Esse teólogo reformado holandês concorda com o Apóstolo Paulo, que escreveu: "E vos renoveis no espírito da vosso entendimento". Efésios 4:23
Reforma não deve ser vista como revanche. É claro que ela teve seu momento histórico e todos os condicionantes de época. Mas o seu espírito é condizente com a ideia de missão, identidade e finalidade da igreja.
Esta é concepção de Jesus. Edificarei a minha igreja, Jesus disse. Quem quiser ser dono da igreja, falseou a ideia original. Mas ela é composta por homens, específica e genericamente falando.
Portanto, haverá avanços, recuos, erros e acertos. Por isso a sentença "igreja reformada sempre se reformando". Ora, se a Bíblia mesma afirma que Jesus "crescia em sabedoria, estatura e graça" e que ainda "aprendeu a obedecer" mesmo e precipuamente pelo que sofreu, como não a própria igreja não terá essa experiência?
Qual igreja? De que tipo a igreja? Aqui vão entrar as reivindicações de autenticidade exaustiva e reincidentemente requeridas. E a costumeira discussão sobre quem tem o selo de marca. Ora, o selo é o Espírito, que Jesus ensinou a Nicodemos que vem, vai ou venta onde quer.
A Igreja está no mundo. Deveria estar nas ruas, boêmia, como Jesus sempre esteve encarnado. Por razões históricas, que se institucionalizasse, até, mas que não tentasse nunca aprisionar o Espírito em suas celas.
Mas Jesus nas ruas não significa encontrá-lo e sair o mesmo, como aquele jovem rico, cioso de guardar todos os mandamentos, mas o amor, o único, demonstrou não querer como opção para a sua vida.
Ninguém encontra Jesus e sai o mesmo desse encontro. E não se trata de ortodoxia ou um banho galvanizado de qualquer pensamento, filosofia ou ideologia de ocasião. A metanoia de Jesus tem a marca de autenticidade dEle.
Tem um lado místico sim. Se Jesus, que derramou o Espírito, como Pedro atestou na primeira pregação após a ressureição do Cristo, não batizar no Espírito, como João, o Batista, atestou que somente Jesus faz, pode até haver reinvidicação legal de pertença a uma igreja qualquer, mas não haverá selo de autenticidade.
Jesus é o Senhor da igreja. Isso não é reivindicação de senhorio político ou legenda de exclusão. Não. É marca de autenticidade. O grupo que anda com ele. O grupo marginal, que seja, dentro do tecido social, ainda que autêntico, que decidiu chamar-se por esse nome, associado a Cristo. É mais roda que instituição.
Sem placa. Sem nome. Chamada igreja. Ou a reforma preserva a identidade e prevalece a marca de presença do Espírito. Ou a placa, o nome barato que seja, até às vezes carismático, que a ela emprestaram, ou outros ricos em sinônimos galácticos, mundiais ou siderais, roubam a sua identidade.
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