Eli Shukron, arqueólogo israelense afirma, peremptoriamente, ter encontrado o lugar onde Abraão ofertou a Melquisedeque: v'hu' cohen l''el "elion, no hebraico, quer dizer "e era sacerdote do Deus altíssimo", Gn 14,18.
Eli descreve o aparato despojado do local. Uma pedra como mesa, uma canaleta para escorrer as sobras do sacrifício, fosse sangue ou a gordura, e mais nada.
Confirmado ou não o local, o que importa é a simplicidade e o despojamento sugeridos. Ele destaca que "em outros povos como no Egito e Mesopotâmia, a adoração era feita em templos, com ouro e ídolos, mas apenas os hebreus usavam pedras".
E acrescenta: “A pedra é a casa de Deus, não há ouro nem diamantes, tudo é simples, é o que Deus quer que sejamos, simples. É fantástico. Por quê? Por que razão? Para nos conectar com Deus”, declarou Shukron.
O mais importante foi a dimensão do encontro. Entre os dois e deles com Deus. Não que o Altíssimo os esperasse ali. O lugar, mesmo despojado de regalias, ainda não era o mais importante.
Histórias antes desta já haviam definido o diferencial: andar com Deus. Esses dois homens andavam com Deus. Seu encontro celebrava essa parceria.
E Abraão, em processo de ser declarado patriarca, "pai do povo", aplicou a si o principio destacado aos filipenses: "considerar o outro superior a si mesmo".
Todos somos sacerdotes do Deus Altíssimo. E dar o dízimo significa que nos demos a Ele que, antes ainda, havia se dado por nós e em nosso lugar na cruz.
Vivamos para ele, porque vivemos por ele, e ele morreu "para que os que vivem (por ele) não vivam mais para si mesmos". Simplicidade e despojamento.
- Simples assim. A comunhão é assim simples e despojada. Mas foi conquistada a preço de sangue. A canaleta, pela qual escorreu sangue e óleo.
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