segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Mal traçadas linhas 51

Em nome de Jesus

      Frase fácil. Dizer. Deus intencionou fazer-se homem. Não como fim em Si mesmo. Fez-se homem para ensinar ao homem ser homem.

      E para convidar à comunhão com Deus. Não há como ser sem reconciliação com Deus. O máximo para Deus foi quando, um dia, fazer-se homem.

       E o máximo, para o homem, não é fazer-se deus. Mas sim ser, em nome de Jesus. Não como autoridade chula. Não somente dizer por dizer. Mas ser.

       Em nome de Jesus, anunciar Jesus. Entre os homens, imitar Jesus. Enfim, ser igreja, que significa ser comunhão de Jesus, em Jesus. Não precisa nem dizer "em nome de Jesus".

       Basta ser em nome de Jesus. Ninguém acende uma lâmpada, para pô-la debaixo de uma mesa. Não dá para esconder uma cidade situada sobre o monte.

     Não dá para esconder a igreja. A não ser que ela se despersonalize. A não ser que se confunda, perca-se, camuflada, escondida, metamorfozeada, sal insoso, pisada pelos homens, camaleonicamente misturada ao mundo.

     Ela está, mas não é mundo. Mundana. Seduzida pelo que, entre os homens, Deus condena. Definitivamente, não é para que a igreja experimente o que, no homem, Deus rejeita.

      Deus se fez homem. Habitou em tendas, peregrinando entre nós. O próprio filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. Identificou-se com os marginais, homens e mulheres os mais rejeitados.

     Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. Não vim buscar justos, mas pecadores ao arrependimento. O filho do homem veio buscar e salvar o que se há perdido.

     Em nome de Jesus. Quem encontra, melhor, aqueles a quem Jesus encontra são em nome de Jesus. Sem retoques. Sem forçação de barra. Apenas são. Em nome de Jesus. Igreja.
     

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