domingo, 1 de março de 2015


 Orações.

      Creio que a experiência dos crentes (sempre, aqui, me referindo aos verdadeiros, autenticados pelo selo do Espírito Santo, veja lá em Efésios) com a oração é semelhante à nossa experiência com a respiração. Quanto tempo você aguenta ficar sem respirar? Quanto tempo você aguenta ficar sem orar?

    Oração é a experiência fundadora da vida cristã, porque, antes mesmo de crer, a gente orou, pela primeira vez, exatamente para isso, para começar a crer. Daí para a frente, quando descobrimos que Deus nos ouve, mesmo porque, antes desta primeira oração, a fundadora de nossa fé, a gente havia aprendido que Deus fala, então começamos a respirar, ou seja, nunca mais deixamos de orar.

    Oração é a respiração da fé, ou, se desejar, a respiração da vida. Vida com Deus, é claro, vida em Deus, vida em Jesus, mesmo porque há quem viva, morto vivo, como diz Paulo em sua carta a Timóteo (não me lembro em qual das duas, pesquise lá), vive mas é morto, porque não vive em Deus, não tem comunhão com Deus.

     Mas orações há mais intensas do que outras. Sim creio mesmo que há intensidade de oração, dependendo da emergência em questão. A primeira, mesmo, oração que fizemos, foi emergencial para caramba, mesmo porque foi a da salvação. Antes dessa fundadora, estávamos perdidos e nem sabíamos disso. Foi quando, convencidos pelo Espírito que, segundo diz João (no Evangelho que escreveu) que o Espírito é o único que pode convencer do pecado, da justiça (de Deus) e do juízo (dEle também) nos rendemos a essa salvação, graça na qual estamos firmes, diz Paulo aos Romanos, ali pelo início do capítulo 5 (quebrei teu galho, agora, poupando uma busca mais acurada, mas não se acostuma não, vá ler a Bíblia).

      Pois na insônia desta madrugada, eu comecei a pensar nas orações que fiz que foram vitais para mim. A primeira, essa fundadora, não me lembro direito quando fiz, só me lembro de atender a um apelo, em abril de 1963, Igreja Evangélica Congregacional de Nilópolis, Ivan Espíndola de Ávila, declarando ao povo que estava por lá que desejava ser crente, aceitar Jesus, como costumamos nos expressar. Lembro, também, de perguntar a Dorcas, minha mãe, se dava mesmo para sustentar aquela decisão, porque o pastor me deu, para assinar, um cartão-diploma de convertido, onde estava 'sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida'. Como, na minha mentalidade de menino, eu achava que morte, naquela época, era coisa meio remota, medrei que pudesse, até esse dia, desistir da coisa, ou seja, de ser crente. Minha mãe e depois meu pai reforçaram, dizendo que não me preocupasse com isso.

     Mas outras orações, com referencial nessa primeira, vieram, quando suspeitei, em algumas ocasiões e circunstâncias, que não era crente, coisa nenhuma. Mas foram surtos que uma oraçãozinha ou outra logo supriram, é claro, a Bíblia sempre como cúmplice dessas orações. Ah, sim, já ia faltando dizer, a Bíblia é o Livro de Oração, quero dizer, é o manual de oração. Eu também me lembro, já que o surto, aqui, é de reminiscências, quando resolvi ler todas as orações que eu poderia encontrar na Bíblia. Comecei por Abraão, interpretando como oração aquela conversa com o Altíssimo em que ele desejava poupar Ló se ser subvertido junto com Sodoma e Gomorra. E por aí fui.

    A de Moisés, quando entendi que aquele diálogo lá do início do Êxodo era uma oração, a oração da vocação de Moisés. Aliás, essa história de vocação, quando suspeitei de que Deus me queria pastor, orei muito, mas era para saber se era mesmo real a vocação, caso contrário, eu não desejava para mim. Foi uma fase de muita e desesperadas orações, para efeito de confirmação ou não. Hoje, está confirmado, sou mesmo (para alguns) pastor. Mas pulei etapas porque, antes desta fase de orações para confirmar vocação, houve uma outra, intermediária. Vou falar dela a seguir.
     

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