julgaram necessário crer para ser salvos.
E muitas e muitos outros e estes assassinados e torturados e perseguidos, enfim. Cara a cara uns com os outros, vítimas e seus algozes. Sem aparência fantásmica. Sem ficção. Pura realidade.
Sem deboche, naquele dia. Com todo o deboche, nestes dias. Você, que enche de Deus, Deus, Deus sua boca. Mas com os atos, demonstra que, de Deus, não tem nenhum temor.
Procure-me neste dia. Vamos estar lá. Cara a cara vamos nos ver. E cara a cara com Deus, se você quer saber. Mesmo que você seja ateu, de marca ou de plantão: Deus não precisa de sua fé nEle (nem da minha) para existir.
E julgar. Não somos e nem seremos zumbis. Marcas físicas do modo como morremos ou morrermos não, de novo, aparecerão. Só as marcas internas da escolha mal feita ou não feita.
Me procura lá. Mas faça agora sua escolha certa. Opte por crer.
segunda-feira, 20 de agosto de 2018
Artigos soltos 32
Jesus apelidou Simão por Cefas, Pedro, "pedra". Deve ter sido por causa de sua teimosia. Esta, bem trabalhada, poderia tornar-se perseverança.
Abandonando a covardia, que ele revelou ao tentar se escusar de que, junto com João, era também discípulo de Jesus, Pedro, realmente, foi rocha.
Ressuscitado, Jesus acercou-se dele, num circuito ao redor se uma fogueira, numa cena que reportava ao cenário da negação, para perguntar três vezes se era, verdadeiramente, amado por ele.
Pedro, corajosamente, nas três vezes, disse que amor, amor ele não tinha como garantir. Era o que Jesus queria ouvir. Foi verdadeiro. Ainda assim Jesus o declarou pastor de Suas ovelhas.
Pedro foi o primeiro pregador após a ressurreição de Jesus. Em companhia de João, amigo inseparável e intelectual calado a seu lado, falou mais em cruz, o que era escandaloso aos judeus, do que qualquer um outro, exceto Paulo.
Desafiou judeus maiorais, que o consideravam "iletrado e inculto", desbancando ironicamente as pretensões deles de ser "arquitetos" da religião de Israel.
Foi açoitado e preso, mas saiu espetacularmente, libertado por anjos. Paulo o considerava, por excelência, "apóstolo aos judeus", enquanto que ele mesmo "apóstolo aos gentios".
Certa vez, em Antioquia da Síria, foi necessário Paulo repreendê-lo, porque assumiu duas caras: era um na companhia de Paulo e dos membros daquela igreja, e outro, chegando a apartar-se do grupo, quando lá chegaram, de Jerusalém, judeus preconceituosos.
Um dos clássicos textos do sentido da conversão foi escrito por Paulo, aos gálatas, mostrando como Cristo demole barreiras, em função dessa repreensão a Pedro: andem segundo a verdade do evangelho.
Ao escrever sua segunda carta, Pedro elenca etapas necessárias aos crentes para vida e piedade. Demonstra como podemos nos tornar participantes da natureza de Deus, por meio de promessas por Ele mesmo concedidas.
Assim não seremos inativos e nem infrutíferos, ensina Pedro, no pleno conhecimento de Deus. E ainda será com dignidade que nos será suprida a entrada no Reino de Deus.
Vale a pena conhecer cada etapa dessas. É exatamente para que tudo que é pleno nesse conhecimento de Deus seja possível usufruir. Como dádiva, como dom, por Sua graça.
Até, então, ao próximo texto.
Abandonando a covardia, que ele revelou ao tentar se escusar de que, junto com João, era também discípulo de Jesus, Pedro, realmente, foi rocha.
Ressuscitado, Jesus acercou-se dele, num circuito ao redor se uma fogueira, numa cena que reportava ao cenário da negação, para perguntar três vezes se era, verdadeiramente, amado por ele.
Pedro, corajosamente, nas três vezes, disse que amor, amor ele não tinha como garantir. Era o que Jesus queria ouvir. Foi verdadeiro. Ainda assim Jesus o declarou pastor de Suas ovelhas.
Pedro foi o primeiro pregador após a ressurreição de Jesus. Em companhia de João, amigo inseparável e intelectual calado a seu lado, falou mais em cruz, o que era escandaloso aos judeus, do que qualquer um outro, exceto Paulo.
Desafiou judeus maiorais, que o consideravam "iletrado e inculto", desbancando ironicamente as pretensões deles de ser "arquitetos" da religião de Israel.
Foi açoitado e preso, mas saiu espetacularmente, libertado por anjos. Paulo o considerava, por excelência, "apóstolo aos judeus", enquanto que ele mesmo "apóstolo aos gentios".
Certa vez, em Antioquia da Síria, foi necessário Paulo repreendê-lo, porque assumiu duas caras: era um na companhia de Paulo e dos membros daquela igreja, e outro, chegando a apartar-se do grupo, quando lá chegaram, de Jerusalém, judeus preconceituosos.
Um dos clássicos textos do sentido da conversão foi escrito por Paulo, aos gálatas, mostrando como Cristo demole barreiras, em função dessa repreensão a Pedro: andem segundo a verdade do evangelho.
Ao escrever sua segunda carta, Pedro elenca etapas necessárias aos crentes para vida e piedade. Demonstra como podemos nos tornar participantes da natureza de Deus, por meio de promessas por Ele mesmo concedidas.
Assim não seremos inativos e nem infrutíferos, ensina Pedro, no pleno conhecimento de Deus. E ainda será com dignidade que nos será suprida a entrada no Reino de Deus.
Vale a pena conhecer cada etapa dessas. É exatamente para que tudo que é pleno nesse conhecimento de Deus seja possível usufruir. Como dádiva, como dom, por Sua graça.
Até, então, ao próximo texto.
quarta-feira, 15 de agosto de 2018
Mal traçadas linhas 94
Não há como pressupor, em Deus, previsibilidade. Quer dizer, sim e não, ao mesmo tempo porque, em Sua "insondavisibilidade" (se é que existe esta palavra: inescrutabilidade, pronto) e em Sua soberania (esta existe), não se pode forçá-Lo a nada.
Bem, mas falar dEle (e com Ele) pode. Aliás, a Bíblia esnoba tal possibilidade. Fala dEle todo o tempo (e o suficiente) para torná-Lo conhecido. Não fala tudo sobre Ele (pura pretensão), mas fala o suficiente.
Como disse Lucas Evangelista que Paulo Apóstolo falou: "não é necessário que se lHe procurem tateando, para que O possam achar". Mas aqui desejo falar (dEle) uma certa capacidade provocativa de procurar amizade com o ser humano (que criou a Sua imagem e semelhança).
Interessante. A Bíblia fala de anjos, seres celestiais também pelo Altíssimo criados que, inclusive, não partilham as limitações do homem. Mas não foram criados "à imagem e semelhança" de Deus. Estes são privilégios exclusivos do ser humano homem e mulher.
Mas vamos ao assunto. A primeira vez que a Bíblia fala dessa gana divina por amizade é quando, já sabendo da besteira fundante de todas as outras que o casal primordial fizera, dando ouvidos à oposição, procurou-os.
E a Bíblia diz que foi "na viração do dia", ao entardecer, supostamente a melhor parte do dia para diálogos reflexivos. Pois postas em dia as diferenças que, a partir desse diálogo, impuseram-se, anotadas as medidas emergenciais e compensatórias de todo o dano e exposto à expulsão o casal primordial, vida que segue.
Surpreendentemente o Livro nos coloca diante de outra provocação de amizade, desta vez ao inverso, em nossa reles opinião porque, para nós, entre Abel, o justo, e Caim, o canalha, preferivelmente o Altíssimo deveria ter procurado o primeiro. Mas não. Contradição de todas, procurou o canalha.
Confrontou esse inimigo de Deus. Aliás, não é exclusiva de Caim essa alcunha. Paulo Apóstolo, em sua teologia, esboça que todos, indistintamente, somos, por natureza, ou seja, inato é sermos inimigos de Deus (no entendimento e, como resultado, na práxis).
Sugeriu duas coisas a Caim: que se contivesse e que dominasse, como causa, em si mesmo, o pecado, sentimento este sobre que a Bíblia tem duas coisas a dizer: habita o ser humano, também inato a ele; é sempre contra o ser humano, contra a vida, contra o outro, contra Deus.
Caim nem aí para Deus. Esse pessoal que define um "deus de consumo" (que, definitivamente, não é o da Bíblia), esconde de todos esse texto, essa história: Abel ser assim, assim com o Altíssimo não lhe conferiu nem prosperidade, nem livrar-se do mal.
Também contra essa "fé utilitarista" clama, da terra (ainda), o sangue de Abel. E Deus continua em Sua tentativa de amizade com o ser humano. Com Noé, fê-lo passar por profeta louco, por construir longe da praia do mar uma arca monumental: não lhe seria útil para nada e nem poderia transportá-la aos oceanos.
Sem problemas, porque foram as águas que vieram ao encontro da arca. Ser amigo de Deus, para muitos ao redor, aliás, para a mídia, pode significar de duas uma (ou as duas): absolutamente inútil; loucura total.
Com Abraão Deus provocou amizade para lhe testar a paciência. Para que quando, e só quando, humanamente falando, fosse impossível, só então Deus agisse. Chamou isso de fé e declarou Abraão "pai da fé". Haja paciência (de Jó).
Aliás, falando de Jó, já dissemos, haja (nessa amizade) paciência. Com Moisés (pulando muitos outros, José seu antepassado, por exemplo - e sem mencionar mulheres, desculpem o machismo, porque Eva foi a primeira amiga, que ensinou a Enos, seu neto, os segredos dessa amizade).
Com Moisés foi provocação total. Deus estressa primeiro, antes de se mostrar (ou já se mostrando) amigo. (Mas também, lidar com ser humano estressa qualquer um(a)). Até Moisés entender que, no caminhar com Deus, no andar no Espírito, no aceitar deixar-se modelar, em caráter, do mesmo modo que Cristo se deixou modelar pelo Pai - "o filho não pode fazer de si mesmo nada, senão aquilo que vir fazer o Pai".
Amigo por excelência. Aqui está bem empregada esta palavra. No texto da videira, em que João Evangelista afirma que somos enxertados em Jesus e que Deus, o Pai, se torna agricultor, aperfeiçoando as varas que somos nós, nesse texto está escrito que Jesus nos torna amigos de Deus.
Mais essa do Galileu. Muito bom começarmos a entender isso.
Bem, mas falar dEle (e com Ele) pode. Aliás, a Bíblia esnoba tal possibilidade. Fala dEle todo o tempo (e o suficiente) para torná-Lo conhecido. Não fala tudo sobre Ele (pura pretensão), mas fala o suficiente.
Como disse Lucas Evangelista que Paulo Apóstolo falou: "não é necessário que se lHe procurem tateando, para que O possam achar". Mas aqui desejo falar (dEle) uma certa capacidade provocativa de procurar amizade com o ser humano (que criou a Sua imagem e semelhança).
Interessante. A Bíblia fala de anjos, seres celestiais também pelo Altíssimo criados que, inclusive, não partilham as limitações do homem. Mas não foram criados "à imagem e semelhança" de Deus. Estes são privilégios exclusivos do ser humano homem e mulher.
Mas vamos ao assunto. A primeira vez que a Bíblia fala dessa gana divina por amizade é quando, já sabendo da besteira fundante de todas as outras que o casal primordial fizera, dando ouvidos à oposição, procurou-os.
E a Bíblia diz que foi "na viração do dia", ao entardecer, supostamente a melhor parte do dia para diálogos reflexivos. Pois postas em dia as diferenças que, a partir desse diálogo, impuseram-se, anotadas as medidas emergenciais e compensatórias de todo o dano e exposto à expulsão o casal primordial, vida que segue.
Surpreendentemente o Livro nos coloca diante de outra provocação de amizade, desta vez ao inverso, em nossa reles opinião porque, para nós, entre Abel, o justo, e Caim, o canalha, preferivelmente o Altíssimo deveria ter procurado o primeiro. Mas não. Contradição de todas, procurou o canalha.
Confrontou esse inimigo de Deus. Aliás, não é exclusiva de Caim essa alcunha. Paulo Apóstolo, em sua teologia, esboça que todos, indistintamente, somos, por natureza, ou seja, inato é sermos inimigos de Deus (no entendimento e, como resultado, na práxis).
Sugeriu duas coisas a Caim: que se contivesse e que dominasse, como causa, em si mesmo, o pecado, sentimento este sobre que a Bíblia tem duas coisas a dizer: habita o ser humano, também inato a ele; é sempre contra o ser humano, contra a vida, contra o outro, contra Deus.
Caim nem aí para Deus. Esse pessoal que define um "deus de consumo" (que, definitivamente, não é o da Bíblia), esconde de todos esse texto, essa história: Abel ser assim, assim com o Altíssimo não lhe conferiu nem prosperidade, nem livrar-se do mal.
Também contra essa "fé utilitarista" clama, da terra (ainda), o sangue de Abel. E Deus continua em Sua tentativa de amizade com o ser humano. Com Noé, fê-lo passar por profeta louco, por construir longe da praia do mar uma arca monumental: não lhe seria útil para nada e nem poderia transportá-la aos oceanos.
Sem problemas, porque foram as águas que vieram ao encontro da arca. Ser amigo de Deus, para muitos ao redor, aliás, para a mídia, pode significar de duas uma (ou as duas): absolutamente inútil; loucura total.
Com Abraão Deus provocou amizade para lhe testar a paciência. Para que quando, e só quando, humanamente falando, fosse impossível, só então Deus agisse. Chamou isso de fé e declarou Abraão "pai da fé". Haja paciência (de Jó).
Aliás, falando de Jó, já dissemos, haja (nessa amizade) paciência. Com Moisés (pulando muitos outros, José seu antepassado, por exemplo - e sem mencionar mulheres, desculpem o machismo, porque Eva foi a primeira amiga, que ensinou a Enos, seu neto, os segredos dessa amizade).
Com Moisés foi provocação total. Deus estressa primeiro, antes de se mostrar (ou já se mostrando) amigo. (Mas também, lidar com ser humano estressa qualquer um(a)). Até Moisés entender que, no caminhar com Deus, no andar no Espírito, no aceitar deixar-se modelar, em caráter, do mesmo modo que Cristo se deixou modelar pelo Pai - "o filho não pode fazer de si mesmo nada, senão aquilo que vir fazer o Pai".
Amigo por excelência. Aqui está bem empregada esta palavra. No texto da videira, em que João Evangelista afirma que somos enxertados em Jesus e que Deus, o Pai, se torna agricultor, aperfeiçoando as varas que somos nós, nesse texto está escrito que Jesus nos torna amigos de Deus.
Mais essa do Galileu. Muito bom começarmos a entender isso.
terça-feira, 14 de agosto de 2018
Jesus e a comunhão
Não é construção humana. Não tem autoria humana. Tem parceria com Deus. Jesus diz que, do modo como ele e o Pai privam comunhão, sua igreja deve ser nEles, no mesmo modelo de comunhão, para que o mundo creia que Jesus é realidade.
Comunhão em Jesus define a identidade da igreja e seu testemunho ao mundo. Não existem êxtases no evangelho. Comunhão com o Pai não é isolacionismo asceta. Se você quer uma religião, escolha on line.
Comunhão com Deus implica comunhão na igreja. Se não, não é verdadeira (nem a igreja, nem a comunhão). Não existem tipos de amor. Não existe "muito" ou "pouco" amor. Não existe "quase" amor.
Sem amor (e sem perdão) não existe comunhão. Quando Paulo Apóstolo aos colossenses diz que, acima ainda do perdão está o amor, "vínculo da perfeição", coloca tudo no devido lugar.
Quando João Apóstolo diz que, quem ama a Deus, a quem não vê, e odeia o irmão, a quem vê, esse mente: não ama. Costumo dizer que, quando não é amor, não é "quase" amor. É ódio. É falso amor. É dissimulação. É disfarce.
Franca, cínica ou inadvertidamente praticamos isso nas igrejas. A Bíblia diz que o Espírito nos edifica na medida da estatura da plenitude de Cristo. Já dizia o cântico infantil, "o fruto do Espírito é o amor".
Igreja é comunhão. Igreja é perdão, como Deus perdoa. E ainda mais acima está o amor, como vínculo da perfeição. Comunhão não é camaradagem entre compadres e comadres de fé. É ação do Espírito em nós. Não existe comunhão sem perdão. Não existe comunhão sem amor.
Como diz Paulo, esforçando-nos para preservar a unidade do Espírito, no vínculo da paz. O Espírito é autor da comunhão. O esforço é nosso. O esforço é da igreja de Jesus.
Comunhão em Jesus define a identidade da igreja e seu testemunho ao mundo. Não existem êxtases no evangelho. Comunhão com o Pai não é isolacionismo asceta. Se você quer uma religião, escolha on line.
Comunhão com Deus implica comunhão na igreja. Se não, não é verdadeira (nem a igreja, nem a comunhão). Não existem tipos de amor. Não existe "muito" ou "pouco" amor. Não existe "quase" amor.
Sem amor (e sem perdão) não existe comunhão. Quando Paulo Apóstolo aos colossenses diz que, acima ainda do perdão está o amor, "vínculo da perfeição", coloca tudo no devido lugar.
Quando João Apóstolo diz que, quem ama a Deus, a quem não vê, e odeia o irmão, a quem vê, esse mente: não ama. Costumo dizer que, quando não é amor, não é "quase" amor. É ódio. É falso amor. É dissimulação. É disfarce.
Franca, cínica ou inadvertidamente praticamos isso nas igrejas. A Bíblia diz que o Espírito nos edifica na medida da estatura da plenitude de Cristo. Já dizia o cântico infantil, "o fruto do Espírito é o amor".
Igreja é comunhão. Igreja é perdão, como Deus perdoa. E ainda mais acima está o amor, como vínculo da perfeição. Comunhão não é camaradagem entre compadres e comadres de fé. É ação do Espírito em nós. Não existe comunhão sem perdão. Não existe comunhão sem amor.
Como diz Paulo, esforçando-nos para preservar a unidade do Espírito, no vínculo da paz. O Espírito é autor da comunhão. O esforço é nosso. O esforço é da igreja de Jesus.
Jesus e o apego às Escrituras
Jesus se baseava nas Escrituras. "Elas testificam de mim", ele dizia. Marcos, o primeiro evangelista a escrever sobre Jesus, começou dizendo: "Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus, segundo está escrito na profecia de Isaías".
Jesus apegava-se às Escrituras. Sua vida é cumprimento das Escrituras. Não dá para ser igreja de Jesus sem essa mesma postura. Quando ressuscitou, Jesus colou a dois discípulos no caminho de Emaús, aldeia próxima à Jerusalém.
Eles seguiam deprimidos. Decepcionados com os últimos acontecimentos. Jesus lhes indagou quais. Discorreram como haviam posto, eles e muitos outros, sua esperança no crucificado. É já fazia três dias que ele morrera brutalmente.
Jesus os interpelou com o vocativo "loucos". Demoravam a compreender as Escrituras. Estão lá as profecias. Jesus discorreu sobre elas. Pela lei, profetas e salmos, dando testemunho de si nas páginas da Bíblia.
Não dá para ser igreja de Jesus sem Bíblia. Sem conhecer e praticar, no e pelo Espírito, o que ali está escrito. Apego à palavra, sede e fome pela palavra, guardar no coração, cumprir e pregar a palavra.
Na medida do distanciamento da Bíblia está a perda de identidade da igreja. Esta é chamada por Jesus de "sal da terra e luz do mundo". Essa figura indica duas coisas essenciais.
Imagine esta tela de seu smarth sem luz. Imagine os controles do seu último voo apagados. Sem luz não há direção. E a luz da igreja indica o rumo para longe das trevas do pecado. Só a Bíblia denuncia o pecado. E mostra como vencê-lo.
Sal significa gosto. A vida e o ser humano perderam seu gosto. Estragou-se a vida e estragados estão homens e mulheres. Para voltar a ser segundo o coração de Deus, imagem e semelhança de Deus, somente sendo sal.
E diz Jesus, se o sal, que é a igreja, se tornar insípido, ou seja, sem gosto, será pisado nas ruas pelos homens e nem para adubo servirá. Nem para lixo e restolho servirão. A perda de identidade da igreja reside na proporção direta de seu descaso com as Escrituras.
Cada crente individualmente precisa retornar à Bíblia. Use a bíblia on line de sua telinha na rua, nas folgas no trabalho (estou escrevendo agora nela). Mas em casa e na igreja, leve sua Bíblia de papel. Sublinhe, anote leia e releia.
Telinha na igreja distrai. Vibra, desvia tua atenção e a dos outros. Faça como Maria, guarde no coração e confira. Faça como Josué, recomende sua leitura, apego e testemunho. Faça como Timóteo, leitura pública e ensino, desde muito cedo, aos filhos.
Não há como ser igreja sem Escrituras. A identidade, autenticidade e cartilha dela estão em suas páginas. Não há como o Espírito agir sem as Escrituras. Não há como a igreja cumprir sua missão sem as Escrituras.
Jesus apegava-se às Escrituras. Sua vida é cumprimento das Escrituras. Não dá para ser igreja de Jesus sem essa mesma postura. Quando ressuscitou, Jesus colou a dois discípulos no caminho de Emaús, aldeia próxima à Jerusalém.
Eles seguiam deprimidos. Decepcionados com os últimos acontecimentos. Jesus lhes indagou quais. Discorreram como haviam posto, eles e muitos outros, sua esperança no crucificado. É já fazia três dias que ele morrera brutalmente.
Jesus os interpelou com o vocativo "loucos". Demoravam a compreender as Escrituras. Estão lá as profecias. Jesus discorreu sobre elas. Pela lei, profetas e salmos, dando testemunho de si nas páginas da Bíblia.
Não dá para ser igreja de Jesus sem Bíblia. Sem conhecer e praticar, no e pelo Espírito, o que ali está escrito. Apego à palavra, sede e fome pela palavra, guardar no coração, cumprir e pregar a palavra.
Na medida do distanciamento da Bíblia está a perda de identidade da igreja. Esta é chamada por Jesus de "sal da terra e luz do mundo". Essa figura indica duas coisas essenciais.
Imagine esta tela de seu smarth sem luz. Imagine os controles do seu último voo apagados. Sem luz não há direção. E a luz da igreja indica o rumo para longe das trevas do pecado. Só a Bíblia denuncia o pecado. E mostra como vencê-lo.
Sal significa gosto. A vida e o ser humano perderam seu gosto. Estragou-se a vida e estragados estão homens e mulheres. Para voltar a ser segundo o coração de Deus, imagem e semelhança de Deus, somente sendo sal.
E diz Jesus, se o sal, que é a igreja, se tornar insípido, ou seja, sem gosto, será pisado nas ruas pelos homens e nem para adubo servirá. Nem para lixo e restolho servirão. A perda de identidade da igreja reside na proporção direta de seu descaso com as Escrituras.
Cada crente individualmente precisa retornar à Bíblia. Use a bíblia on line de sua telinha na rua, nas folgas no trabalho (estou escrevendo agora nela). Mas em casa e na igreja, leve sua Bíblia de papel. Sublinhe, anote leia e releia.
Telinha na igreja distrai. Vibra, desvia tua atenção e a dos outros. Faça como Maria, guarde no coração e confira. Faça como Josué, recomende sua leitura, apego e testemunho. Faça como Timóteo, leitura pública e ensino, desde muito cedo, aos filhos.
Não há como ser igreja sem Escrituras. A identidade, autenticidade e cartilha dela estão em suas páginas. Não há como o Espírito agir sem as Escrituras. Não há como a igreja cumprir sua missão sem as Escrituras.
Aquele homem é Jesus
Novidade do evangelho. Jesus perambulava pelo entorno do mar da Galileia, apelido do lago de Genesaré, outro de seus nomes.
A prioridade dele eram as pessoas. Fosse na ida às festas de Jerusalém, nas varandas do templo, de casa em casa, fosse na sogra de Pedro, casa de Zaqueu ou Mateus, das irmãs de Lázaro.
Social. A agenda de Jesus estava relacionada a sua prioridade em alcançar pessoas. Às margens do lago, apelidado também mar de Tiberíades, todas as cidades às suas margens.
Certo dia gritou da praia a um grupo de um barco: "Joguem a rede para o outro lado". Estranharam. Os pescadores. De que entendia aquele homem de pescaria?
Ora, haviam varrido, pelos caminhos das correntezas, de ponta a ponta o lago. Aquele homem achava que pescar era, apenas, "jogar do outro lado"? Sim, achava. Jogar para todos os lados.
Aquele homem era Jesus. Entreolharam-se. Quem pensa que é? Que entende de pesca o filho do carpinteiro? "Joguem para o outro lado", insistia.
"Ora, já fizemos. Varamos de ponta a ponta mas, sob tua palavra, lançaremos". Devem ter dito, pelo menos Pedro sairia com esse argumento. "Vamos! Vamos, para fazer calar logo o tagarela".
Mas era Jesus aquele homem. Jogaram. Deixaram-na afundar. O primeiro arranque deve ter sido de Pedro mesmo, para logo trazer a rede. Pois o tranco que ganhou quase o precipita para fora do barco.
Estarrecidos. Pediram ajuda a outros barcos. Naquela manhã, na praia da Galileia, o filho adotivo do carpinteiro sinalizou como pretendia encher e encher redes de peixes.
Tratava-se da parábola da rede, no chamado dos pescadores de homens. "Eu vos farei pescadores de homens". Aprenderam sobre o poder de Jesus.
Aqui a principal lição. Viver sob o comando da palavra de Jesus. Sua missão principal é a mesma da igreja: encher redes de homens chamados à salvação e ao seguimento de Jesus.
Esse é o sentimento de Jesus. Sua agenda incluía percorrer as margens do mar da Galileia para convocar seus discípulos. Ali lhes mostrou seus sinais.
Mudou definitivamente a agenda deles. Tornou-os pescadores de homens. Missão principal da igreja. Ser igreja e estar debaixo da palavra de Jesus. Ter em si o sentimento de Jesus. Convocar homens à salvação, em nome de Jesus.
Atualize-se, igreja. Redescruba o valor da mensagem do evangelho, milagre e poder permanentes. E tenha sobre si a autoridade de Jesus, para o anúncio contínuo da mensagem de salvação. Joguem a rede para todos os lados.
sábado, 11 de agosto de 2018
Mal traçadas linhas 93
Haveria amigo (ou amigos) de Deus. A Bíblia refere-se a dois: Abraão e Davi, nessa condição.
Mas em João 15, o célebre texto da videira, é dito que Jesus colocou todos os que foram nela enxertados nessa mesma condição.
Retórica? Automaticamente amigos? Que características satisfazem tal condição?
Amós, o profeta, supõe que nada Deus faz sem que antes revele a profetas. Essa espécie de confidência revelaria traços de uma intimidade típica entre amigos?
Amigos se procuram. Deus, insistentemente, procura. Confidencia. Sente a ausência. Em contrapartida, o homem também.
Por isso, talvez, as mulheres sejam mais íntimas. Tenham mais facilidade de ser francas, sinceras, "derramar a alma", como fez Ana.
Não concederia o Espírito aos homens essa mesma sensibilidade? Essa mesma urgência? Pelo menos, seria esse seu mister. Parácleto, como o denomina a língua grega.
Paulo Apóstolo diz que por nós anseia o Espírito, para que sejamos revestidos do que é celestial. Tiago fala do ciúme que por nós o mesmo Espírito nutre.
Sem dúvida vai estimular nossa aproximação com o Altíssimo até o nível de uma amizade. E a privacidade, mesmo que se quisesse, torna-se impossível.
Porque, nessa relação, o Espirito em essência sonda o íntimo de Deus e, a nosso favor, exprime-se continuamente, embora por modo imperceptível.
Sentes falta de Deus. Ele sente tua falta. Solidão de um, solidão do Outro. Amizade certa. Nada faz, sem antes revelar Suas intenções a seus amigos.
Mas em João 15, o célebre texto da videira, é dito que Jesus colocou todos os que foram nela enxertados nessa mesma condição.
Retórica? Automaticamente amigos? Que características satisfazem tal condição?
Amós, o profeta, supõe que nada Deus faz sem que antes revele a profetas. Essa espécie de confidência revelaria traços de uma intimidade típica entre amigos?
Amigos se procuram. Deus, insistentemente, procura. Confidencia. Sente a ausência. Em contrapartida, o homem também.
Por isso, talvez, as mulheres sejam mais íntimas. Tenham mais facilidade de ser francas, sinceras, "derramar a alma", como fez Ana.
Não concederia o Espírito aos homens essa mesma sensibilidade? Essa mesma urgência? Pelo menos, seria esse seu mister. Parácleto, como o denomina a língua grega.
Paulo Apóstolo diz que por nós anseia o Espírito, para que sejamos revestidos do que é celestial. Tiago fala do ciúme que por nós o mesmo Espírito nutre.
Sem dúvida vai estimular nossa aproximação com o Altíssimo até o nível de uma amizade. E a privacidade, mesmo que se quisesse, torna-se impossível.
Porque, nessa relação, o Espirito em essência sonda o íntimo de Deus e, a nosso favor, exprime-se continuamente, embora por modo imperceptível.
Sentes falta de Deus. Ele sente tua falta. Solidão de um, solidão do Outro. Amizade certa. Nada faz, sem antes revelar Suas intenções a seus amigos.
quinta-feira, 9 de agosto de 2018
Mal traçadas linhas 92
Já falei aqui sobre o Salmo 139. É porque alguns textos bíblicos saltam à vista e grudam. Este salmo, por exemplo.
Deve ser por causa da natureza humana tendente ao horóscopo. Nada a ver. Sem chance de prognósticos na leitura deste salmo.
Por dizer que Deus tem a conta de todos os nossos dias. E os conhece e os predeterminou um a um. Cuidado com as deduções.
Não existem determinismos. E nem sortes a azares da vida constam na responsabilidade do Altíssimo. Ah, quanta coisa em minha vida agradeço por ter acontecido.
Posso dizer que são as principais. E coisas ruins? Há outra penca delas que Deus transformou em coisas boas. Bem, e as demais?
Ah, que triste. Houve outras coisas que não tiveram nada a ver com Deus. O Altíssimo deve ter se debruçado sobre elas e lamentado. Entristeci e, em alguns momentos mesmo apaguei o Espírito Santo em minha vida.
Mas lembro que Paulo Apóstolo afirma que Aquele que começou boa obra em nós, vai completar. Penso, mas se atrapalhamos? Jeremias complementa, indicando que somos barro nas mãos do oleiro.
Dias contados e conhecidos por Deus não significa determinismo. Significa parceria. Somos imagem de Deus no mundo. A glória de Deus está (ou não está) refletida em nossa cara. E falamos em nome dEle.
Nesse sentido é que são contados nossos dias. Oh, ensina-nos, até que alcancemos coração sábio.
Deve ser por causa da natureza humana tendente ao horóscopo. Nada a ver. Sem chance de prognósticos na leitura deste salmo.
Por dizer que Deus tem a conta de todos os nossos dias. E os conhece e os predeterminou um a um. Cuidado com as deduções.
Não existem determinismos. E nem sortes a azares da vida constam na responsabilidade do Altíssimo. Ah, quanta coisa em minha vida agradeço por ter acontecido.
Posso dizer que são as principais. E coisas ruins? Há outra penca delas que Deus transformou em coisas boas. Bem, e as demais?
Ah, que triste. Houve outras coisas que não tiveram nada a ver com Deus. O Altíssimo deve ter se debruçado sobre elas e lamentado. Entristeci e, em alguns momentos mesmo apaguei o Espírito Santo em minha vida.
Mas lembro que Paulo Apóstolo afirma que Aquele que começou boa obra em nós, vai completar. Penso, mas se atrapalhamos? Jeremias complementa, indicando que somos barro nas mãos do oleiro.
Dias contados e conhecidos por Deus não significa determinismo. Significa parceria. Somos imagem de Deus no mundo. A glória de Deus está (ou não está) refletida em nossa cara. E falamos em nome dEle.
Nesse sentido é que são contados nossos dias. Oh, ensina-nos, até que alcancemos coração sábio.
sexta-feira, 3 de agosto de 2018
Mal traçadas linhas 91
Cara a cara
Metáfora de vida. Adão e Eva esconderem-se após a queda é metáfora de vida. O ser humano acha que, nelas, na vida e na queda, esconde-se de Deus.
Como diz Paulo Apóstolo, se a nossa esperança, quanto à vida, se limita - desculpe dizer - ao estado de consciência entre o buraco de saída da mulher/entrada na vida, no nascimento, e o de saída da vida/entrada na morte, somos infelizes.
Somente corrijo a afirmação do Apóstolo, para dizer que nem precisamos dessa constatação para ser infelizes. Aliás, com razão/sem razão ocorre (in)felicidade. Euforia/depressão, modos artificiais ao inverso também assolam a humanidade.
A vida constitui-se no enredo por detrás de cortinas que julgamos existir. Mas seu drama aparece no palco cósmico à vista de todos os anjos. À vista do Altíssimo, nem precisa dizer, que todos já sabemos que aparece.
Se é assim, como disse Jó, os abortos são mais felizes. Aliás, UOL informa que hoje começa a discussão sobre o aborto. A própria discussão já é um aborto. Aborto é abrir mão da possibilidade de vida.
Antecipadamente, já sabemos que o homem, bem, este não está nem aí mas que, talvez, (muitas) mulheres queiram aborto. Ou pratiquem. Banalizou-se tanto que dizem ser uma questão de saúde pública.
Não é. É uma questão de abrir mão da possibilidade de vida. Ao invés de evitar engravidar, fazer propaganda de meios contraceptivos, prefere-se a propaganda de abortar a vida. "Arte da discussão posta à prova", diz Eloísa Machado de Almeida.
Porque a responsabilidade de gerar e gestar não é só dela. Gravidez não é espontânea, aborto não pode ser espontâneo. Vamos abortar este assunto, porque estamos aqui falando de vida como teatro de fuga. Uma vez cuspido na vida, o ser humano pensa que, nela, pode se esconder de Deus.
Abram-se céus. Vede o firmamento acima do firmamento. Literalmente, olhem para além da matéria escura. Que cena veem? Se não, olhem-se no espelho. Olhem-se cara a cara. Na face de Cristo, diz a Bíblia, reflete-se a glória de Deus.
Para além do cenário montado, lindo, diga-se de passagem (pela vida), descortinam-se. Portanto, vida não é fuga. Não se distraia com o cenário (ou no cenário). Atente ao que está por detrás do véu.
E lembre-se que, como diz Mateus Evangelista, na morte de Cristo, o véu se rasgou. Nem pense em fuga, nem pense em teatralizar. Nossa máscara caiu.
Metáfora de vida. Adão e Eva esconderem-se após a queda é metáfora de vida. O ser humano acha que, nelas, na vida e na queda, esconde-se de Deus.
Como diz Paulo Apóstolo, se a nossa esperança, quanto à vida, se limita - desculpe dizer - ao estado de consciência entre o buraco de saída da mulher/entrada na vida, no nascimento, e o de saída da vida/entrada na morte, somos infelizes.
Somente corrijo a afirmação do Apóstolo, para dizer que nem precisamos dessa constatação para ser infelizes. Aliás, com razão/sem razão ocorre (in)felicidade. Euforia/depressão, modos artificiais ao inverso também assolam a humanidade.
A vida constitui-se no enredo por detrás de cortinas que julgamos existir. Mas seu drama aparece no palco cósmico à vista de todos os anjos. À vista do Altíssimo, nem precisa dizer, que todos já sabemos que aparece.
Se é assim, como disse Jó, os abortos são mais felizes. Aliás, UOL informa que hoje começa a discussão sobre o aborto. A própria discussão já é um aborto. Aborto é abrir mão da possibilidade de vida.
Antecipadamente, já sabemos que o homem, bem, este não está nem aí mas que, talvez, (muitas) mulheres queiram aborto. Ou pratiquem. Banalizou-se tanto que dizem ser uma questão de saúde pública.
Não é. É uma questão de abrir mão da possibilidade de vida. Ao invés de evitar engravidar, fazer propaganda de meios contraceptivos, prefere-se a propaganda de abortar a vida. "Arte da discussão posta à prova", diz Eloísa Machado de Almeida.
Porque a responsabilidade de gerar e gestar não é só dela. Gravidez não é espontânea, aborto não pode ser espontâneo. Vamos abortar este assunto, porque estamos aqui falando de vida como teatro de fuga. Uma vez cuspido na vida, o ser humano pensa que, nela, pode se esconder de Deus.
Abram-se céus. Vede o firmamento acima do firmamento. Literalmente, olhem para além da matéria escura. Que cena veem? Se não, olhem-se no espelho. Olhem-se cara a cara. Na face de Cristo, diz a Bíblia, reflete-se a glória de Deus.
Para além do cenário montado, lindo, diga-se de passagem (pela vida), descortinam-se. Portanto, vida não é fuga. Não se distraia com o cenário (ou no cenário). Atente ao que está por detrás do véu.
E lembre-se que, como diz Mateus Evangelista, na morte de Cristo, o véu se rasgou. Nem pense em fuga, nem pense em teatralizar. Nossa máscara caiu.
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