Em 28 de setembro de 1952,
com assinatura de Henrique de Souza Jardim, secretário “ad hoc”, e presidência
de Manoel Medeiros de Carvalho, presidente dirigente a ser empossado neste dia, como consta nas assinaturas, foi lavrada a que
se chamou “Ata nº 1 da reunião inaugural da Congregação Evangélica de
Madureira, sita na Rua Firmino Fragoso, 26”, seguindo a data já aqui no início
indicada.
Quem presidia essa reunião, como
ali assinalado, foi o pastor Sinésio Lyra, da Igreja Evangélica Fluminense. Pois
foi essa geração que, assim, iniciava a história da Igreja Evangélica
Congregacional de Cascadura, aquela que marcou, como vida de igreja, a minha
formação. A partir de 1966, com 9 anos incompletos, vim para essa igreja com
Dorcas, ficando até 1994, sem saber, naquela época, que seria seu pastor, a
partir de 1983.
O pastor inicia a reunião às
19h20 desse dia, os crentes presentes cantam o nº 134 de Salmos & Hinos,
numeração antiga, e prossegue numa preleção, como consta na ata, de incentivo
aos irmãos, prolongando-se até às 19h42, quando declara inaugurada a Congregação,
uma vez filiada à Igreja Evangélica Fluminense. A seguir, constam os nomes da
geração que assinalei acima.
Amaury de Souza Jardim, consta
como primeiro nome, irmão que é do secretário dessa reunião, e logo após consta
o nome da mãe deles dois, Anna da Silva Jardim. Seguem Sofia Prudente da Silva,
Maria Rodrigues Lemos e Fernando Landim de Souza; Maria da Glória Cardoso de
Souza, Orlando de Oliveira Luna e Odessa de Carvalho Sezures, esta mãe da irmã,
a seguir anotada em ata, Arsylene de Carvalho Sezures, já noiva do secretário “ad
hoc” e prontos para o casamento que se deu em 1954.
Joaquim Guedes Júnior, a quem
conheci pessoalmente e alcancei como líder do trabalho com crianças na futura
Congregação de Magno, na antiga Vila das Torres, que hoje não mais existe.
Nelson Celestino dos Santos e Maria da Glória Celestino dos Santos, na casa de
quem esses mesmos membros, egressos da Congregacional de Piedade se reuniam,
antes dessa reunião histórica aqui assinalada. A seguir, três filhas deste
casal assinalam o rol dos membros
fundadores: Lídia, Lígia e Léa Celestino dos Santos.
Nesta mesma lista de
depoimentos, aguardem outra entrevista, desta vez com Lídia. Jeconias Celestino
dos Santos e sua filha, Lourdes Costa dos Santos que, aliás, com o sobrenome
Benevides, excluído Costa, passou a ser minha sogra, a partir de 2 de janeiro
de 1993. Até esse ponto, entendam, portanto, essa geração, realmente, marcou
minha vida. E seguem os nomes da outra filha, Gilca Costa dos Santos, e da
esposa, Oscarina Costa dos Santos. Essa duas famílias aqui citadas eram de duas
irmãs, Maria da Glória e Oscarina, casadas com dois irmãos, Nelson e Jeconias
Celestino dos Santos.
A seguir, a lendária Naura
Ferreira Araujo da Silva. Sua marca foi ser organista, como a encontrei em
Cascadura. Tive o prazer de ser seu pastor, por alguns anos, até sua despedida
no Largo do Pechincha. Morou com d. Odessa, nos fundos da Igreja Congregacional
na João Romeiro, como zeladoras. Também com Maria Etelvina e João, também como
zeladores do terreno da Pe. Telêmeco 149. E por um tempo com uma amiga e irmã
em Cristo, Aurea, em Pedra de Guaratiba. Em minhas idas ao Seminário, como
professor, eu visitava Naura frequentemente, na casa dessa amiga.
Manoel Medeiros de Carvalho, Elza, Uyratan e
Marília, todos Silva de Carvalho, um casal e seus dois filhos, encerram a lista
destes 26 irmãos, a maioria a quem conheci pessoalmente, privando momentos de
comunhão com eles não, evidentemente, na Firmino Fragoso, visto que meus pais
também casaram em 1954 e eu somente nasci em 1957. E, last but not least, muito
característico, logo após o anúncio da oficialização da Congregação, a irmã
Arsylene faz solo do hino “A cruz de Cristo” e, como somente poderia ocorrer, a
irmã Lourdes, é claro, “declama linda poesia própria para o dia”, literalmente
assim escrito por Henrique Jardim diga-se, de passagem, um eterno gozador.
Zila dos Santos também canta,
filha do diácono Azarias dos Santos, também futuro regente do coral e
instrumentista, aliás, propriamente, dos “sete instrumentos”, e outra irmã de
Lídia, Lígia e Léa, não mencionada como membro, Rute Celestino dos Santos “recita,
com muito sentimento, uma bela poesia”, assinala o secretário “ad hoc”. Parecendo
ser um concurso de poesia, mais uma vez o secretário: “...a irmã Marília Silva
de Carvalho recita, também, uma poesia, fazendo alarde de grande calma e
expressão.” Esse secretário é mesmo literário.
O pastor Sinésio Lyra, às
20h, dará posse aos diversos líderes da novel Congregação:
Vice-Superintendente: Manoel Medeiros de Carvalho que, por sinal, ao fim,
assinará esta ata; Superintendente da Escola Dominical: Jesuíno dos Santos,
este o pai de Azarias, avô de Zila, uma das declamadoras; Diretor do Departamento
Infantil: Joaquim Guedes Júnior; Diretora do Rol de Berço: Odessa de Carvalho
Sezures, que também acumulou a Presidência da União Feminina. Completou a
diretoria deste órgão a vice-presidente, Maria da Glória Costa dos Santos; a 1ª
secretária, Elza Silva de Carvalho, e a 2ª, Maria da Glória Cardoso de Souza;
e tesoureira a irmã Anna da Silva Jardim.
Amaury de Souza Jardim,
presidente da União de Mocidade, com os irmãos Uyratan e Marília,
respectivamente, vice-presidente 1ª secretária. A 2ª secretária foi Lídia Celestino
dos Santos e a tesoureira, Zila dos Santos que, embora de mesmo sobrenome,
apenas em Cristo são irmãs. Para o Coro da Congregação, Presidente Manoel
Medeiros de Carvalho, a secretária, a irmã Naura e a tesoureira, a irmã
Arsylene. Rev. Odilon de Oliveira, presente e, aliás, em defesa de quem esses
irmãos se deslocaram da Congregacional de Piedade, para fundar esta Congregação, ora, antecipando a mensagem da
noite, que o pastor Sinésio Lyra baseou em João 1:15-51, como assinalou o
secretário Henrique Jardim.
O Coral cantou, vejam bem, saudosistas,
eu incluído, que cantei em Cascadura, em diversas ocasiões, “O Estandarte”: “O
estandarte desta igreja/Levantemos sem temor/Ela é muito amada esposa/Do bendito
Salvador/É Jesus o Comandante/Verdadeiro que a conduz/Somos nós os seus soldados/Dessa igreja de Jesus”. Com este hino nos ouvidos, no próximo texto saberemos dos visitantes
presentes: “nota-se que a casa está repleta, com muitos visitantes”, assinalou
nosso secretário.
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