Deus, será?
Dizia que o Vaticano assumiu como prova da existência de Deus o fato de um passageiro ter dormido no ônibus e acordado no ponto onde iria saltar.
Bem, no caso, eu deveria ser ateu: já dormi no ônibus e acordei, em Bonsucesso, no ponto final do 907, com as pancadas do trocador na caixa, a fim de me despertar.
Mas por muito menos admite-se a existência de Deus. Lembrei do texto bíblico que diz saber Deus, matematicamente, a quantidade de folhas que caem, diariamente, de todas as árvores da Amazônia.
Pronto. Para ficar só nessa floresta. E também sabe quanto perderam todas as mulheres em fios de cabelo caídos no ato de se pentearem, falando-se só delas.
Pronto. Está comprovada a Sua existência. Acrescido do fato de Paulo Apóstolo dizer "não perguntes: quem subiu ao céu para trazer Cristo de lá ou quem desceu ao inferno para, da mesma forma, fazê-lo subir". Ops!
Não perguntes. Creia. Ele não está dizendo que nenhuma pergunta deve ser feita. E nem que a fé é aceitar qualquer blá-blá-blá. Mas que fé é coisa inteligente. Então, faça perguntas inteligentes.
E palavra de Deus deve ser acompanhada de fé naqueles que ouvem. Por quê? Porque é de Deus. Simples assim. Deus fala. Então, creia.
Nem precisa saber a conta dos fios de cabelos caídos. Ou a ordem de grandeza das folhas que, diariamente, caem. E pode cochilar à vontade no ônibus.
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