Pecado e amor
Pecado é o não-amor. Pecado é não amar. Não quer dizer que, quem ama, não peca. Aliás, o que é pecado? Palavrinha atormentadora.
Não existe pecado do lado de baixo do Equador. Abaixo dessa latitude, já se gaba o poeta, não há tormenta. Ora, chame do que quiser: maldade, entropia, desajuste, não evolução.
A definição bíblica é dramática mesmo. Nesse caso, de novo, ela não é pessimista, porém realista. Caso a opção seja amar, esse é o antídoto para o pecado.
Quando ele se manifestar, se houver amor, será por pura impotência. Ninguém está isento dele. E logo virá o (pedido de) perdão: não há amor sem perdão, não há perdão sem amor.
Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem. Não existe amor sem o bem, não existe o bem sem amor. Pecado sempre é contra quem dele é portador, contra quem está próximo (e sempre há quem) e contra Deus: não, necessariamente, nessa ordem.
Mas é tríade sempre presente na condição humana: contra si mesmo, contra o outro e contra Deus. Por isso e para isso, conta o Livro, Deus se fez homem: por amor, por amar homens e mulheres. Fez-se por amor, para amar e para tornar possível o amor em nós. O amor é antídoto contra o pecado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário