Resolvi falar assim com você, por ser mais fácil do que pelo zap, porque devo falar muito.
Começando por esta demora incômoda aqui no Rio. Embora o plano fosse logo operar, esta solução que acabou ocorrendo, foi uma possibilidade que havia vislumbrado ainda aí, antes de vir.
A cirurgia feita foi metade, só retirada das pedras da bexiga, sem a ressecção, ou seja, raspagem interna da próstata. Eu achava que remédio resolveria, mas nenhum médico receitava, a não ser este que me operou.
É conhecido do Helio Henrique. Eu havia pensado nessa solução. Depois de uma grande curva, que passou pela desistência do primeiro médico, eu acabei fazendo o que julgava, por mim, preferível. E até acho que posso dizer, confirmado por Deus.
E essa demora, meu amado filho, foi uma escola, uma classe dos 60 anos, acho que devo estar entrando na página 2 da cartilha de minha vida (aqui entra o emoji de espanto). Ha ha ha.
Estou no Meier, onde cheguei em 1967, ano em que a mãe nasceu. Estive em Sepetiba, três noites, terreno que vô Cid comprou antes desse ano aí atrás. Estive na PUC, onde entrei aos 20 anos, sonhando ser Engenheiro Elétrico, de onde saí frustrado, mas para saber, às duras penas, que Deus me queria professor de português e pastor.
Ser pastor me levou ao Acre e ser professor ajudou na parceria com sua mãe para sustentar a família e também como inserção social e ajuda no testemunho ministerial.
Nestes dias aqui, meu filho, o filme de minha vida passou em cenas. Por um lado, pode-se dizer, foi muita coisa contingencial. Mas você e sua irmã que acompanham metade de nossa vida, eu e sua mãe, sabem que nossa família é uma rica experiência e que nós dois, Regina e eu, não casamos só por contingências.
A mão de Deus está conosco. Lembrei muito a agradeci muito a Deus por vô Cid e vó Dorcas: eu, assim como o casamento, você e sua irmã são fruto do ministério e da oração deles.
Então, essa parada e esse retorno meu ao meu chão, com a imersão nesses cenários, a angústia da distância e saudade de vocês, a vontade de melhorar muito em qualidade de vida neste tempo que ainda me resta, tudo isso junto me faz pensar num novo começo.
Só não é loucura, porque a promessa do evangelho é renovação permanente, renovação sempre. Por isso, até eu e você, tão jovem como você é, podemos recomeçar juntos. Deus renova a tua vida, ainda tão tenra, mais repleta de dons e promessas, assim como a minha, já desgastada, necessitada de restauração em algumas áreas, mas com a marca das experiências positivas.
Deus renova sua irmã, sua mãe, nosso lar, nossa igreja, enfim. Deus sempre renova, refaz, cria novo, molda o barro maleável em Suas mãos. Quero chegar aí com essa proposta. Estou relendo a Bíblia, tentando aquela proposta que coloquei, que começa hoje, 13 capítulos/dia até 31/12/2017.
É um bom começo. Já li alguns livros pequenos. Estou na metade de Romanos, Apocalipse e já comecei 1 Crônicas ontem. Ler a Bíblia sempre é bom. Caso você se engaje nessa jornada, teremos mais alguns assuntos a discutir sobre o Livro. E muito mais desta minha experiência aqui desejo falar.
Todas as coisas cooperaram aqui para o bem. Aí também, incluído o susto e livramento que Deus nos deu, especificamente a você, mais esta vez. Ele sempre vai agir assim conosco. Vamos entender que lições podemos aprender. Você, pessoalmente, com sua inteligência e percepção, mas também com a sabedoria, esta como dom de Deus.
Como diz Paulo, Cristo se nos torna, da parte de Deus, sabedoria, 1 Co 1,30-31. Vamos continuar juntos, como família, na repartição dos dons que Deus nos concedeu, individualmente, assim como na bênção dessa comunhão que temos, para além da simples genética.
Que visões Deus nos quer mostrar? Quais os avisos do Altíssimo? Ele conhece mais do que nós tempos e épocas. E nos deu esse contexto gostoso de convivência e comunhão, não só para sermos entre nós, somente, mas para, como estamos tentando, ser bênção aos que estão em redor.
Abração e quero chegar logo aí. Continue tendo todo o cuidado e se preservando. Abração a você, sua irmã e mãe.
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